Sistemas memoriais como disseminadores de informação

Autores/as

  • Mário GOUVEIA JÚNIOR
  • Marcos GALINDO

Palabras clave:

Disseminação da informação, Informação, Memória, Sistemas memorias

Resumen

Propõe-se, neste artigo, uma revisão da literatura cara à Ciência da Informação sobre as noções de sistema anotadas por Bertalanffy e por Luhmann, como forma de respaldar o entendimento sobre a articulação necessária entre instituições de memória como sistemas memoriais destinados à disseminação de informação. O objetivo deste trabalho, portanto, é contemplar, por meio da análise de conteúdo, aquilo que os teóricos aqui evocados têm considerado, nos últimos anos, acerca das possibilidades conferidas pelas instituições de memória no sentido de, graças a uma atuação em conjunto, tornarem-se sistemas
memoriais. Como resultados alcançados a partir das presentes discussões, considera-se que a noção de sistema aplicada às
instituições memoriais, pensadas como Unidades de Informação, contribui para integrar tais lugares de memória em torno do bem comum, do desenvolvimento social, possibilitado pelo acesso à informação e às responsabilidades coletivas de nos apresentarmos como bons ancestrais. O procedimento metodológico aplicado foi o da análise de conteúdo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2002.

BENJAMIM, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre a literatura história da cultura. 7.ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.

BERTALANFFY, L. Teoria geral dos sistemas. 3.ed. Petrópolis, Vozes, 1977.

BLOCH, M. Apologia da história, ou, o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

BRASIL. Decreto nº 5.264, de 5 de novembro de 2004. Institui o sistema brasileiro de museus e dá outras providências. Diário Oficial da União, 8 nov. 2004. Disponível em:

<http://www.cultura.gov.br/site/wp-content/uploads/2007/10/decreto-5264.pdf>. Acesso em: 7 jan. 2011.

BRASIL. Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009. Institui o estatuto de museus e dá outras providências. Diário Oficial da União, 15 jan. 2009. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11904.htm>. Acesso

em: 20 dez. 2011.

BRASIL. Ministério da Cultura. Política nacional de museus: relatório de gestão 2003-2010. Brasília: MinC, 2010.

CANCLINI, N.G. (Org.). Políticas culturales en América Latina. 3.ed. México: Grijalbo, 1987.

CASTORIADIS, C. Poder, política, autonomia. In: CASTORIADIS, C. O mundo fragmentado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano: artes de fazer. 15.ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13.ed. São Paulo: Ática, 2005.

COELHO NETO, J.T. Usos da cultura: políticas de ação cultural. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

COELHO NETO, J.T. Dicionário crítico de política cultural. São Paulo: Iluminuras, 1997.

COSTA, L.M. De museologia, arte e políticas de patrimônio. Rio de Janeiro: IPHAN, 2002.

DESCARTES, R. Discurso do método. São Paulo: Escala, 2003. DESLANDES, S.F. A construção do projeto de pesquisa. In: MINAYO, M.C.S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18.ed. Petrópolis: Vozes, 1999. p.31-50.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 24.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 50.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

GALINDO, M.; MIRANDA, M.O.; BORBA, V.R. A memória e os sistemas memoriais. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 12., 2011, Brasília. Anais… Brasília: UnB, 2011. p.3328-3339.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. 5.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984.

HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.

HABERMAS, J. A crise de legitimação do capitalismo tardio. 2.ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1994.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.

HOBSBAWM, E. A produção em massa de tradições: Europa, 1870 a 1914. In: HOBSBAWM, E.; RANGER, T. (Org.). A invenção das tradições. 6.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. p.271-316.

INSTITUTO DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Ministério da Cultura. Definição de museu. 2005. Disponível em: <http://museus.gov.br/museu/>. Acesso em: 2 jun. 2012.

JEUDY, H.P. Memórias do social. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1990.

KUHN, T. A função do dogma na investigação científica In: DEUS, J.D. (Org.). A crítica da ciência: sociologia e ideologia da ciência. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p.53-80.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 3.ed. São Paulo: Perspectiva, 1990.

LE COADIC, Y.F. O objeto: a informação In: LE COADIC, Y.F. A ciência da informação. 2.ed. Brasília: Briquet de Lemos, 2004.

LE GOFF, J. História e memória. 5.ed. Campinas: Unicamp, 2003.

LUHMANN, N. Introdução à teoria dos sistemas. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

MARTIN, G. Pré-história do nordeste do Brasil. 5.ed. Recife: UFPE, 2008.

McGARRY, K. O contexto dinâmico da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1999.

McLUHAN, M. A galáxia de Gutenberg: a formação do homem tipográfico. São Paulo: Nacional, 1977.

MENEZES, U.B. Os paradoxos da memória. In: MIRANDA, D.S. Memória e cultura: a importância na formação cultural humana. São Paulo: Sesc, 2007. p.13-33.

MINAYO, M.C.S. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: MINAYO, M.C.S. (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18.ed. Petrópolis: Vozes, 1999. p.9-29.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. 4.ed. Porto Alegre: Sulina, 2011.

NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, n.10, p.7-28, 1993.

ORTEGA Y GASSET, J. A rebelião das massas. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

REIS, A.C.F. Marketing cultural e financiamento da cultura: teoria e prática em um estudo internacional comparado. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

RICOEUR, P. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Unicamp, 2007.

ROBREDO, J. Da ciência da informação revisitada aos sistemas humanos de informação. In: ROBREDO, J. Da ciência da informação revisitada aos sistemas humanos de informação. Brasília: Thesaurus, 2003.

ROSSI, P. O passado, a memória, o esquecimento: seis ensaios da história das ideias. São Paulo: Unesp, 2010.

SILVA, A.M.; RIBEIRO, F. Das ciências documentais à ciência da informação: ensaio epistemológico para um novo modelo curricular. Porto: Afrontamento, 2002.

SILVA, A.M.; RIBEIRO, F. Paradigmas, serviços e mediações em ciência da informação. Recife: Néctar, 2011.

SOUZA, D.M.V. Informação e construção de conhecimento no horizonte museológico. DataGramaZero, v.10, n.6, 2009. Disponível em: <http://www.dgz.org.br>.

Publicado

2012-11-25

Cómo citar

GOUVEIA JÚNIOR, M. ., & GALINDO, M. . (2012). Sistemas memoriais como disseminadores de informação. Transinformação, 24(3). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/6164

Número

Sección

Artigos