O ARRANJO ARQUIVÍSTICO COMO ESCRITA: UMA REFLEXÃO SOBRE A NARRATIVA EM IMAGENS A PARTIR DO FUNDO PEDRO MIRANDA NO ARQUIVO PÚBLICO E HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO

Autores

  • Eduardo Ismael MURGUIA Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
  • Tânia Cristina REGISTRO Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto

Palavras-chave:

imagem e informação, fotografia, arquivos fotográficos, coleções, arquivo público e histórico de Ribeirão Preto, José Pedro Miranda

Resumo

Reflete sobre algumas questões importantes para o arranjo de fotografias em arquivos. Considera-se aqui o arranjo arquivístico um ato de comunicação e, como tal, se estrutura através do enunciado narrativo da vida e obra de José Pedro Miranda, intelectual e historiador que na segunda metade do século XX produziu e acumulou vasta documentação sobre Ribeirão Preto, em especial um número significativo de fotografias. E através deste propõe-se analisar a narrativa circunscrita no âmbito das fotografias coletadas por José Pedro Miranda. Para tanto se discute o estatuto documental da fotografia, destacando que em um ambiente de arquivo a fotografia adquire significado na série além da unidade, e que portanto, os conjuntos fotográficos construídos por José Pedro Miranda tornam-se expressão e materialidade de sua compreensão e produção intelectual. Interpretações sobre a construção de bibliotecas como narrativas são utilizadas como alusão a uma possibilidade de entendimento dos arquivos pessoais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARTHES, R. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984. 185p.

BELLOTTO, H.L. Arquivos permanentes: tratamento documental. São Paulo: T.A. Queiroz, 1991. 198p.

BENJAMIN, W. Pequena história da fotografia. In: BENJAMIN, W. Sobre arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Antropos, 1992. p.115-135.

CAMARGO, A.M.A; BELLOTTO, H.L. (Coord.). Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas Brasileiros, 1996. 142p.

FREUND, G. La fotografia como documento social. Barcelona: Editorial Gustavo Gilli, 1976. 207p. (Colección Punto y Línea).

MIRANDA, J.P. A respeito do autor. Revista Focalizando Municípios, Ribeirão Preto, v. 1, n. 2, p.3, 1986. TransInformação, Campinas, 18(1):71-82, jan./abr., 2006 E.I. MURGIA & T.C. REGISTRO 82

MIRANDA, J.P. Discurso proferido por José Pedro Miranda: solenidade de entrega do título de cidadão ribeirão-pretano. Ribeirão Preto: Câmara Municipal; Center Cópias Express, 1999. 8p.

MURGUIA, E.I. Historiografia e memória no filme Nós que aqui estamos por vos esperamos. Estudos de História, Faculdade de História, Direito e Serviço Social, Franca, v.11, n.2, p.85-102. 2004.

REGISTRO, T.C. O arranjo de fotografias em unidades de informação: fundamentos teóricos e aplicações práticas a partir do Fundo José Pedro Miranda do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto. 2005. 187f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2005.

SAUSSURE, F. Curso de lingüística Geral. São Paulo: Cultrix, 1997.

SCHAEFFER, J.M. A imagem precária: sobre o dispositivo fotográfico. Campinas: Papirus, 1996.

SETTIS, S. Warburg continuatus: descrição de uma biblioteca. In: BARATIN, M.; JACOB, C. (Dir.). O poder das bibliotecas: a memória dos livros no Ocidente. Rio de Janeiro: UFRJ, 2000. p.108-154.

SONTAG, S. Ensaios sobre fotografia. Rio de Janeiro: Arbor, 1981. 199p.

TESSITORE, V. Arranjo: estrutura ou função? Arquivo: Boletim Histórico e Informativo, São Paulo, v.10, n.1, p.19-28, 1989.

Downloads

Publicado

25-03-2006

Como Citar

Ismael MURGUIA, E. ., & REGISTRO, T. C. . (2006). O ARRANJO ARQUIVÍSTICO COMO ESCRITA: UMA REFLEXÃO SOBRE A NARRATIVA EM IMAGENS A PARTIR DO FUNDO PEDRO MIRANDA NO ARQUIVO PÚBLICO E HISTÓRICO DE RIBEIRÃO PRETO. Transinformação, 18(1), 1–12. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/6328

Edição

Seção

ARTIGOS