Capacidade de resposta dos Órgãos Públicos aos acidentes ocorridos no transporte rodoviário de produtos químicos na cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.24220/2675-7885v1e2020a5166Palavras-chave:
Transporte Rodoviário de Produtos Químicos, Acidente, Capacidade de Resposta, Emergência Química, Cloro.Resumo
O estado de São Paulo possui uma intensa movimentação rodoviária de produtos químicos, situação preocupante devido aos perigos intrínsecos ao transporte desses materiais e aos riscos de acidentes em uma cidade de elevado adensamento populacional. A capacidade de resposta dos órgãos públicos, ou seja, a capacidade de minimizar os impactos à saúde e segurança pública e ao meio ambiente, também interfere na magnitude das consequências dos acidentes. Nesse contexto, este artigo objetiva avaliar como se configura o atual cenário de atendimento a emergências no transporte rodoviário de produtos químicos na cidade de São Paulo, na perspectiva dos órgãos públicos envolvidos. Para tanto, foi realizado um estudo de caso, o qual envolveu a simulação, em modelo matemático, de um acidente rodoviário com cloro. Foram plotadas na cidade de São Paulo as distâncias atingidas pela nuvem tóxica e estimados o número de vítimas fatais e intoxicadas pelo produto. Por meio de entrevistas, os resultados foram apresentados a especialistas de cinco órgãos públicos para que avaliassem a capacidade de resposta da instituição frente ao cenário simulado. Com base nas simulações, entrevistas e documentação levantada foi realizada a análise para consolidar a atual capacidade de resposta da cidade de São Paulo, tendo sido identificadas diversas fragilidades para o atendimento emergencial.
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