Políticas Curriculares para o Ensino de Inglês no Estado de São Paulo (1931-1971)

expectativas e limites do contexto escolar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0870v29e2024a8565

Palavras-chave:

Ginásio, Inglês, Programa curricular

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar a trajetória das políticas curriculares para o ensino de Inglês na rede estadual de educação do Estado de São Paulo de 1931 a 1971. Os dados apresentados neste artigo são resultados de pesquisa de mestrado que investigou a trajetória das políticas curriculares para o ensino de Inglês de 1892 a 1971. A análise documental foi a metodologia utilizada para verificar fichas individuais de alunos de dois ginásios estaduais, bem como decretos, leis, portarias e regimentos publicados em diário oficial. A pesquisa demonstrou que o Inglês foi disciplina curricular obrigatória nos ginásios paulistas no período analisado e que seu ensino, a partir de 1931, deveria ser feito diretamente na língua inglesa, não sendo permitido o uso da língua materna. No entanto, sua trajetória nos currículos escolares foi permeada por descontinuidades e pela distância em relação ao que era oficializado pela legislação e as condições objetivas das escolas para realizar tais propostas.

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Publicado

2024-03-05

Como Citar

Rabello, L. R. G., & Bello, I. M. (2024). Políticas Curriculares para o Ensino de Inglês no Estado de São Paulo (1931-1971): expectativas e limites do contexto escolar. Revista De Educação PUC-Campinas, 29, 1–17. https://doi.org/10.24220/2318-0870v29e2024a8565

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