Como o tempo fluido da geração Z aniquila as camadas históricas em troca da experiência instantânea
DOI:
https://doi.org/10.24220/2595-9557v3e2020a4739Palavras-chave:
Comunicação. Geração. Redes Sociais. Sociedade.Resumo
Este artigo propõe discutir a influência da geração Z na sociedade contemporânea, seus impactos nas relações sociais e na comunicação de massa – principalmente na indústria do entretenimento, diante dessa nova forma de linguagem que estabelece um outro paradigma de tempo –, e suas distorções com os meios propagadores de mensagem. Neste momento, presenciamos níveis interacionais de usos distintos da tecnologia de geração para geração, e, mesmo ainda não sabendo quais são as implicações para o ser humano do ponto de vista das patologias, o mercado do entretenimento é o ponto central de nossa questão. Buscamos mapear como o tempo fluido aniquila camadas históricas em troca da experiência instantânea, iluminando a relação entre aspectos da vida cotidiana contemporânea e as respectivas modificações de grupos sociais geracionais, tendo como objeto de comparação o olhar do diretor de cinema Quentin Tarantino, no filme Era uma vez... em Hollywood. Utilizamos conceitos de Byung-Chul Han para liso e belo, dialogando com a Sociedade do Espetáculo de Guy Debord. Entendendo que não há volta no processo de integração das tecnologias digitais, a geração Z estabeleceu suas relações nas telas cada vez mais lisas dos dispositivos móveis, subtraindo parte da linguagem, e coloca isso como modelo para outras gerações. A tecnologia deste tempo permite, ainda, haver novas maneiras de contato, criando um mecanismo capaz de encontrar um outro que não seja nosso espelho. Esse estado simultâneo é a chave para pensarmos a experiência que ensina a se rebelar contra aquilo que se aceita como condição comum e censura o belo.
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