A Indústria e o Urbano

Aglomerações Geradas por Fábricas no Estado de São Paulo

Autores

  • Telma de Barros Correia Universidade de São Paulo, Instituto de Arquitetura e Urbanismo

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v10n1a1925

Palavras-chave:

Cidades, Fábricas, Núcleos fabris, São Paulo, Urbanização

Resumo

Este artigo aborda a criação de aglomerações urbanas por fábricas no estado de São Paulo, durante os séculos XIX e XX, e procura enfatizar a relevância do fenômeno no processo de urbanização do estado tanto em termos do número de aglomerações geradas quanto da importância alcançada por algumas dessas aglomerações. Mostra como várias dessas aglomerações urbanas mantiveram sua condiçãode pequeno núcleo inserido dentro de uma propriedade particular, enquanto outras, após anos nessa condição, desapareceram voltando à condição rural. Em outros casos, a aglomeração se expandiu e se converteu em cidade ou em bairro de cidade. O texto discute as contingências de surgimento e as características dessas aglomerações, bem como as causas do declínio dessa ação a partir da década de 1950, associado a mudanças na forma urbana e nas indústrias. Essa ação das fábricas— assim como de outros tipos de empresas, como usinas de açúcar, ferrovias, mineradoras e hidroelétricas —, é fundamental para uma compreensão ampla das diversas origens do urbano ao longo do processo de povoamento e de estruturação da rede urbana paulista.

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Publicado

2013-06-10

Como Citar

Correia, T. de B. (2013). A Indústria e o Urbano: Aglomerações Geradas por Fábricas no Estado de São Paulo. Oculum Ensaios, 10(1), 29–42. https://doi.org/10.24220/2318-0919v10n1a1925

Edição

Seção

Originais