A seca e a relocação de cidades no nordeste: o caso nova Jaguaribara – CE

Autores/as

  • Licia Tereza Rodrigues Perote Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Palabras clave:

cidades novas, cidades planejadas, seca, barragens.

Resumen

Cerca de 51 milhões de brasileiros vivem no Nordeste, enfrentando períodos críticos de estiagem e enchentes. Na tentativa de minimizar as mazelas causadas pelas irregularidades pluviométricas, o governo federal lançou recursos para a implantação de programas que viabilizassem a formação de estoque estratégico de água por meios de barramentos e açudagem. O reservatório do Castanhão, no Ceará, faz parte dessa estratégia e surge no ano de 1995 tendo como grande impacto o desaparecimento da cidade de Jaguaribara, situada a 283 km de Fortaleza. Entre ameaças, resistência, insegurança, aceitação dinâmica e chegada na nova terra, a população é relocada para um outro sítio, dando origem ao novo município, que recebe o nome de Nova Jaguaribara, inaugurada no ano de 2001. A cidade nasce marcada pela história do povo sertanejo, uma trajetória castigada por conta da seca e das disputas pelo poder que a água representa nesse espaço que determina a conjuntura do sertão brasileiro.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Licia Tereza Rodrigues Perote, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Mestranda Programa de Pós-Graduação em Urbanismo CEATEC PUC-Campinas Orientadora Raquel Rolnik

Citas

ARAÚJO, A. Moradores de Jaguaribara temem não receber as indenizações pela construção do Castanhão.

O Povo, Fortaleza, 24 de outubro de 1996.

ALVES, J. História das secas (séculos XVII a XIX). Fortaleza: Fundação Waldemar Alcântara, 2003.

BORGES, M. C. de A. A face oculta do Castanhão: em defesa da engenharia nacional.Fortaleza: Imopec, 1999.

BRASIL. DNOCS especial. O pioneirismo na luta pelo desenvolvimento do Nordeste. Dez.1997, p.20-3.

CARVALHO, O. A economia política do Nordeste (seca, irrigação e desenvolvimento). Rio de Janeiro: Campus,

CEARÁ. Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Diagnóstico do Município de Jaguaribara. Fortaleza, 1996a.

_______. Nova Jaguaribara – versão preliminar. Fortaleza, 1996b.

IMOPEC. Água: conquista da cidadania. Fortaleza, 1994.

OLIVEIRA, F. de. Elegia para uma Re(li)gião. 5.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.

SALGUEIRO, H. A. Revisando Haussmann – os limites da comparação. A cidade, a arquitetura e os espaços

verdes (o caso de Belo Horizonte). Revista USP, São Paulo, 1995.

SEINFRA. Nova Jaguaribara: é assim que se muda. Fortaleza, 2001a.

SEINFRA. Nova Jaguaribara: uma medida mitigadora de impactos sociais e humanos da construção do “Castanhão”. XXVI SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS. Fortaleza, 2001b.

SILVEIRA, E. M. de. Naufrágio de uma cidade. Franca, 2000. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual Paulista.

VILLA, M. A. Nossa história. “Que brasileiro, que fornalha”. Revista Nossa História, n.18, p.14-9, 2005.

Publicado

2005-12-10

Cómo citar

Perote, L. T. R. (2005). A seca e a relocação de cidades no nordeste: o caso nova Jaguaribara – CE. Oculum Ensaios - ISSNe 2318-0919, (4), 96–105. Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/oculum/article/view/789

Número

Sección

Artículo de Investigación