A produção do espaço urbano no distrito de Luzimangues (TO, Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v20e2023a5059Palabras clave:
Especulação Fundiária, Município de Porto Nacional, Segregação Socioespacial, TocantinsResumen
Este artigo tem como objetivo analisar o processo de produção do espaço urbano no distrito de Luzimangues, no município de Porto Nacional, do estado do Tocantins. O distrito, distante apenas 8 quilômetros da capital Palmas, vem demostrando ser alvo de intensa atividade de parcelamento do solo urbano. O recorte temporal desse trabalho vai até o ano de 2014. Neste período, buscou-se compreender o processo de construção da área urbana do distrito e o espaço urbano produzido como
resultado. Dentre os procedimentos metodológicos utilizados, tem-se a pesquisa bibliográfica para a seleção dos critérios de análise de temas como os agentes e o processo de produção do espaço urbano no Brasil e seus reflexos socioespaciais. O levantamento de campo, a pesquisa documental e a análise
das legislações existentes serviram para compreender o histórico de construção do distrito, bem como o espaço urbano. Concluiu-se que o distrito de Luzimangues se encontra na lógica da produção capitalista do espaço urbano, sendo reforçado pelo processo de financeirização da habitação no Brasil, principalmente após o Programa Minha Casa Minha
Vida. Os proprietários fundiários e os promotores imobiliários foram os principais agentes no processo de produção do espaço urbano segregado e especulado até o ano de 2014.
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