O processo, o projeto e o senso de lugar em experiências de habitação social espanholas
o caso dos poblados dirigidos
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a9099Palavras-chave:
Apego ao lugar, Arquitetura e cultura, Espaço urbano, LugarResumo
Este artigo analisa o espaço urbano em seu amplo espectro dentro do campo disciplinar da arquitetura, qual seja: morfologia, utilização, modos de percepção dos habitantes e significados evocados. No entanto, lança mão de conceitos utilizados na geografia humana e social e na psicologia ambiental, com o fim de analisar a importância do planejamento e das características do espaço físico – mais especificamente do espaço físico projetado –, para sua captação por parte dos moradores como um genuíno lugar. Em outras palavras, argumenta-se neste trabalho que o projeto dos espaços, públicos e privados, especialmente os espaços para atividades coletivas, pode ser um fundamental desencadeador do processo de construção do “senso de lugar” e de “apego ao lugar”. Dois conjuntos habitacionais, Entrevías e Caño Roto, concebidos
em Madrid, em 1956, constituem-se como objetos de estudo. Através de pesquisa bibliográfica, da análise do projeto, da observação empírica e do relato dos protagonistas, procura-se demonstrar a efetividade dessa relação de “reconhecimento” quando uma proposta espacial se dá a partir de um trabalho cuidadoso no âmbito da história e da cultura.
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