Refugiados

(re)territorialidade e perspectivas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v20e2023a5255

Palavras-chave:

Assentamentos precários, Campo de refugiados, Migração forçada, Territórios

Resumo

A população mundial tem crescido cerca de 1% ao ano. O número de refugiados aumenta a uma taxa anual que chega a 10%. Razões geopolíticas, guerras, discriminação, fome, eventos climáticos, assédio sexual, perseguições sociais, políticas culturais, fragilidades econômicas etc. provocam a fuga de pessoas para outros países ou regiões de um mesmo país. O objetivo geral do presente trabalho é apresentar o dramático tema contemporâneo dos refugiados em seus processos de reterritorialização. Como objetivo específico, busca-se entender as
alternativas de assentamentos para refugiados que possam permitir maior qualidade de vida, além de integração social. Como método de pesquisa, é realizada a análise comparativa dos campos de refugiados de Dadaab e Kalobeyei. O primeiro, um modelo tradicional em que imigrantes são eternamente dependentes de um frágil e limitado assistencialismo social e, o segundo, Kalobeyei, um modelo inovador,
ainda que incipiente, que busca a integração, a liberdade e a evolução social e econômica dos refugiados. Dessa forma, pretende-se apresentar como resultado possíveis (novas) perspectivas de vida para grupos absolutamente vulnerabilizados e carentes.

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Publicado

2023-05-05

Como Citar

Miyamoto, J. (2023). Refugiados: (re)territorialidade e perspectivas. Oculum Ensaios, 20, 1–19. https://doi.org/10.24220/2318-0919v20e2023a5255

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa