Território (e memória) através do olhar dos moradores
oficina de mapas mentais com idosos
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v20e2023a5234Palavras-chave:
Idosos, Memória, Oficinas patrimoniais, TerritórioResumo
Compreende-se a importância de se discutir a preservação do patrimônio cultural – mais especificamente urbano – em cidades de pequeno porte e fundação recente, muitas vezes carentes de políticas patrimoniais, como no caso da cidade de Patrocínio Paulista (SP), reconhece-se na articulação entre comunidade e governo, um princípio fundamental para ações mais adequadas ao contexto local. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo a compreensão sobre o que os próprios moradores consideram patrimônio cultural do município, e que seja representante de seu cotidiano e de suas memórias. Sendo assim, a partir de uma das metodologias utilizadas durante uma pesquisa de mestrado, através do desenvolvimento de mapas mentais, buscou-se refletir sobre a narrativa (representada graficamente) da geração que há mais tempo vivencia o local, os idosos. Dessa forma, por meio de uma análise atenta, percebe-se uma leitura muito mais afetiva da cidade, próxima de sua realidade, de suas alterações ao longo do tempo e dos elementos identitários que a compõem, buscando, também, superar a ideia histórico-estilística — baseada nos princípios de excepcionalidade — frequentemente vinculada aos processos de patrimonialização praticados há décadas no país.
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