Saúde mental de jovens brasileiros
barreiras à busca por ajuda profissional
Palavras-chave:
Adolescente, Saúde mental, Serviços de saúde mental, TerapêuticaResumo
A presente pesquisa investigou a percepção de jovens brasileiros sobre ajuda profissional e barreiras na busca de serviços em saúde mental. Foram aplicados 1.030 questionários em jovens com idade entre 8 e 21 anos, de ambos os sexos, em três capitais brasileiras, de escolas e serviços de saúde mental públicos e privados. Foram realizadas estatísticas descritivas e inferenciais, comparação entre médias e análise fatorial exploratória. Os resultados demonstraram o medo do estigma como barreira na busca de tratamento em saúde mental, tendo maior impacto que as barreiras estruturais. Diferenças regionais influenciaram a percepção sobre o tratamento. Experiência anterior com tratamento em saúde mental relacionou-se a uma maior percepção dos efeitos positivos do mesmo e das barreiras estruturais para acesso aos serviços. Identificou-se maior incidência de adoecimento mental no início da adolescência. Problemas na escola, ansiedade, medo e depressão foram os problemas mais comuns relacionados à busca de tratamento em saúde mental.
Downloads
Referências
Amarante, P. (2003). A (clínica) e a reforma psiquiátrica. In P. Amarante (Ed.), Archivos de saúde mental e atenção psicossocial. Rio de Janeiro: Nau.
Aquino-Morais, C. (2014). Concepções de saúde e doença mental: adaptação transcultural e evidências de validade do instrumento acesso aos cuidados em saúde mental (Tese de doutorado não-publicada). Universidade de Brasília.
Assis, S. G., Avanci, J. Q., Pesce, R. P., & Ximenes, L. F. (2009). Situação de crianças e adolescentes brasileiros em relação à saúde mental e à violência. Ciência & Saúde Coletiva, 14(2), 349-361.
Benetti, S., Ramires, V. R. R., Schneider, A. C., Rodrigues, A. P. G., & Tremarin, D. (2007). Adolescência e saúde mental: revisão de artigos brasileiros publicados em periódicos nacionais. Cadernos de Saúde Pública, 23(6), 1273-1282.
Brasil. Ministério da Saúde. (2004). Portaria nº 1.608, de 3 de agosto de 2004. Constitui Fórum Nacional sobre Saúde Mental de Crianças e Adolescentes. Recuperado em janeiro 9, 2015, de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2004/prt1608_03_08_2004.html
Brasil. Ministério da Saúde. (2005a). Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil. Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas.Recuperado em janeiro 9, 2015, de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. (2005b). Caminhos para uma política de saúde mental infanto-juvenil. Recuperado em janeiro 9, 2015, de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/05_0887_M.pdf
Brasil. Presidência da República. (2007). Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola. Recuperado em dezembro 18, 2014, de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dec_6286_05122007.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. (2008). Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF. Recuperado em janeiro 9,2015, de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt0154_24_01_2008.html
Brasil. Ministério da Justiça. (2010). Prevenção ao uso indevido de drogas: capacitação para conselheiros e lideranças comunitárias (3ª ed.). Brasília: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.
Brasil. Ministério da Saúde. (2013). Saúde mental. Brasília: Autor. (Cadernos de Atenção Básica, nº 34).
Couto, M. C., Duarte, C. S., & Delgado, P. G. (2008). A saúde mental infantil na saúde pública brasileira: situação atual e desafios. Revista Brasileira de Psiquiatria, 30(4), 384-389.
D’Abreu, L. C. F., & Maturano, E. M. (2011). Identificação de problemas de saúde mental associados à queixa escolar segundo o DAWBA. Psico, 42(2), 152-158.
Fisher, J., Cabral, M. M., Izutsu, T., Vijayakumar, L., Belfer, M., & Omigbodun, O. (2011). Adolescent mental health in resource-constrained settings: A review of the evidence of the nature, prevalence and determinants of common mental health problems and their management in primary health care. International Journal of Social Psychiatry, 57(5), 9-116.
Flavina, O. P., & Cerqueira, M. B. (2008). Saúde mental infanto-juvenil: usuários e suas trajetórias de acesso aos serviços de saúde. Revista Espaço para a Saúde, 10(1), 34-46.
Fleitlich, B., & Goodman, R. (2001). Social factors associated with child mental health problems in Brazil: Cross sectional survey. British Medical Journal, 323, 599-600.
Furtado, J. P., & Campos, R. O. (2005). A transposição das políticas de saúde mental no Brasil para a prática nos novos serviços. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 8(1), 109-122.
Herdman, M., Fox-Rushby, J., & Badia, X. (1998). A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQol instruments: The universalist approach. Quality of Life Research, 7(4), 323-335.
Käppler, C. (2004). Access to mental health care in children: The AMHC-Study. Concepts of mental health and perception of services from the perspective of children, adolescents and their families. Retrieved on November 10, 2008, from http://www.forschungsportal.ch/unizh/p6202.htm
Morais, C. A., Amparo, D. M., Fukuda, C. C., & Brasil, K. T. (2012). Concepções de saúde e doença mental na perspectiva de jovens brasileiros. Estudos de Psicologia (Natal), 17(3), 369-379. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2012000300004
Owens, P. L., Hoagwood, K., Horwitz, S. J., Leaf, P., Poduska, J. M., Kellam, S. G., & Ialongo, N. S. (2002). Barriers to children’s mental health services. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 41(6), 731-738.
Pasquali, L. (2012). Análise fatorial para pesquisadores. Brasília: Labpam.
Pinto, A. C. S., Luna, I. T., Silva, A. A., Pinheiro, P. N. C., Braga, V. A. B., & Souza, A. M. A. (2014). Fatores de risco associados a problemas de saúde mental em adolescentes: revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem USP, 48(3), 555-564. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420140000300022
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. (2010). Relatório de Desenvolvimento Humano Brasileiro 2009/2010. Brasília: Autor.
Ramires, V. R. R., Passarini, D. S., Flores, G. G., & Santos, L. G. (2009). Fatores de risco e problemas de saúde mental de crianças. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 61(2), 1-14.
Reichenheim, M. E., & Moraes, C. L. (2007). Operacionalização de adaptação transcultural de instrumentos de aferição usados em epidemiologia. Revista de Saúde Pública, 41(4), 665-673.
Santos, P. L. (2006). Problemas de saúde mental de crianças e adolescentes atendidos em um serviço público de Psicologia infantil. Psicologia em Estudo, 11(2), 315-321.
Simões, C. H. D., Fernandes, R. A., & Aiello-Vaisberg, T. M. J. (2013). O profissional de saúde mental na reforma psiquiátrica. Estudos de Psicologia (Campinas), 30(2), 275-282. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2013000200014
World Health Organization. (2005). Atlas: Child and adolescent mental health resources: Global concerns, implications for the future. Geneva: Author.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Cláudia Cristina FUKUDA, Maria Aparecida PENSO, Deise Matos do AMPARO, Bruno Coimbras de ALMEIDA, Camila de Aquino MORAIS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
