Idosos na atenção primária à saúde: qualidade de vida e características associadas

Autores

  • Kalina de Lima SANTOS Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde. https://orcid.org/0000-0003-1789-199X
  • Maria do Carmo EULÁLIO Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde. https://orcid.org/0000-0002-5596-8428
  • Edivan Gonçalves da SILVA JUNIOR Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde. https://orcid.org/0000-0001-6890-7870
  • Manuella Castelo Branco PESSOA Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social. https://orcid.org/0000-0002-8140-1257
  • Rômulo Lustosa Pimenteira de MELO Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Humanas Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social. https://orcid.org/0000-0003-0722-2944

Palavras-chave:

Diabetes Mellitus, Idosos, Hipertensão, Atenção primária à saúde, Qualidade de vida

Resumo

O objetivo do estudo é avaliar a qualidade de vida de idosos portadores de hipertensão arterial e diabetes Mellitus. Participaram 371 idosos portadores de hipertensão e/ou diabetes acompanhados na atenção primária à saúde, com média de idade de 71 anos M = 71, 34 (DP = 6,848). Trata-se de um estudo de abordagem quanti-qualitativa, realizado em duas etapas. Na primeira, os dados quantitativos foram coletados por instrumentos (WHOQOL-bref; Mini Exame do Estado Mental; questionário sociodemográfico) para rastreio dos participantes da segunda etapa (13 idosos), que correspondeu à estratégia qualitativa, realizada através da técnica de grupo focal. Os resultados revelam que idosos sem hipertensão/diabetes apresentaram maiores médias dos domínios da qualidade de vida. Os acometidos pelas duas enfermidades apresentam as piores médias no domínio ‘físico’. Os dados qualitativos indicam o domínio ‘social’ e o ‘psicológico’ como os mais importantes, como também revelam a centralidade da doença nos discursos dos participantes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida-Brasil, C. C., Silveira, M. R., Silva, K. R., Lima, M. G., Faria, C. D. C. M., Cardoso, C. L., ... Ceccato, M. G. B. (2017). Qualidade de vida e características associadas: aplicação do WHOQOL-BREF no contexto da atenção primária à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 22(5), 1705-1716. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232017225.20362015

Baltes, P. B., & Baltes, M. M. (1990). Psychological perspectives on successful aging: The model of selective optimization with compensation. In P. B. Baltes & M. M. Baltes (Orgs.), Successful aging: Perspectives from behavioral sciences (pp.1-34). Cambridge: Cambridge University Press.

Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo: edição revista e ampliada. São Paulo: Edições 70.

Barreto, M. S., & Marcon, S. S. (2014). Participação familiar no tratamento da hipertensão arterial na perspectiva do doente. Texto & Contexto Enfermagem, 23(1), 38-46. Recuperado em agosto 10, 2018, de http://www.scielo.br/pdf/tce/v23n1/pt_0104-0707-tce-23-01-00038.pdf

Batistoni, S. S. T. (2014). Gerontologia Ambiental: panorama de suas contribuições para a atuação do gerontólogo. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 17(3), 647-657. http://dx.doi.org/10.1590/1809-9823.2014.13088

Bombardelli, C., Rosa, L. H. T., Keller, K. D., Klahr, P. S., Rosa, P. V., & Peres, A. (2017). Qualidade de vida de idosos residentes em um município com características rurais no interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 20(1), 85-90. http://dx.doi.org/10.1590/1981-22562017020.160082

Carstensen, L. L. (1991). Socioemotional selectivity theory: Social activity in lifespan context. Annual Review of Gerontology and Geriatrics, 11, 195-217.

Cachioni, M., & Batistoni, S. S. T. (2012). Bem-estar subjetivo e psicológico na velhice sob a perspectiva do conviver e do aprender. Revista Temática Kairós Gerontologia, 15(7), 9-22. Recuperado em junho 13, 2018, de http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/download/15226/11355

Chin, Y. R., Lee, I. S., & Lee, H. Y. (2014). Effects of hypertension, diabetes, and/or cardiovascular disease on health-related quality of life in elderly korean individuals: A population-based cross-sectional survey. Asian Nursing Research, 8(4), 267-273. http://dx.doi.org/10.1016/j.anr.2014.10.002

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto (3a ed). Porto Alegre: Artmed.

Dawalibi, N. W., Anacleto, G. M. C, Witter, C., Gular, R. M. M, & Aquino, R. C. (2013). Envelhecimento e qualidade de vida: análise da produção científica da SciELO. Estudos de Psicologia (Campinas), 30(3), 393-403. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2013000300009

Faria, H. T. G., Veras, V. S, Xavier, A. T. F, Teixeira, C. R. S., Zanetti, M. L., & Santos, M. A. (2013). Qualidade de vida de pacientes com diabetes mellitus antes e após participação em programa educativo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 47(2), 348-354. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342013000200011

Fleck, M. P. A. (2000). O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): características e perspectivas. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1), 33-38. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232000000100004

Fontes, A. P. & Neri, A. L. (2015). Resiliência e velhice: revisão de literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 20(5), 1475-1495. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015205.00502014

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018). Projeção da população 2018: número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047. Brasília: Estatísticas Sociais. Recuperado em agosto 20, 2018, de http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numerode-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047

Lawton, M. P. (1983). Environment and other determinants of well-being in older people. Gerontologist, 23(4), 349-357.

Lawton M. P. (1989). Environmental Proactivity in Older People. In V. L. Bengtson & K. W. Schaie (Eds.), The Course of Later Life (pp.15-23). New York: Springer Publisher.

Malta, D. C., Stopa, S. R., Szwarcwald, C. L., Gomes, N. L., Júnior, J. B. S., & Reis, A. A. C. (2015). A vigilância e o monitoramento das principais doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia, 18(2), 3-16. http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201500060002

Mota, R. S. M., Oliveira, M. L. M. C., & Batista, E. C. (2017). Qualidade de vida na velhice: uma reflexão teórica. Revista Communitas, 1(1), 47-60. Recuperado em agosto 10, 2018, de http://200.129.173.132/revista/index.php/COMMUNITAS/article/view/1122/pdf

Neri, A. L. (2003). Qualidade de vida na idade madura (5a ed.). Campinas: Papirus.

Neri, A. L. (2007). Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas na terceira idade. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.

Pereira, É. F., Teixeira, C. S., & Santos, A. (2012). Qualidade de vida: abordagens, conceitos e avaliação. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26(2), 241-250. http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092012000200007

Pozzobon, A., Hoerlle, J. L., & Carreno, I. (2014). Prevalência e perfil sociodemográfico de diabetes e hipertensão em indivíduos do sistema de informação da atenção básica. Revista Brasileira de Promoção da Saúde, 27(3), 295-302. http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2014

Queiroz, T. S., Rehem, T. C. M. S. B., Stival, M. M., Funghetto, S. S., Lima, L. R., Cardoso, B. G., & Santos, W. S. (2018). Como homens idosos cuidam de sua própria saúde na atenção básica? Revista Brasileira de Enfermagem, 71(1), 554-561. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0131

Souza, D. P., Melo, T. S., Reis, L. A., & Lima, P. V. (2016). Qualidade de vida em idosos portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, 10(31). http://dx.doi.org/10.14295/idonline. v10i31.547

Tavares, D. M. S., Matias, T. G. C., Ferreira, P. C. S., Pegorari, M. S., Nascimento, J. S., & Paiva, M. M. (2016). Qualidade de vida e autoestima de idosos na comunidade. Ciência & Saúde Coletiva, 21(11), 3557-3564. http://dx.doi.org/10.1590/1413812320152111.03032016

Tortorella, C. C. S., Corso, A. C. T., Gonzáles-Chica, D. A., & Melhen, A. R. F. (2017). Tendência temporal da prevalência de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus entre adultos cadastrados no Sistema Único de Saúde em Florianópolis, Santa Catarina, 2004-2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 3(26), 469-480. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742017000300005

Trad, L. A. B. (2009). Grupos focais: conceitos, procedimentos e reflexões baseadas em experiências com o uso da técnica em pesquisas de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 19(3), 777-796. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312009000300013

Veloso, A. S. T. (2015). Envelhecimento, saúde e satisfação: efeitos do envelhecimento ativo na qualidade de vida. (Dissertação de mestrado não-publicado). Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Recuperado em agosto 10, 2018, de http://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/29711/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado_Ana%20Veloso.pdf

Vilhena, E., Pais-Ribeiro, J. L., Pedro, L., Silva, I., Meneses, R. F., Cardoso, H., ... Mendonça, D. (2016). Qualidade de vida em doentes crónicos portugueses. Atas do congresso nacional de psicologia da saúde, Lisboa. Recuperado em junho 13, 2018, de http://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/6758/1/Qualidade%20de%20vida%20em%20doentes%20cr%C3%B3nicos%20portugueses.pdf

World Health Organization. (1995). The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL): Position paper from the World Health Organization. Social science and medicine, 41(10), 403-409.

Downloads

Publicado

2023-02-14

Como Citar

SANTOS, K. de L., EULÁLIO, M. do C., SILVA JUNIOR, E. G. da, PESSOA, M. C. B., & MELO, R. L. P. de. (2023). Idosos na atenção primária à saúde: qualidade de vida e características associadas. Estudos De Psicologia, 36. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7407

Edição

Seção

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO