Atendimento on-line infantil em tempos de COVID-19

Autores

Palavras-chave:

Psicoterapia infantil, Terapia cognitivo-comportamental, COVID-19, Intervenções psicológicas

Resumo

Objetivo
O objetivo deste estudo é sistematizar conhecimentos sobre o atendimento online infantil através da terapia cognitivo-comportamental e sugerir formas de intervenções psicológicas diante da pandemia de COVID-19.
Método
Desde o início do surto do coronavírus (SARS-CoV-2), causador da COVID-19, houve preocupação diante de uma doença que se alastrou rapidamente em várias regiões do mundo, com diferentes impactos. Além do medo de contrair a doença, dos cuidados com os familiares e das incertezas frente ao futuro, o isolamento causou impactos psicológicos diretamente relacionados à COVID-19 tanto em adultos como em crianças. Deste modo, foi feita uma busca sistemática por artigos.
Resultados
A prática clínica levou ao entendimento de que as crianças passaram por mudanças, como a interrupção das idas à escola, o afastamento dos amigos e dos avós e a presença dos pais o dia todo em casa, além de, dependendo da idade, aulas online em diversos estilos, e a percepção de que os pais também não sabiam como lidar com a situação.
Conclusão
Percebe-se que através do uso da terapia cognitivo-comportamental pode-se sugerir formas de intervenções psicológicas diante da pandemia de COVID-19. Assim, nota-se que resultados efetivos são possíveis com a intervenção on-line.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barak, A., Hen, L., Boniel-Nissim, M., & Shapira, N. (2008). A comprehensive review and a meta-analysis of the effectiveness of internet-based psychotherapeutic interventions. Journalof Technology in Human Services, 26(2/4), 109-160. https://doi10.1080/15228830802094429

Brooks, S. K., Webster, R. K., Smith, L. E., Woodland, L., Wessely, S., Greenberg, N., & Rubin, G. J. (2020). The psychological impact of quarantine and how to reduce it: rapid review of the evidence. Lancet, 395(102227), 912-920. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30460-8

Cartreine, J. A., Ahern, D. K., & Locke, S. E. (2010). A roadmap to computer-based psychotherapy in the United States. Harvard Review of Psychiatry, 18(2), 80-95. https://doi.org/10.3109/10673221003707702

Coelho, M. V., & Murta, S. G. (2007). Treinamento de pais em grupo: um relato de experiência. Estudos de Psicologia, 24(3), 333-341. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2007000300005

Dalton, L., Rapa, E., & Stein, A. (2020). Protecting the psychological health of children through effective communication about COVID-19. Lancet, 4(5), 346-347.

Della Giustina, A. P., & Broering, C. V. (2020). Feeling Masks. https://www.canva.com/design/DAD55z0cXm8/hYBDErd-CBwK5vaReVwaYw/view?fbclid=IwAR3zX9s8AhGkbVB24vOzLbLglYwc9el3_m_4TueVkzxUtgkt07uFaeV5Gos

Duque, F. M. (2020). Planejamento do atendimento on-line. In A. L. Oliveira, A. C. A. Nascimento, & F. M. Duque (Orgs.), Psicoterapia infantil on-line: técnicas e ferramentas desenvolvidas durante a pandemia do covid-19 (pp. 17-23). EdUnitau.

Finn, J., & Barak, A. (2010). A descriptive study of e-counsellor attitudes, ethics, and practice. Counselling and Psychotherapy Research: Linking research with Practice, 10(4), 268-277. https://doi.org/10.1080/14733140903380847

Friedberg, R. D., & McClure, J. M. (2004). A prática clínica da terapia cognitiva com crianças e adolescentes. Artmed.

Gadelha, Y. A., & Menezes, I. N. (2004). Estratégias lúdicas na relação terapêutica com crianças na terapia comportamental. Universitas: Ciências da Saúde, 2(1), 1-151. http://dx.doi.org/10.5102/ucs.v2i1.523

Godleski, L., Nieves, E., Darkins, A., & Lehmann, L. (2008). VA telelemental health: Suicide assessment. Behavioral Sciences and the Law, 26, 271-286. https://doi.org/10.1002/bsl.811

Gritti, P. (2020). Family systems in the era of Covid-19: From openness to quarantine. Journal of Psychosocial Systems, 4(1), 1-5. https://doi.org/10.23823/jps.v4i1.64

Jackson, L. A., Eye, A. von, Witt, E. A., Zhao, Y., & Fitzgerald, H. E. (2011). A longitudinal study of the effects of internet use and video game playing on academic performance and the roles of gender, race and income in these relationships. Computers in Human Behavior, 27, 228-239.

Kohlenberg R. J., & Tsai, M. (2001). Psicoterapia Analítica Funcional – Criando relações terapêuticas intensas e curativas. ESETEC.

Liu, J. J., Bao, Y., Huang, X., Shi, J., & Lu, L. (2020). Mental health considerations for children quarantined because of COVID-19. Lancet, 4(5), 345-349. https://doi.org/10.1016/S2352-4642(20)30096-1

MacMullin, K., Jerry, P., & Cook, K. (2020). Psychotherapist experiences with telepsychotherapy: Pre Covid-19 lessons for a post Covid-19 world. Journal of Psychotherapy Integration, 30(2), 248-264. http://dx.doi.org/10.1037/int0000213

Matheson, B. E., Bohon, C., & Lock, J. (2020). Family-based treatment via videoconference: Clinical recommendations for treatment providers during Covid-19 and beyond. International Journal of Eating Disorders, 53(7), 1142-1154. https://doi.org/10.1002/eat.23326

Moura, C. B., & Venturelli, M. B. (2004). Direcionamentos para a condução do processo terapêutico comportamental com crianças. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 6(1), 17-30.

Oliveira, C. T., & Dias, A. C. G. (2018). Psicoeducação do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade: o que, como e para quem informar? Trends in Psychology, 26(1), 243-261. https://doi.org/10.9788/tp2018.1-10pt

Ornell, F., Schuch, J. B., Sordi, A. O., & Kessler, F. H. P. (2020). “Pandemic fear” and COVID-19: mental health burden and strategies. Brazilian Journal of Psychiatry, 42(3), 232-235. https://doi.org/10.1590/1516-4446-2020-0008

Papert, S. (1996). The connected family: Bridging the digital generation gap. Longstreet Press.

Pastore, M. N. (2020). Brincar-brinquedo, criar-fazendo: pluriversos de infâncias e crianças desde o sul de Moçambique [Tese de doutorado não publicada]. Universidade Federal de São Carlos.

Petersen, C. S., & Wainer, R. (2011). Princípios básicos da terapia cognitivo-comportamental de crianças e adolescentes. In C. S. Petersen, R. Wainer (Orgs.), Terapias cognitivo-comportamentais para crianças e adolescentes. Artmed.

Pieta, M. A. M. (2014). Psicoterapia pela internet: a relação terapêutica [Tese de doutorado não publicada]. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Pieta, M. A., & Gomes, W. B. (2014). Psicoterapia pela internet: viável ou inviável? Psicologia: Ciência e Profissão, 34(1), 18-31. https://doi.org/10.1590/S1414-98932014000100003

Prensky, M. (2001). Digital natives, digital immigrants. On the Horizon MCB University Press, 9(5), 1-6.

Proudfoot, J., Klein, B., Barak, A., Carlbring, P., Cuijpers, P., Lange, A., Ritterband, L., & Andersson, G. (2011). Establishing guidelines for executing and reporting internet intervention research. Cognitive Behaviour Therapy, 40(2), 82-97. https://doi.org/10.1080/16506073.2011.573807

Pureza, J. R., Agliani, A. O., Pureza, J. R., & Lisboa, C. S. M. (2014). Fundamentos e aplicações da Terapia CognitivoComportamental com crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Psicoterapia, 16(1), 85-103.

Regra, J. A. G. (2000). A agressividade infantil. In E. F. M Silvares (2000). Estudos de caso em psicoterapia comportamental infantil (pp. 157-194). Papirus.

Rodrigues, C. G. (2014). Aliança terapêutica na psicoterapia breve on-line [Dissertação de mestrado nãopublicada]. Universidade de Brasília.

Scharff, J. F. (2012). Clinical issues in analyses over the telephone and the internet. International Journal of Psychoanalysis, 93, 81-95. https://doi.org/10.1111/j.1745-8315.2011.00548

Schmidt, B., Silva, I. M., Pieta, M. A. M., Crepaldi, M. A., & Wagner, A. (2020). Terapia on-line com casais e famílias: prática e formação na pandemia de Covid-19. Psicologia: Ciência e Profissão, 40, e243001. https://doi.org/10.1590/1982-3703003243001

Shimizu, K. (2020). 2019-nCoV, fake news, and racism. Lancet, 395(10225), 685-686. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(20)30357-3

Siegmund, G., & Lisboa, C. (2015). Orientação psicológica on-line: percepção dos profissionais sobre a relação com os clientes. Psicologia: Ciência e Profissão, 35(1), 168-181. https://doi.org/10.1590/1982-3703001312012

Silvares, E. F. M. (2001). Ludoterapia cognitivo-comportamental com crianças agressivas. In H. J. Guilhardi. Sobre comportamento e cognição. Expondo a variabilidade (pp. 373-385). ESETEC.

Vermes, J. S. (2012). Clínica analítico comportamental infantil: a estrutura. In N. B. Borges & F. A. Cassas (Orgs.), Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos (pp. 214-222). Artmed.

Villas-Bôas, L. E. R. (2020). Psicoterapia infantil on-line. Um novo caminho possível frente à pandemia da covid-19. Revista IGT Na Rede, 17(32), 53-64.

Wade, S. L., Gies, L. M., Fisher, A. P., Moscato, E. L., Adlam, A. R., Bardoni, A., Corti, C., Limond, J., Modi, A. C., & Williams, T. (2020). Telepsychotherapy with children and families: Lessons gleaned from two decades of translational research. Journal of Psychotherapy Integration, 30(2), 332-347. http://dx.doi.org/10.1037/int0000215

Publicado

2024-04-23

Como Citar

Broering, C. V. (2024). Atendimento on-line infantil em tempos de COVID-19. Estudos De Psicologia, 41. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/12475

Edição

Seção

PSICOLOGIA CLÍNICA E PSICOTERAPIAS