O luto em instituições de abrigamento de crianças

Autores/as

  • Valéria TINOCO Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica.
  • Maria Helena Pereira FRANCO Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica.

Palabras clave:

Criança, Cuidado substituto, Fator de risco, Luto, Vínculo

Resumen

Este estudo teve como objetivo conhecer e refletir sobre o luto e os fatores de risco e proteção presentes no processo de institucionalização da criança em casas abrigo, a partir da prática de seus cuidadores. Foram analisados recortes de supervisões de cinco cuidadoras de nível técnico que trabalhavam em instituições de abrigo de crianças e que eram participantes de um grupo de supervisão coordenado pela autora. Estudar a respeito da prática dos cuidadores no processo de institucionalização foi importante para visualizar como a instituição pode interferir positiva e negativamente no processo de recuperação emocional após a separação da família, minimizando, ou não, problemas futuros de vinculação. A instituição e todos os envolvidos neste processo têm a possibilidade de prover grande parte dos fatores de proteção relacionados ao período de institucionalização, abrindo-se um caminho para pensarmos em intervenções preventivas e terapêuticas para a criança abrigada.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Aubry, J. (2004). Psicanálise de crianças separadas: estudos clínicos. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.

Bowlby, J. (1990). Formação e rompimento de laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes.

Bowlby, J. (1993). Apego (Vol.1). São Paulo: Martins Fontes. (Originalmente publicado em 1969).

Bowlby, J. (1993a). Separação: angústia e raiva (Vol.2). São Paulo: Martins Fontes.

Bowlby, J. (1993b). Perda: tristeza e depressão (Vol.3). São Paulo: Martins Fontes.

Bowlby, J. (1995). Cuidados maternos e saúde mental. São Paulo: Martins Fontes.

Bowlby, J. (1999). Aflição e luto na infância. In Littoral. Luto de criança. Rio de Janeiro: Companhia Freud. (Originalmente publicado em 1960).

Bowlby, R. (2004). Fifty years of attachment theory: the Donald Winnicott memorial lecture. London: Kar.

Bromberg, M. H. P. F. (1998). Psicoterapia em situações de perda e luto. Campinas: Livro Pleno.

Cook, A. S. (2001). The dynamics of ethical decision making in bereavement research. In M. S. Stroebe, R. O. Hansson, W. E. Stoebe & H. Schut. Handbook of bereavement research: consequences, coping and care (pp.119-142). Washington: American Psychological Association.

Dozier, M. (2005). Challenges of foster care. Attachment and Human Development, 7, 27-30.

Ferreira, M. C. R. (1984). O apego e as reações da criança à separação da mãe: uma revisão bibliográfica. Cadernos de Pesquisa, 48, 3-19.

Franco, M. H. P. (2002). Uma mudança no paradigma sobre o enfoque da morte e do luto na contemporaneidade. In M. H. P. Franco (Org.), Estudos avançados sobre o luto (pp.15-38). Campinas: Livro Pleno.

Franco, M. H. P., & Mazorra, L. (2007). Criança e luto: vivências fantasmáticas diante da morte do genitor. Estudos de Psicologia (Campinas), 24 (4), 503-511. doi: 1590/S0103-166X2007000400009.

Hughes, D. A. (2004). Building the bonds of attachment: awakening love in deeply troubled children. Lanham: Rowman & Littlefield.

Hunter, M. (2001). Psychotherapy with young people in care: lost and found. Philadelphia: Brunner-Routledge.

James, B. (1994). Handbook for treatment of attachmenttrauma: problems in children. New York: Free Press.

Jewett, C. (1994). Helping children cope with separation and loss. London: Barsford.

Parkes, C. M. (1995). Guidelines for conducting ethical bereavement research. Death Studies, 19, 171-181.

Parkes, C. M. (1998). Luto: estudos sobre o pesar na vida adulta. São Paulo: Summus.

Parkes, C. M. (2001). A historical overview of the scientific study of bereavement. In M. S. Stroebe, R. O. Hansson, W. E. Stoebe & H. Schut. Handbook of bereavement research: consequences, coping and care (pp.25-45). Washington: American Psychological Association.

Rutter, M. (1979). Maternal deprivation 1972-1978: new findings, new concepts, new approaches. Child Development, 50, 283-305.

Rutter, M. (1985). Resilience in face of adversity: protective factors and resistence to psychiatric disorder. British Journal of Psychiatry, 147, 598-611.

Rutter, M. (1993). Resilience: some conceptual considerations. Journal of Adolescent Health, 14, 626-631.

Sanches, R. M. (Org.). (2005). Winnicott na clínica e na instituição. São Paulo: Escuta.

Schneider, K. M., & Phares, V. (2005). Coping with parental loss because termination of parental rights. Child Welfare, 84, 819-842.

Schofield, G., & Beek, M. (2005). Providing a secure base: parenting children in long-term foster care. Attachment and Human Development, 7, 3-27.

Worden, J. W. (1998). Terapia do luto: um manual para o profissional de saúde mental. Porto Alegre: Artes Médicas.

Publicado

2011-12-31

Cómo citar

TINOCO, V., & FRANCO, M. H. P. (2011). O luto em instituições de abrigamento de crianças. Estudos De Psicologia, 28(4). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8927