Explorando a relação entre consciência morfológica, processamento cognitivo e escrita

Autores/as

  • Márcia Maria Peruzzi Elia da MOTA Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Psicologia.

Palabras clave:

Alfabetização, Cognição. Consciência metalinguística, Escrita

Resumen

Estudos realizados em línguas alfabéticas mostram que a habilidade de refletir sobre os morfemas que compõem as palavras - consciência morfológica-está associada ao sucesso no reconhecimento e compreensão de palavras na leitura. O português é uma língua com uma ortografia bastante regular em termos das correspondências entre letra e som. Neste estudo, investiga-se se o processamento da morfologia contribui para a escrita no português e se essa contribuição é independente de outros aspectos cognitivos da linguagem, como vocabulário e memória auditiva. Crianças de 2º ano e 3º ano do Ensino Fundamental constituíram a amostra. Os resultados das correlações de Pearson mostram que a consciência morfológica está associada à escrita; quando se controla a memória e o vocabulário, essa relação passa a ser significativa.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Berko, J. (1958). The child’s learning of English morphology. Word, 14, 150-177.

Barrera, S., & Maluf, M. R. (2003). Consciência metalinguística e alfabetização: um estudo com crianças da primeira série do ensino fundamental. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16 (3), 491-502.

Bradley, L., & Bryant, P. (1983). Categorizing sounds and learning to read: a causal connection. Nature, 301 (S899), 419-421.

Capovilla, A., & Capovilla, F. (2000). Efeitos do treino de consciência fonológica em crianças com baixo nível sócio econômico. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13 (1), 7-24.

Capovilla, A., & Capovilla, F. (2009). A consciência fonológica e sua importância para a aquisição da linguagem escrita. In M. Mota (Org.), Desenvolvimento metalingüístico: questões contemporâneas (pp.19-40). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Cardoso-Martins, C. (1995). Consciência fonológica e alfabetização. Petrópolis: Vozes.

Carlisle, J. (1988). Knowledge of derivational morphology and spelling ability in fourth, six, and eight graders. Applied Psycholinguistics, 9 (3), 247-266.

Carlisle, J. (1995). Morphological awareness and early reading achievement. In L. Feldman (Ed.), Morphological aspects of language processing (pp.189-211). Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates.

Carlisle, J. (1996). An exploratory study of morphological errors in children‘s written stories. Reading and Writing: An Interdisciplinary Journal, 8 (1), 61-72.

Carlisle, J. (2000). Awareness of the structure and meaning of morphologically complex words: impact on reading. Reading and Writing: An Interdisciplinary Journal, 12 (3), 169-190.

Carlisle, J., & Fleming, J. (2003). Lexical processing of morphologically complex words in the elementary years. Scientific Studies of Reading, 7 (3), 239-253.

Colé, P., Marec-Breton, N., Royer, C., & Gombert, J. E. (2003). Morphologie des mots et apprentissage de la lecture. Reeducation Orthophonic, 213 (1), 57-60.

Cunningham, A. E. (1990). Implicit versus explicit instruction in phonemic awareness. Journal of Experimental Child Psychology, 50 (3), 429-444.

Deacon, S., & Bryant, P. (2005). What young children do and do not know about the spelling of inflections and derivations. Developmental Science, 8 (6), 583-594.

Deacon, S., & Kirby, J. (2004). Morphological awareness: just “more phonological”? The roles of morphological and phonological awareness in reading development. Applied Psycholinguistics, 25 (2), 223-238.

Duncan, L., Casalis, S., & Colé, P. (2009). Early metalinguistic awareness of derivational morphology: observations from comparison of English and French. Applied Psycholinguistics, 30 (3), 405-440.

Guimarães, S. (2003). Dificuldades no desenvolvimento da lectoescrita: o papel das habilidades metalinguísticas. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 19 (1), 33-45.

Lehtonen, A., & Bryant, P. (2005). Active players or just passive bystanders? The role of morphemes in spelling development in a transparent orthography. Applied psycholinguistics, 26 (2), 137-155.

Mann, V. (2000). Introduction to special issue on morphology and the acquisition of alphabetic writing systems. Reading and Writing: an Interdisciplinary Journal, 12 (3), 143-147.

Mota, M. (1996). Children´s role of grammatical rules in spelling. Unpublished doctoral dissertation, University of Oxford, United Kingdom.

Mota, M. (2011). Consciência morfológica, aspectos cognitivos da linguagem e reconhecimento de palavras. Interação em Psicologia, 15 (1), 21-26.

Mota, M., Annibal, L., & Lima, S. (2008). A Morfologia derivacional contribui para a leitura e escrita no português? Psicologia: Reflexão e Crítica, 21 (2), 311-318.

Mota, M., & Silva, K. (2007). Consciência morfológica e desenvolvimento ortográfico: um estudo exploratório. Psicologia em Pesquisa, 1 (2), 86-92.

Mota, M., Lisboa, R., Dias, J. , Gontijo, R., Mansur-Lisboa, S. F.,Silva, D. A., et al. (2009). Relação entre consciência morfológica e leitura contextual medida pelo teste de cloze. Psicologia: Reflexão e Crítica, 22 (2), 223-229.

Nagy, W., Berninger, V., & Abbot, R. (2006). Contributions of morphology beyond phonology to literacy outcome of upper elementary and middle-school students. Journal of Educational Psychology, 98 (1), 134-147.

Nation, K., & Hulme, C. (1997). Phonemic segmentation, not onset-Rime segmentation, predicts early reading and spelling skills. Reading Research Quarterly, 32 (2), 154-167. Nunes, T.,

Bindman, M., & Bryant, P. (1997). Morphological strategies: developmental stages and processes. Developmental Psychology, 33 (4), 637-649.

Nunes, T., & Bryant, P. (2006). Improving literacy by teaching morphemes. London: Routledge. Pinheiro, A. M. V. (1996). Contagem de frequência de ocorrência de palavras expostas a crianças na faixa pré-escolar e séries iniciais do 1º grau (Software) São Paulo: Associação Brasileira de Dislexia.

Queiroga, B., Lins, M., & Pereira, M. (2006). Conhecimento morfossintático e ortografia em crianças do ensino fundamental. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22 (1), 95-99.

Rego, L., & Bryant, P. (1993). The connections between phonological, syntactic and semantic skills and children’s

reading and spelling. European Journal of psychology, 8 (3), 235-246.

Rego, L., & Buarque, L. (1997). Consciência sintática, consciência fonológica e aquisição de regras ortográficas. Psicologia: Reflexão e Crítica, 10 (2), 199-217.

Santos, A. A. A. (1996). A influência da consciência fonológica na aquisição da leitura e da escrita. In F. F. Sisto, G. C. Oliveira, L. D. T. Fini, M. T. C. C. Souza & R. P. Brenelli (Eds.), Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar (pp.213-247). Petrópolis: Vozes.

Sénéchal, M., Basque, M. T., & Leclaire, T. (2006). Morphological knowledge as revealed in children’s spelling accuracy and reports of spelling strategies. Journal of Experimental Child Psychology, 95 (4), 231-254.

Stein, L. M. (1994). TDE: Teste de desempenho escolar: manual para aplicação e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Wechsler, D. (1991) WISC-III: Escala de inteligência Weschsler para crianças. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Publicado

2012-03-30

Cómo citar

MOTA, M. M. P. E. da. (2012). Explorando a relação entre consciência morfológica, processamento cognitivo e escrita. Estudos De Psicologia, 29(1). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8744