O profissional de saúde mental na reforma psiquiátrica
Palabras clave:
Doença mental, Loucura, Profissionais de saúde, Reforma psiquiátrica, Saúde mentalResumen
O objetivo desse artigo é examinar criticamente produções da literatura científica sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira, publicadas entre 2003 e 2011, abordando estudos que focalizaram o trabalhador de saúde mental. A pesquisa organizou-se por meio de leitura sistemática e análise dos artigos, em termos de seus objetivos, metodologia, resultados e conclusão. Foram encontrados 14 artigos, que se revelaram convergentes quanto aos resultados obtidos na medida em que concluem que os trabalhadores manifestam-se favorável e engajadamente em relação ao processo da reforma, ao mesmo tempo em que apontam problemas e desafios no cotidiano - sem superar, como seria esperado, visões conservadoras e reducionistas da doença mental. Por outro lado, considerada em seu conjunto, esta produção indica que o interesse pelo trabalhador não inclui valorização de sua experiência emocional, dimensão certamente mobilizada pela questão da loucura. Esta lacuna deve ser preenchida por pesquisas que incluam atenção aos aspectos emocionais e se traduzam em intervenções que auxiliem os trabalhadores a lidar bem com suas tarefas do cotidiano
Descargas
Citas
Amarante, P. (1995). Novos sujeitos, novos direitos: o debate em torno da reforma psiquiátrica. Cadernos de Saúde Pública, 11(3), 491-4.
Bernardes, A. G., & Guareschi, N. M. F. (2004). Trabalhadores da saúde mental: cuidados de si e formas de subjetivação. Psicologia USP, 15(3), 81-101.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília: MS.
Portal da Saúde. (2012). Padilha reafirma em defesa da Reforma Psiquiátrica. Recuperado em maio 20, 2012, disponível em <http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2617/162/padilha-reafirma-defesa-dareforma-psiquiatrica.html>.
Campos, C. M. S., & Soares, C. B. (2003). A produção de serviços de saúde mental: a concepção de trabalhadores. Ciência & Saúde Coletiva, 8(2), 621-8.
Carvalho, M. B., & Felli, V. E. A. (2006). O trabalho de enfermagem psiquiátrica e os problemas de saúde dos trabalhadores. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 14(1), 61-9.
Desviat, M. (1999). A reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro: Fiocruz.
Guimarães, F. A. L., & Martins, M. C. F. (2010). Valores e prazer-sofrimento no trabalho: um estudo dos profissionais de nível superior. Estudos de Psicologia (Campinas), 27(2), 133-145. doi: 10.1590/S0103-166X2010000200001.
Honorato, C. E. M., & Pinheiro, R. (2008). O trabalho do profissional de saúde mental em um processo de desinstitucionalização. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 18(2), 361-80.
Jorge, M. S. B., Randemark, N. F. R., Queiroz, M. V. O., & Ruiz, E. M. (2006). Reabilitação psicossocial: visão da equipe de saúde mental. Revista Brasileira de Enfermagem, 59(6), 734-739.
Malagris, L. E. N., & Fiorito, A. C. C. (2006). Avaliação do nível de stress de técnicos da área de saúde. Estudos Psicologia (Campinas), 23(4), 391-398. doi: 10.1590/S0103-166X2006000400007.
Nardi, H. C., & Ramminger, T. (2007). Modos de subjetivação dos trabalhadores de saúde mental em tempos de reforma psiquiátrica. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 17(2), 265-267.
Pinho, L. B., Hernández, A. M. B., & Kantorski, L. P. (2010a). Reforma psiquiátrica, trabalhadores de saúde mental e a “parceria” da família: o discurso do distanciamento. Interface, 14(32), 103-113.
Pinho, L. B., Hernández, A. M. B., & Kantorski, L. P. (2010b). Trabalhadores em saúde mental: contradições e desafios no contexto da reforma psiquiátrica. Escola Anna Nery, 14(2), 260-267.
Rabelo, I. V. M., & Torres, A. R. R. (2006). Os significados da reforma psiquiátrica para os trabalhadores de saúde mental de Goiânia. Estudos de Psicologia (Campinas), 23(3), 219-228. doi: 10.1590/S0103-166X2006000300001.
Rodrigues, C. R., & Figueiredo, M. A. C. (2003). Concepções sobre a doença mental em profissionais, usuários e seus familiares. Estudos de Psicologia (Natal), 8(1), 117-125.
Santos, A. F. O., & Cardoso, C. L. (2010a). Profissionais de saúde mental: estresse, enfrentamento e qualidade de vida. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26(3), 543-548.
Santos, A. F. O., & Cardoso, C. L. (2010b). Profissionais de saúde mental: manifestação de stress e burnout. Estudos de Psicologia (Campinas), 27(1), 67-74. doi: 10.1590/S0103-166X2010000100008.
Silva, E. A., & Costa, I. I. (2010). O profissional de referência em saúde mental: das responsabilizações ao sofrimento psíquico. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 13(4), 635-647.
Silveira, M. F. A., & Santos Júnior, H. P. O. (2011). Que eles falem por si: relatos dos profissionais sobre a experiência nas residências terapêuticas. Ciência & Saúde Coletiva, 16(4), 2089-2098.
Souza, W. C., & Silva, A. M. M. (2002). A influência de fatores de personalidade e de organização do trabalho no burnout em profissionais de saúde. Estudos de Psicologia (Campinas), 19(1), 37-48. doi: 10.1590/S0103-166X2002000100004.
Venturini, E. (1998). Prefácio à primeira edição. In P. Amarante (Coord.), Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil (2ª ed., pp.13-16). Rio de Janeiro: Fiocruz.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Cristiane Helena Dias SIMÕES, Rafael Aiello FERNANDES, Tania Maria José AIELLO-VAISBERG
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.