A constituição da relação mãe-filha e o desenvolvimento dos transtornos alimentares

Autores/as

  • Fabiana Elias Goulart de Andrade MOURA Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública.
  • Manoel Antônio dos SANTOS Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Programa de Pós-Graduação em Psicologia
  • Rosane Pilot Pessa RIBEIRO Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação Enfermagem em Saúde Pública.

Palabras clave:

Desenvolvimento infantil, Relações mãe-filho, Transtornos de alimentação na infância, Transtornos da alimentação

Resumen

O presente estudo buscou compreender, por meio de abordagem qualitativa, como mães de adolescentes com transtornos alimentares vivenciaram o processo de cuidar de suas filhas desde a gestação até os dois anos de idade, procurando investigar se essas vivências relacionadas à maternidade guardam relação com o aparecimento futuro do transtorno. Foram entrevistadas seis mães de pacientes com anorexia nervosa, que estavam em seguimento ambulatorial em um serviço especializado. Os relatos maternos foram examinados pela análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram dificuldades de sustentação (holding) por parte das mães, que acarretaram intenso sofrimento e sentimento de impotência diante das necessidades básicas das filhas. As crianças foram descritas como vorazes e insatisfeitas, sugerindo que teriam vivenciado dificuldades em assimilar o cuidado oferecido por suas mães em seus primeiros anos de vida. Desse modo, os resultados corroboram a importância de investigar as experiências infantis precoces para a compreensão da etiologia dos transtornos alimentares.

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Publicado

2023-03-31

Cómo citar

MOURA, F. E. G. de A., SANTOS, M. A. dos, & RIBEIRO, R. P. P. (2023). A constituição da relação mãe-filha e o desenvolvimento dos transtornos alimentares. Estudos De Psicologia, 32(2). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8167