Percepções dos filhos sobre aspectos reais e ideais do cuidado parental

Autores/as

  • Everley Rosane GOETZ Universidade Federal de Santa Catarina
  • Mauro Luís VIEIRA Universidade Federal de Santa Catarina

Palabras clave:

Cuidado parental, Filhos, Percepção, Sistêmica

Resumen

Esta pesquisa teve como objetivo principal identificar a percepção que as crianças têm em relação ao comportamento paterno de cuidado e as diferenças em relação ao materno. Participaram do estudo 216 crianças de duas escolas da rede municipal de ensino de Florianópolis, com faixa etária compreendida entre 10 e 11 anos. Os instrumentos utilizados foram dois questionários, contendo perguntas fechadas e abertas. Para analisar as questões, utilizou-se análise estatística e temática de conteúdo. Os resultados indicam diferenças significativas entre a percepção que os filhos têm do pai real em relação ao ideal. Quanto à percepção real da mãe, aproxima-se do ideal dos filhos. Como conclusão geral, pode-se afirmar que as crianças percebem o pai real bastante afastado do ideal em aspectos referentes ao cuidado e à interação. Quanto à mãe real, ela está predominantemente mais próxima do modelo ideal percebido nesses mesmos aspectos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Araújo, V. R. O. A. (2002). Reflexões sobre a família e educação na modernidade. Estilos da Clínica, 7 (12), 100-111.

Aspesi, C. C., Dessen, M. A., & Chagas, J. F. (2005). A ciência do desenvolvimento humano: uma perspectiva interdisciplinar. In M. A. Dessen & A. L. Costa Jr (Orgs.), A ciência do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspectivas futuras (pp.19-36). Porto Alegre: Artmed.

Bandeira, M., Goetz, E. R., Vieira, M. L., & Pontes, F. A. R. (2005). O cuidado parental e o papel do pai no contexto familiar. In F. A. R. Pontes, C. M. C. Magalhães, R. C. S. Brito & W. L. B. Martin (Orgs.), Temas pertinentes à construção da psicologia contemporânea (pp.191-230). Belém: EDUFPA.

Barbetta, P. A. (2002). Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: UFSC.

Bardin, L. (1979). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Berger, P. L., & Luckmann, T. (2000). A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. Petrópolis: Vozes.

Bisquerra, R., Sarriera, J. C., & Martinez, F. (2004). Introdução à estatística: enfoque informático com o pacote estatístico SPSS. Porto Alegre: Artmed.

Bornstein, M. H., Tamis-LeMonda, C. S., Parcual, L., Haynes, O. M., Painter, K. M., Galperín, C. Z., & Pêcheux, M. G. (1996). Ideas about parenting in Argentina, France and the United States. International Journal of Behavioral Development, 19 (2), 347-367.

Bronfenbrenner, U. (1986). Ecology of the family as a context for human development: research perspectives. Developmental Psychology, 22 (6), 723-742.

Bronfenbrenner, U. (1994). Ecological models of human development. In T. Husen & T. N. Postelethwaite (Orgs.), Encyclopedia of education (2nd ed., pp.1643-1647). Oxford: Elsevier.

Bronfenbrenner, U. (2002). A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados (2a ed.). Porto Alegre: Artes Médicas.

Bronfenbrenner, U., & Evans, G. (2000). Development science in the 21st century: emerging questions, theoretical models, research designs and empirical findings. Social Development, 9 (1), 115-125.

Coelho, S.V. (2000). As transformações da família no contexto brasileiro: uma perspectiva das relações de gênero. Psique, 12 (4), 658-664.

Danna, M. F., & Matos, M. A. (1996). Ensinando observação: uma introdução. São Paulo: Edicon.

Dessen, M. A., & Braz, M. P. (2000). Rede social de apoio durante transições familiares decorrentes do nascimento de filhos. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 16 (3), 221-231.

Fleck, A. C., & Wagner, A. (2003). A mulher como principal provedora do sustento econômico familiar. Psicologia em Estudo, 8 (número especial), 31-38.

Geary, D. C., & Flinn, M. V. (2001). Evolution of human parental behavior and human family. Parenting: Sience and Practice, 1 (1-2), 5-61.

Ghiglione, R., & Matalon, B. (1993). O inquérito: teoria e prática Oeiras: Celta Editora.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo (2000). Recuperado em maio 15, 2005, disponível em www.ibge.gov.br/censo

Klaus, M. H., Kennell, J. H., & Klaus, P. H. (2000). Vínculo: construindo as bases para um apego seguro e para a independência. Porto Alegre: Artes Médicas.

Kreppner, K. (2000). The child and the family: interdependence in developmental pathways. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 1 (16), 111-22.

Lewis, C. (2000). A man's place in the home: fathers and families in the UK York: Joseph Rowntree Foundation.

Lewis, C., & Dessen, M. A. (1999). O pai no contexto familiar. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 15 (1), 9-16.

Maridaki-Kassotaki, K. (2000). Undertanding fatherhood in Greece: father's involvement in child care. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 16 (3), 213-219.

Pereira, J. C. R. (1999). Análise de dados qualitativos: estratégias metodológicas para as ciências da saúde, humanas e sociais. São Paulo: Edusp.

Polonia, A C., Dessen, M. A., & Silva, N. L. P. (2005). O modelo bioecológico de Bronfenbrenner: Contribuições para o desenvolvimento humano. In M. A. Dessen & A. L. Costa Jr (Orgs.), A ciência do desenvolvimento humano: tendências atuais e perspectivas futuras (pp.190-209). Porto Alegre: Artmed.

Prado, A. B. (2005). Semelhanças e diferenças entre homens e mulheres na compreensão do comportamento paterno Dissertação de mestrado não-publicada, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Romanelli, G., & Biasoli-Alves, Z. M. M. (1998). Diálogos metodológicos sobre prática de pesquisa. Ribeirão Preto: Legis Summa.

Seidl de Moura, M. L., & Ribas Jr., R. C. (2003). Algumas informações sobre o instrumento estilo materno e paterno. Relatório parcial do projeto: interação mãe-bebê e desenvolvimento infantil: um estudo longitudinal e transcultural. Material não-publicado, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Veneziano, R. A. (2003). The importance of paternal warmth. Cross-Cultural Research, 37 (3), 265-281.

Wagner, A., Predebon, J., Mosmann, C., & Verza, F. (2005). Compartilhar tarefas? Papéis e funções de pai e mãe na família contemorânea. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21 (2), 181-186.

Publicado

2009-06-30

Cómo citar

GOETZ, E. R. ., & VIEIRA, M. L. . (2009). Percepções dos filhos sobre aspectos reais e ideais do cuidado parental. Estudos De Psicologia, 26(2). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7059