Estressores e estratégias de coping em uma amostra de psicólogos clínicos

Autores/as

  • Cristiane Élis SANZOVO Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
  • Myrna Elisa Chagas COELHO Universidade Estadual de Londrina

Palabras clave:

coping, stress ocupacional, estressores, psicólogos

Resumen

Submetido a contingências estressoras, o psicólogo clínico pode ter a qualidade do seu trabalho comprometida, acarretando conseqüências para clientes em tratamento. Este estudo teve como objetivos: avaliar níveis de stress, levantar estressores presentes no contexto de trabalho e estratégias de coping utilizadas. Participaram desta pesquisa 15 psicólogos. Aplicou-se o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp e realizaram-se entrevistas semi-estruturadas. Os resultados indicaram que 12 participantes não apresentaram stress. Todos mencionaram estratégias de coping. O estressor mais assinalado foi "preocupação com clientes específicos"; as estratégias mais marcadas foram "tirar férias" e "praticar exercícios físicos". Concluiu-se que o uso de estratégias de coping pode relacionar-se ao fato de que muitos estressores foram percebidos no exercício da profissão, mas não têm desencadeado o processo de stress nesse grupo. Discutiu-se se o conhecimento e as habilidades adquiridas pelos psicólogos clínicos também poderiam colaborar para seu sucesso no enfrentamento dos estressores presentes em seu trabalho.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Abreu, K. L., Stoll, I., Ramos, L. S., Baumgardt, R. A., & Kristensen, C. H. (2002). Stress Ocupacional e Síndrome de Burnout no exercício profissional da Psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão, 22 (2), 22-29.

Baccaro, A. (1990). Vencendo o stress: como detectá-lo e superá-lo (2a. ed.). Petrópolis: Vozes.

Baechtold, A. P. (2002). Qualidade de vida, fontes internas e sintomas de stress em uma amostra de costureiras. Dissertação de mestrado não-publicada, Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Banaco, R. (2005, Agosto). Stress e terapia comportamental Trabalho apresentado no XIV Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental. Campinas, SP.

Coelho, M. E. C. (1998). Stress, eventos vitais e coping sob enfoque analítico-comportamental. Monografia não-publicada, Universidade Estadual de Londrina.

Covolan, M. A. (1996). Stress ocupacional do psicólogo clínico: seus sintomas, suas fontes e as estratégias utilizadas para controlá-lo. In M. E. N. Lipp (Ed.), Pesquisas sobre stress no Brasil: saúde, ocupações e grupos de risco (pp.225-240). Campinas: Papirus.

Faber, B. (1985). Clinical psychologists' perceptions of psychotherapeutic work. Clinical Psychologist 38 (1), 10-13.

Folkman, S., & Lazarus, R. S. (1980). An analysis of coping in a middle-aged community sample. Journal of Health and Social Behavior, 21 (3), 219-239

Guido, L. A. (2003). Stress e coping entre enfermeiros de centro cirúrgico e recuperação anestésica. Tese de doutorado não-publicada, Universidade Estadual de São Paulo.

Lazarus, R. S., & Folkman, S. (1984). Stress, apraisal and coping New York: Springer.

Lazarus, R. S., & Lazarus, B. N. (1994). Passion and reason: making sense of our emotions. New York: Oxford University Press.

Lipp, M. E. N. (1984). Stress e suas implicações. Estudos de Psicologia 1 (1), 3-19.

Lipp, M. E. N. (1996). Stress: conceitos básicos. In M. E. N. Lipp (Ed.), Pesquisas sobre o stress no Brasil: saúde, ocupações e grupos de risco (pp.17-29). Campinas: Papirus.

Lipp, M. E. N. (2000). Manual do inventário de sintomas de stress para adultos. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Lipp, M. E. N. (2003). O modelo quadrifásico do stress. In M. E. N. Lipp (Ed.), Mecanismos neuropsicofisiológicos do stress: teoria e aplicações clínicas (pp.17-22). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Lipp, M. E. N. (2004). Prefácio. In M. E. N. Lipp (Ed.), O stress no Brasil: pesquisas avançadas (pp.11-13). Campinas: Papirus.

Lipp, M. E. N., & Malagris, L. N. (1998). Manejo do stress In B. Rangé (Ed.), Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas (pp.279-291) Campinas: Editorial Psy.

Rabin, S., Feldman, D., & Kaplan, Z. (1999). Stress and intervention strategies in mental health professionals. British Journal of Medical Psychology, 72 (2), 159-169.

Ribeiro, D. P. S. A. (1999). Estratégias de "Coping" em psicólogos de serviços básicos e ambulatoriais de saúde pública. Dissertação de mestrado não-publicada, Universidade Estadual de São Paulo.

Santos, O. A. (1995). Ninguém morre de trabalhar: o mito do stress (3a. ed.) São Paulo: Textonovo.

Seegers, G., & van Elderen, T. (1996). Examining a model of stress reactions of bank directors. European Journal of Psychological Assessment 12 (3), 212-223.

Seger, L. (2001). O stress e seus efeitos no profissional, na equipe e no paciente odontológico. In M. L. Marinho & V. E. Caballo (Eds.), Psicologia clínica e da saúde (pp.213-223). Londrina: Ed. UEL.

Seidl, E. M. F., Troccoli, B. T., & Zannon, C. M. L. C. (2001). Análise fatorial de uma medida de estratégias de enfren-tamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 17 (3), 225-234.

Selye, H. (1956). The stress of life Nova York: McGraw-Hill.

Torres, N., & Coelho, M. E. C. (2004). O stress, o transtorno do pânico e a psicoterapia: a pessoa e sua vida. In M. Z. Brandão et al. (Eds.), Sobre comportamento e cognição. Contingências e metacontingências: contextos sócios-verbais e o comportamento do terapeuta (Vol..13, pp.339-344). Santo André: ESETec.

Zakir, N. S. (2001). Enfrentamento e percepção de controla-bilidade pessoal e situacional nas reações de stress. Tese de doutorado não-publicada, Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Publicado

2007-06-30

Cómo citar

SANZOVO, C. Élis ., & COELHO, M. E. C. . (2007). Estressores e estratégias de coping em uma amostra de psicólogos clínicos . Estudos De Psicologia, 24(2). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/6884