Psicoterapia lúdica de uma criança com AIDS

Autores/as

  • Svetlana Bacellar AGUIRRE Universidade Estadual de Campinas
  • Sérgio Luiz Saboya ARRUDA Universidade Estadual de Campinas

Palabras clave:

HIV, Morte, Psicoterapia lúdica da criança, Psicoterapia psicodinâmica

Resumen

Trata-se do estudo de caso de uma criança com AIDS, atendida semanalmente em psicoterapia lúdica de orientação psicodinâmica durante um ano. São descritas e discutidas fantasias, angústias e defesas relacionadas às dificuldades emocionais de vivenciar sua doença e a perda de seus pais falecidos por complicações decorrentes da AIDS. Essa criança se expressou principalmente por meio de desenhos, utilizando inicialmente a negação como mecanismo de defesa. No decorrer do processo de ludoterapia, pôde usar outras defesas e formas de expressão. São observados sentimentos de abandono e de culpa relacionados com sua doença e com a morte dos pais, e fantasias inconscientes de haver provocado o falecimento dos genitores.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Aberastury, A. (1984). A percepção da morte nas crianças. In A. Aberastury et al. A percepção da morte na criança e outros escritos (pp.128-139). Porto Alegre: Artes Médicas.

Aronson, S. (1996). The bereavement process in children of parents with AIDS. Psychoanalytic Study of the Child, 51, 422-435.

Baricca, A. M. (1998). Histórias vividas por crianças com AIDS Dissertação de mestrado não-publicada, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.

Botega, N. J. (2006). Reação à doença e à hospitalização. In N. J. Botega (Org.). Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência (2a ed., pp.49-66). Porto Alegre: Artmed.

Calil, R. C. C., & Arruda, S. L. S. (2004). Discussão da pesquisa qualitativa com ênfase no método clínico. In S. Grubits & J. A. V. Noriega (Orgs.), Método qualitativo: epistemologia, complementariedades e campos de aplicação (pp.173-213). São Paulo: Vetor.

Cassorla, R. (1991). Como lidamos com o morrer. In R. Cassorla (Org.). Da morte: estudos brasileiros (pp.17-23). Campinas: Papirus.

Cedaro, J. J. (2005). A ferida na alma: os doentes de AIDS sob o ponto de vista psicanalítico. Tese de doutorado não-publicada, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.

Celeri, E. H. R. V., & Outeiral, J. (2005). Existiria o equivalente ao instinto de morte no pensamento de Winnicott? Algumas reflexões sobre ser, não-ser e solidão essencial. In J. Outeiral, S. Hisada, R. H. C. N. Gabriades & A. M. Ferreira (Orgs.), Winnicott: Seminários Brasileiros (pp.434-440). Rio de Janeiro: Revinter.

Ferreira, C. V. L. (1992). Conversando com o paciente HIVpositivo: um estudo clínico Tese de doutorado não-publicada, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas.

Freud, S. (1974a). Luto e melancolia. In S. Freud. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol.14, pp.271-291). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1915).

Freud, S. (1974b). Reflexões para os tempos de guerra e morte. In S. Freud. Obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol.14, pp.327-339). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1915).

Gewirtz, A., & Gossart-Walker, S. (2000). Home-based treatment for children and families affected by HIV and AIDS: dealing with stigma, secrecy, disclosure, and loss. Child Adolescent Psychiatric Clinics North America,9 (2), 313-330.

Gunther, M., Crandles, S., Williams, G., & Swain, M. (1998). A place called HOPE: group psychotherapy for adolescents of parents with HIV/AIDS. Child Welfare,77 (2), 251-271.

Hug-Helmut, H. (1998). El concepto de muerte en el niño. Revista Uruguaia Psicoanalítica, Montevideo, 88, 7-21.

Iencarelli, A. B. (1997). A morte anunciada de uma criança. Boletim Científico SPRJ, Rio de Janeiro, 18 (3),425-429.

Jacintho, A. C. A., Celeri, E. H. R. V., & Straus, L. (2006). Interconsulta em psiquiatria infantil. In N. J. Botega (Org.), Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência (2a ed., pp.521-532). Porto Alegre: Artmed.

Klein, M. (1980). A técnica psicanalítica através do brinquedo: sua história e significado. In M. Klein, P. Heimann & R. E. Money-Kyrle (Orgs.), Novas tendências da psicanálise (pp.25-48). Rio de Janeiro: Zahar Editores. (Originalmente publicado em 1955).

Kübler-Ross, E. (1989). Sobre a morte e o morrer São Paulo: Martins Fontes.

Moraes, M. J., Oliveira, A. C. P., & Tostes, M. A. (2006). AIDS e psiquiatria. In N. J. Botega (Org.), Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência (2a ed., pp.373-394). Porto Alegre: Artmed.

Moreno, D. M. F. C., & Reis, A. O. A. (2002). O momento da comunicação do resultado sorológico para o HIV sob a ótica winnicottiana. Pulsional Revista de Psicanálise,15 (156), 20-25.

Newman, A. (2003). As idéias de D. W. Winnicott: um guia Rio de Janeiro: Imago.

Raimbault, G. (1979). A criança e a morte: crianças doentes falam da morte: problemas da clínica do luto. Rio de Janeiro: Francisco Alves.

Silva, M. C. P. (2005). O mecanismo de idealização como parte do processo de introjeção do objeto bom. In Asociación Psicanalítica de Buenos Aires (Org.), Marcas de época en el psicoanálisis con niños y adolescentes. VII Jornada del Departamento de Niñez y Adolescencia (pp.241-252). Buenos Aires.

Souza, A. N. D. (1992). Grupo de reflexão multiprofissional em AIDS: uma estratégia em psicologia médica. In J. Mello Filho et al. Psicossomática hoje (pp.320-324). Porto Alegre: Artes Médicas.

Taschetto, A. R., Teixeira, L. M., & Kiperman, A. (1994). Considerações a respeito do conceito de morte para Winnicott. In Grupos de Estudos Psicanalíticos de Pelotas (Org.), Anais do III Encontro Latino-Americano sobre o pensamento de D. W. Winnicott (Vol. 2, pp.190-196). Gramados, RS.

Télis, C. T. (1991). Comportamento psicológico de pacientes com câncer avançado. In R. Cassorla (Org.), Da morte: estudos brasileiros (pp.105-117).Campinas: Papirus.

Tonin, S. Q. C. (2001). A psicanálise de José: morte e ressureição. Trieb,10, 107-122.

Torres, W. C. (2002). A criança diante da morte: desafios São Paulo: Casa do Psicólogo.

Turato, E. R. (2003). Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológico, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas Petrópolis: Vozes.

Weininger, O. (1996). Being and not being: clinical applications of the death instinct Madison: IUP.

Winnicott, D. W. (1983). A capacidade para estar só. In D. W. Winnicott. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional (pp.31-37). Porto Alegre: Artes Médicas. (Originalmente publicado em 1958).

Winnicott, D. W. (2000). Fear of breakdown. In C. Winnicott, R. Sheperd, M. Davies (Eds.), Psycho-analytic explorations: D. W. Winnicott (6th ed., pp.87-95). Cambridge (USA): Harvard University Press. (Originalmente escrito aproximadamente em 1963).

Winnicott, D. W. (2000). The use of an object and relating through identifications. In C. Winnicott, R. Sheperd & M. Davies (Eds.), Psycho-analytic explorations: D. W. Winnicott (6th ed., pp.218-227). Cambridge (USA): Harvard University Press. (Originalmente publicado em 1968).

Publicado

2006-09-30

Cómo citar

AGUIRRE, S. B. ., & ARRUDA, S. L. S. . (2006). Psicoterapia lúdica de uma criança com AIDS. Estudos De Psicologia, 23(3). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/6795