Geografia do poder em goffman: vigilância e resistência, dominação e produção de subjetividade no hospital psiquiátrico

Autores/as

  • Sílvio José BENELLI UNESP
  • Abílio da COSTA-ROSA UNESP

Palabras clave:

análise institucional, instituição total, microfísica do poder, cartografia, produção de subjetividade

Resumen

Neste artigo, estamos procurando recuperar alguns estudos de Goffman, lidos a partir das discussões atuais da análise institucional, das contribuições de Michel Foucault relativas à microfísica do poder e das investigações de alguns pesquisadores quanto à produção de subjetividade nas instituições de Saúde Coletiva. Goffman, apesar de não estar munido dos recursos teóricos de tais pesquisadores, já era capaz de explicitar em suas análises muito mais do que provavelmente imaginava articular. Acreditamos que Goffman já produz acuradas cartografias do dispositivo manicomial, descrevendo toda uma geografia do poder na instituição total, atento aos detalhes da rotina cotidiana. Suas investigações da dimensão intrainstitucional desses dispositivos continuam atuais e eficazes para a compreensão da produção da subjetividade no contexto institucional. Também encontramos muitas ressonâncias notáveis entre Goffman e Foucault.

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Publicado

2003-08-31

Cómo citar

BENELLI, S. J. ., & COSTA-ROSA, A. da . (2003). Geografia do poder em goffman: vigilância e resistência, dominação e produção de subjetividade no hospital psiquiátrico. Estudos De Psicologia, 20(2). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/6674