Estresse precoce no desenvolvimento
impactos na saúde e mecanismos de proteção
Palabras clave:
Desenvolvimento infantil, Estresse precoce, Psicologia da criança, Saúde da criançaResumen
Este artigo tem por objetivo, primeiramente, apresentar uma abordagem do desenvolvimento na área de saúde da criança, focalizando modelos teórico-conceituais sobre o impacto do estresse precoce no desenvolvimento e na saúde. Em segundo lugar, busca apresentar pesquisas na área de Psicologia Pediátrica, que foram realizadas no âmbito de um hospital universitário público, com neonatos e crianças hospitalizadas, cujas condições clínicas ou de tratamento médico envolviam situações altamente estressoras. O artigo trata dos principais modelos teórico-conceituais sobre estresse precoce com impacto no desenvolvimento e na saúde, a saber: Sameroff; Evans e Wachs; Shonkoff; e Kazak. As pesquisas, por sua vez, abordam a exposição a estressores durante a hospitalização de neonatos e crianças, bem como suas mães, e intervenções preventivas para manejo de estresse e/ou dor. Ao final do artigo, é apresentado um modelo com diretrizes para promover a transferência de evidências científicas para a prática clínica, visando implementar mudanças no âmbito hospitalar.
Descargas
Citas
Als, H., Duffy, F. H., McAnulty, G. B., Rivkin, M. J., Vajapeyam, S., Mulkern, R. V., ... Eichenwald, E. C. (2004). Early experience alters brain function and structure. Pediatrics, 113(4), 846-857.
Aylward, B. S., Bender, J. A., Graves, M. M., & Roberts, M. C. (2009). Historical developments and trends in Pediatric Psychology. In M. C. Roberts & R. G. Steele (Eds.), Handbook of pediatric psychology (4th ed., pp.3-18). New York: Guilford Press.
Bagot, R. C., & Meaney, M. J. (2010). Epigenetics and the biological basis of gene X environment interactions. Journal American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 49(8), 752-771. http://dx.doi.org/10.1016/j. jaac.2010.06.001
Bronfenbrenner, U. (1996). A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas. (Originalmente publicado em 1979).
Bronfenbrenner, U. (2011). Bioecologia do desenvolvimento humano: tornando os seres humanos mais humanos. Porto Alegre: ArtMed.
Carvalho, A. E., Linhares, M. B. M., Padovani, F. H., & Martinez, F. E. (2009). Anxiety and depression in mothers of preterm infants and psychological intervention during hospitalization in Neonatal ICU. Spanish Journal of Psychology, 12(1) 161-170.
Carvalho, A. E., Martinez, F. E., & Linhares, M. B. M. (2008). Maternal anxiety and depression and development of prematurely born infants in the first year of life. Spanish Journal of Psychology, 11(2), 600-608.
Carvalho, F. D. A. N. A. (2015). Cognição, atenção, temperamento e comportamento em crianças nascidas pré-termo na fase pré-escolar (Tese de doutorado não-publicada). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
Chabra, S. (2013). Subsets of preterm and term infants: Call for consistency in terminology. Developmental Medicine and Child Neurology, 55(7), 673. http://dx.doi.org/10.1111/dmcn.12126
Cosentino-Rocha, L., Klein, V. C., & Linhares, M. B. M. (2014). Effects of preterm birth and gender on temperament and behavior in children. Infant Behavior & Development, 37(3), 446-456. http://dx.doi.org/10.1016/j.infbeh.2014.04.003
Craig, K. D., & Pillai-Ridell, R. R. (2003). Social influences, culture and ethinicity. In P. J. McGrath & G. A. Finely (Eds.), Pediatric pain: Biological and social contexts, progress in pain research and management (pp.159-189). Seattle: IASP Press.
Crepaldi, M. A., Linhares, M. B. M., & Perosa, G. B. (2006). Temas em psicologia pediátrica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Crombez, G., Bijttebier, P., Eccleston, C., Mascagni, T., Mertens, G., Goubert, L., & Verstraeten, K. (2003). The child version of the Pain Catastrophizing Scale (PCS-C): A preliminar validation. Pain, 104(3), 639-646. http://dx.doi.org/10.1016/S0304-3959(03)00121-0
Custódio, Z. A. O., Crepaldi, M. A., & Linhares, M. B. M. (2014). Redes sociais de apoio no contexto da prematuridade: perspectiva do modelo bioecológico do desenvolvimento humano. Estudos de Psicologia (Campinas), 31(2) 247-255. http://dx.doi.org/10.1590/0103-166X2014000200010
Evans, G. W., & Wachs, T. D. (2010). Chaos and its influence on children’s development: An ecological perspective. Washington: American Psychology Association.
Fraga, D. A., Linhares, M. B. M., Carvalho, A. E., & Martinez, F. E. (2008). Desenvolvimento de bebês nascidos pré-termo e indicadores emocionais maternos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 21(1), 33-41. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722008000100005
Garel, M., Dardness, M., & Blondel, B. (2006). Mother’s psychological distress 1 year after preterm childbirth: Results of the Epipage qualitative study. Child: Care, Health and Development, 33(2), 137-143. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2214.2006.00663.x
Gaspardo, C. M., Miyase, C. I., Chimello, J. T., Martinez, F. E., & Linhares, M. B. M. (2008). Is pain equally efficacious and free of side effects with repeated doses of oral sucrose in preterm neonates? Pain, 137(1), 16-25.
Gorzilio, D. M., Garrido, E., Gaspardo, C. M., Martinez, F. E., & Linhares, M. B. M. (2015). Neurobehavioral development prior to term-age of preterm infants and acute stressful events during neonatal hospitalization. Early Human Development, 91(12), 769-775. http://dx.doi.org/10.1016/j.earlhumdev.2015.09.003
Hagan, R., Evans, S. F., & Pope, S. (2004). Preventing postnatal depression in mothers of very preterm infants: A randomized controlled trial. BJOG: Na International Journal of Obstetrics and Gynecology, 111(7), 641-647. http://dx.doi.org/10.1111/j.1471-0528.2004.00165.x
Helfrich, C. D., Damschroder, L. J., Hagerdon, H. J., Dagget, G. S., Sahay, A., Ritchie, M., & Stelter, C. B. (2010). A critical synthesis of literature on Promoting Action on Research Implementation in Health Services (PARiHS) framework. Implementation Science, 5, 82. http://dx.doi.org/10.1186/1748-5908-5-82
Kazak, A. E., Kassam-Adams, N., Schneider, S., Zelikovsky, N., Alderfer, M. A., & Rourke, M. (2006). An integrative model of pediatric medical traumatic stress. Journal of Pediatric Psychology, 31(4), 343-355.
Kazak, A. E., Segal-Andrews, A. M., & Johnson, K. (1995). Pediatric psychology research and practice: A family/ systems approach. In M. C. Roberts (Ed.), Handbook of pediatric psychology (pp.84-104). New York: Guilford Press.
Kitson, A. A. L., Rycroft-Malone, J., Harvey, G., McCormack, B., Seers, K., & Titchen, A. (2008). Evaluating the successful implementation of evidence into practice using the PARiHS framework: Theorethical na practical challenges. Implementation Science, 3(1), 1-12. http://dx.doi.org/10.1186/1748-5908-3-1
Klein, V. C., Gaspardo, C. M., & Linhares, M. B. M. (2011). Dor, autorregulação e temperamento em recém-nascidos pré-termo de alto risco. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(3), 504-512.
Lazarus, R. S., & Folkman, S. (1984). Stress, appraisal, and coping. New York: Springer.
Linhares, M. B. M., Doca, F. N. P., Martinez, F. E., Carlotti, A. P. P., Cassiano, R. G. M., Pfeifer, L. I., ... Finley, G. A. (2012). Pediatric pain: Prevalence, assessment, and management in a teaching hospital. Journal of Medical and Biological Research, 45(12), 1287-1294. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2012007500147
Linhares, M. B. M., & Doca, F. N. P. (2010). Dor em neonatos e crianças: avaliação e intervenções não farmacológicas. Temas em Psicologia, 18(2), 307-325.
Linhares, M. B. M., Gaspardo, C. M., & Klein, V. C. (2013) O impacto do nascimento pré-termo no desenvolvimento da criança e na família. In T. I. J. S. Riechi & M. V. L. Moura-Ribeiro (Orgs.), Desenvolvimento de crianças nascidas pré-termo (pp.47-70). Rio de Janeiro: Revinter.
Linhares, M. B. M., & Martins, C. B. S. (2015). O processo de autorregulação no desenvolvimento de crianças. Estudos de Psicologia (Campinas), 32(2), 281-293. http://dx.doi.org/10.1590/0103-166X2015000200012
Martins, S. W. (2014). Manejo de dor neonatal: contexto organizacional, estresse e coping dos profissionais de saúde (Tese de doutorado não-publicada). Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória.
Matsuda-Castro, A. C., & Linhares, M. B. M. (2014). Pain and distress in inpatient children according to child and mother perceptions. Paidéia, 24(59), 351-359. http://dx.doi.org/10.1590/1982-43272459201409
Meaney, M. J. (2010). Epigenetics and the biological denition of gene X environment interactions. Child Development, 81(1), 41-79. http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-8624.2009.01381.x
Meaney, M. J., & Szyf, M. (2005). Environmental programming of stress responses through DNA methylation: Life at the interface between a dynamic environment and a xed genome. Dialogues in Clinical Neuroscience, 7(2), 103-123.
Menezes, M., Moré, C. O., & Barros, L. (2008). Psicologia pediátrica e seus desafios actuais na formação, pesquisa e intervenção. Análise Psicológica, 26(2), 227-238.
Miller, G. E., Chen, E., & Parker, K. J. (2011). Psychological stress in childhood and susceptibility to the chronic diseases of aging: Moving towards a model of behavioral and biological mechanisms. Psychological Bulletin, 137(6), 959-997. http://dx.doi.org/10.1037/a0024768
National Scientic Council on the Developing Child. (2011). Early experiences can alter gene expression and affect long-term development: Working paper #10.Retrieved May 2, 2016, from www.developingchild.net
Nobre, F. D. A., Carvalho, A. E. V., Martinez, F. E., & Linhares, M. B. M. (2009). Estudo longitudinal do desenvolvimento de crianças nascidas pré-termo no primeiro ano pós-natal. Psicologia: Reflexão e Crítica, 22(3), 362-369. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-797222009000300006
Oliveira, N. C. A. C. (2014). A técnica da distração no alívio da dor em crianças hospitalizadas: um ensaio clínico randomizado (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
Oliveira, N. C. A. C., & Linhares, M. B. M. (2015). Nonpharmacological interventions for pain relief in children: A systematic review. Psychology & Neuroscience, 8(1), 28-38. http://dx.doi.org/10.1037/h0101030
Padovani, F. H., Duarte, G., Martinez, F., & Linhares, M. B. M. (2011). Perceptions of breastfeeding in mothers of babies born pretem in comparison to mothers of fullterm babies. Spanish Journal of Psychology, 14(2), 884-898. http://dx.doi.org/10.5209/rev_SJOP.2011.v14.n2.35
Padovani, F. H., Linhares, M. B. M., Carvalho, A. E., Duarte, G., & Martinez, F. (2004). Avaliação de sintomas de ansiedade e depressão em mães de neonatos pré-termo durante e após a hospitalização em UTI neonatal. Revista Brasileira de Psiquiatria, 26(4), 251-254.
Padovani, F. H., Linhares, M. B. M., Pinto, I. D., Duarte, G., & Martinez, F. E. (2008). Maternal concepts and expectations regarding a preterm infant. Spanish Journal of Psychology, 11(2), 581-592.
Pinto, I. D., Padovani, F. H. P., & Linhares, M. B. M. (2009). Ansiedade e depressão materna e relatos sobre o bebê prematuro. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 25(1), 75-83.
Price, J., Kassam-Adams, N., Alderfer, M. A., Christofferson, J., & Kazak, A. E. (2016). Systematic review: A reevaluation and update of the integrative (trajectory) model of pediatric medical traumatic stress. Journal of Pediatric Psychology, 41(1), 86-97. http://dx.doi.org/10.1093/epsy/jsv074
Rycroft-Malone, J. (2004). The PARiHS framework: A framework for guiding the implementation of evidence-based practice. Journal of Nursing Care Quality, 19(4), 297-304.
Sameroff, A. (2009). The transactional model of development: How children and contexts shape each other. Washington: American Psychological Association.
Sameroff, A. (2010). Dynamic developmental systems: Chaos and order. In G. W. Evans & T. D. Wachs (Eds.), Chaos and its influence on children’s development: An ecological perspective (pp.255-264). Washington: American Psychological Association.
Sameroff, A. J., & Fiese, B. H. (2000). Transactional regulation: The developmental ecology of early intervention. In J. P. Shonkoff & S. J. Meisels (Eds.), Handbook of early childhood intervention (2nd ed., pp.135-150). New York: Cambridge University Press.
Schechter, N. L., Finley, G. A., Bright, N. S., Laycock, M., & Forgeron, P. (2010). Childkind: A global initiative to reduce pain in children. Pediatric Pain Letter, 12(3), 26-30.
Shonkoff, J. P. (2003). From neurons to neighborhoods: Old and new challenges for developmental and behavioral pediatrics. Journal of Developmental & Behavavioral Pediatrics, 24(1), 70-76. http://dx.doi.org/10.1097/00004703-200302000-00014
Shonkoff, J. P. (2010). Building a new biodevelopmental framework to guide the future of early childhood policy. Child Development, 81(1), 357-367. http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-8624.2009.01399.x
Shonkoff, J. P. (2012). Leveraging the biology of adversity to address the roots of disparities in health and development. Proceedings of the National Academy of Science of the United States of America, 109(2),17302-17307. http://dx.doi.org/10.1073/pnas.1121259109
Shonkoff, J. P., Boyce, W. T., & McEwen, B. S. (2009). Neuroscience, molecular biology, and the childhood roots of health disparities: Building a new framework for health promotion and disease prevention. Journal of the American Medical, 301(21), 2252-2259. http://dx.doi.org/10.1001/jama.2009.754
Shonkoff, J. P., & Bales, S. N. (2011). Science does not speak for itself: Translating child development research for the public and its policymakers. Child Development, 82(1), 17-32. http://dx.doi.org/10.1111/j.1467-8624.2010.01538.x
Shonkoff, J. P., & Levitt, P. (2010). Neuroscience and the future of early childhood policy: Moving from why to what and how. Neuron, 67(5), 689-691. http://dx.doi.org/10.1016/j.neuron.2010.08.032
Shonkoff, J. P., Garner, A. S., Committee on Psychosocial Aspects of Child and Family Health, Committee on Early Childhood, Adoption, and Dependent Care, & Section on Developmental and Behavioral Pediatrics. (2012a). The lifelong effects of early childhood adversity and toxic stress. Pediatrics, 129(1), e232-246.
Shonkoff, J. P., Richter, L., van der Gaag, J., & Bhutta, Z. A. (2012b). An integrated scientific framework for child survival and early childhood development. Pediatrics, 129(2), e460-472. http://dx.doi.org/10.1542/peds.2011-0366
Stevens, B. J., Abbot, L. K., Yamada, J., Harrison, D., Stinson, J., Taddio, A. … Finley, G. A. (2011). Epidemiology and management of painful procedure in children Canadian hospitals. Canadian Medical Association Journal, 183(7), e403-410. http://dx.doi.org/10.1503/cmaj.101341
Taylor, E. M., Boyer, K., & Campbell, F. A. (2008). Pain in hospitalized children: A prospective cross-sectional survey of pain prevalence, intensity assessment and management in a Canadian pediatric teaching hospital. Pain Research Management, 13(1), 25-32.
Valeri, B. O., Holsti, L., & Linhares, M. B. M. (2015). Neonatal pain and developmental outcomes in children born preterm: A systematic review. Clinical Journal of Pain, 31(4), 355-362. http://dx.doi.org/10.1097/AJP.0000000000000114
Valeri, B. O. (2015). Reatividade biocomportamental à dor e regulação em neonatos pré-termo sob intervenção de sacarose e risco clínico neonatal (Tese de doutorado não-publicada). Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.
Verhoeven, K., Goubert, L., Jaaniste, T., Van Ryckeghem, D. M., & Crombez, G. (2012). Pain catastrophizing influences the use and the effectiveness of distraction in schoolchildren. European Journal of Pain, 16(2), 256-267. http://dx.doi.org/10.1016/j.ejpain.2011.06.015
Wegman, H. L., & Stetler, C. (2009). A meta-analytic review of the effects of childhood abuse on medical outcomes in adulthood. Psychosomatic Medicine, 71(8), 805-812.
World Health Organization. (2012). Born too soon: The global action report on preterm birth. Geneva: Author. http://dx.doi.org/10.1097/PSY.0b013e3181bb2b46
Zanardo, V., & Freato, F. (2001). Home oxygen therapy in infants with bronchopumonary displasia: Assessment of parental anxiety. Early Human Development, 65(1), 39-46.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Maria Beatriz Martins LINHARES
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
