Consistência interna e estrutura fatorial da escala de adesão aos alcoólicos anônimos

Autores

  • Mauro Barbosa TERRA Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Divisão de Farmacologia Básica e Clínica.
  • Helena Maria Tannhauser BARROS Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Divisão de Farmacologia Básica e Clínica.
  • Airton Tetelbom STEIN Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Departamento de Medicina Preventiva.
  • Ivan FIGUEIRA Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Departamento de Medicina Preventiva.
  • Luciana Dias ATHAYDE Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, Divisão de Farmacologia Básica e Clínica.
  • Dartiu Xavier da SILVEIRA Universidade Federal de São Paulo, Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes.

Palavras-chave:

Alcoolismo, Alcoólicos anônimos, Consistência interna, Análise fatorial

Resumo

 

O objetivo do artigo foi estimar a consistência interna e a estrutura fatorial da Escala de Adesão a Grupos de Alcoólicos Anônimos. A escala foi aplicada em 257 pacientes dependentes de álcool, que estavam em tratamento em 3 hospitais em Porto Alegre, 6 meses antes. A escala foi elaborada a partir de uma adaptação da Drug Attitude Inventory Scale. A consistência interna da escala foi medida pelo Alfa de Cronbach. Os dados foram submetidos à análise do componente principal. O coeficiente de consistência interna foi 0,71. Todos os itens mostraram coeficientes de correlação entre o item e a totalidade dos itens maiores do que 0,29. Os itens da escala com carga fatorial igual ou maior do que 0,57 foram considerados na solução fatorial final. A análise fatorial resultou em 2 dimensões, as quais corresponderam a 67,01% da variância total. Essa escala parece ser um instrumento válido para uso em alcoolistas.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Baus, J., Seara, A. C., Caldas, C. M., Desidério, L., & Petry Filho, W. (2002). Metáforas e dependência química. Estudos de Psicologia (Campinas), 19 (3), 5-13. doi: 10.1590/S0103-1 66X2002000300001.

Caldwell, P. E., & Cutter, H. S. G. (1998). Alcoholics anonymous affiliation during early recovery. Journal of Substance Abuse Treatment, 15 (3), 221-228.

Child, D. (1990). The essentials of factor analysis (2nd ed.). London: Biddles.

Campos, G. M., & Ferreira, R. F. (2007). A importância da legitimação social na (re)construção da identidade de um alcoolista. Estudos de Psicologia (Campinas), 24 (2), 215-225. doi: 10.1590/S0103-166X2007000200008.

Cronbach, L. J. (1951). Coefficient alpha and the internal structure of tests. Psychometrika, 16 (3), 297-333.

Da Silveira, D. X., & Jorge, M. R. (2002). Reliability and fator structure of the Brazilian version of the center for epidemiologic studies-depression. Psychology Reports, 91 (1), 865-874.

Everitt, B. S., & Dunn, G. (1983). Advanced methods of data exploration and modelling. London: Heinemann Educational Books.

Fiorentine, R. (1999). After drug treatment are 12-step programs effective in maintaining abstinence? The American Journal of Drug and Alcohol Abuse, 25 (1), 93-116.

First, M. B., Spitzer, R. L., Gibson, M., & Williams, J.B. (1996). Structured Clinical interview for DSM-IV Axis I Disorders: patient edition (SCID I/P, Version 2.0). Washington, DC: American Psychiatric Association.

Gordis, L. (1996). Epidemiology. Philadelphia, PA: WB Saunders.

Gossop, M., Harris, J., Best, B., Lan-Ho, M., Manning, V., Marshall, J., et al. (2003). Is attendance at alcoholics anonymous meetings after inpatient treatment related to improved outcomes? A 6-month follow-up study. Alcohol & Alcoholism, 38 (5), 421-426.

Hogan, T. P., Awad, A. G., & Eastwood, R. (1983). A selfreport scale predictive of drug compliance in schizophrenics: reliability and discriminative validity. Psychological Medicine, 13 (1), 177-183.

Humphreys, K., Kaskutas, L. A., & Weisner, C. (1998). The Alcoholics Anonymous Affiliation Scale: development, reliability, and norms for diverse treated and untreated populations. Alcohololism: Clinical and Experimental Research, 22 (5), 974-978.

Jordan, L. C., Davidson, W. S., Herman, S. E., & BootMiller, B. J. (2002). Involvement in 12-step programs among persons with dual diagnoses. Psychiatric Services, 53 (7), 894-896.

Kaskutas, L. A., Bond, J., & Humphreys, K. (2002). Social networks as mediators of the effect of Alcoholics Anonymous. Addiction, 97 (9), 891-900.

Kownacki, R. J., & Shadish, W. R. (1999). Does alcoholics anonymous work? The results from a meta-analysis of controlled experiments. Substance Use & Misuse, 34 (13), 1897-1916.

Lord, F. M., & Novick, M. R. (1968). Statistical theories of mental test scores. Reading, MA: Addison-Wesley.

Moos, R., Schaefer, J., Andrassy, J., & Moos, B. (2001). Outpatient mental health care, self-help groups, and patients one-year treatment outcomes. Journal of Clinical Psychology, 57 (3), 273-287.

Morgenstern, J., Kahler, C. W., Frey, R. M., & Labouvie, E. (1996). Modeling therapeutic response to 12-step treatment: optimal responders, non-responders, and partial responders. Journal of Substance Abuse, 8 (1), 45-59.

Morgenstern, J., Labouvie, E., McCrady, B. S., Kahler, C. W., & Frey, R. M. (1997). Affiliation with alcoholics anonymous after treatment: a study of its therapeutic effects and mechanisms of action. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 65 (5), 768-777.

Rosa, M. A., & Marcolin, M. A. (2000). Translation and adaptation of the Rating of Medication Influences (ROMI): na instrument to assess compliance to treatment. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 49 (10), 405-412.

Schuckit, M. A. (1999). Alcohol disorders. In H. I. Kaplan & B. J. Sadock (Org.), Textbook of psychiatry (6th ed., pp.838- 855). Porto Alegre: Artmed.

Shrout, P. E., & Yager, T. J. (1989). Reliability and validity of screening scales: effect of reducing scale length. Journal of Clinical Epidemiology, 42 (1), 69-78.

SPSS Incorporation. (1997). Statistical package for social sciences - SPSS. Chicago, IL: Release 8.0. SPSS Inc. Terra, M. B., Barros, H. M. T., Stein, A., Figueira, I., Athayde, L.

D., Palermo, L. H., et al. (2007). Predictors of engagement in the Alcoholics Anonymous group or to psychotherapy among Brazilian alcoholics: a six-month follow-up study. European Archives of Psychiatry and Clinical Neuroscience, 257 (4), 237-244.

Downloads

Publicado

2011-03-30

Como Citar

TERRA, M. B., BARROS, H. M. T., STEIN, A. T., FIGUEIRA, I., ATHAYDE, L. D., & SILVEIRA, D. X. da. (2011). Consistência interna e estrutura fatorial da escala de adesão aos alcoólicos anônimos. Estudos De Psicologia, 28(1). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8860