ADOLESCENTE E A SOCIEDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO AO FILICÍDIO

Autores

  • Maurício Knobel Departamento de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da Pontifícia Universidade Católica de Campinas e Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da FCM da UNICAMP

Resumo

O conceito de Rascovsky sobre filicídio nao pode ficar reduzido às condutas agressivas e, até letais, dos pais contra seus filhos pequenos. t atualmente, na adolescência, que observamos condutas filicidas diversas, que obrigam a est~ belecer-se, desdé outra perspectiva, a " brecha generacional", que hoje em dia parece poder ser resolvida com a violência contra os adolescen – teso Estimulados e protegidos para o uso de drogas engrossando a aterradora massa do desemprego aplaudidos em suas exteriorizações violentas e levados à morte de forma maciça e irresponsável estamos assistindo a um novo fenômeno psicop! lógico, que nao se engaja nas tradicionais cla~ sificações. O adolescente morr~ "heroicamente", ou se deixa destruir em um estereótipo de vida que a sociedade lhe facilita, criando-se um "self marg! nal", no qual, sobre uma estrutura melancólica, se entremesclam aspectos psicopáticos, perver - sos, aditivos e psicóticos. A psicoterapia se vê enormemente restringida e a hospitalização contribui para a cristalização desta forma de vida adolescente, na qual ele mesmo aceita a conduta filicida da sociedade como uma forma de vida, em um mundo sem perspect! vaso Abre-se uma interrogação em relação às possibilidades terapêuticas e/ou preventivas.

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Publicado

1983-04-30

Como Citar

Knobel, M. (1983). ADOLESCENTE E A SOCIEDADE: UMA CONTRIBUIÇÃO AO FILICÍDIO. Estudos De Psicologia, 1(1), 1–9. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7573