Psicoterapia infantil na perspectiva cultural histórica: o movimento da subjetividade em Arteterapia
Palavras-chave:
Arteterapia, Psicoterapia, SubjetividadeResumo
Este trabalho apresenta a psicoterapia infantil na perspectiva cultural e histórica. Tem por objetivo compreender o movimento dos processos e formações subjetivas, em contexto psicoterápico, por meio de ações e relações desenvolvidas em um ateliê de arteterapia. Trata-se da discussão teórico-metodológica de registros elaborados pela autora/terapeuta em atendimentos a uma menina de quatro anos. A análise e construção das informações inspiraram-se nos princípios da Epistemologia qualitativa propostos por González Rey, que discute a ênfase do singular, a relação dialógica e o caráter construtivo-interpretativo, reconhecendo, na psicoterapia, o fazer artístico como condutor de novos processos de subjetivação do indivíduo. A presente pesquisa evidencia que os novos sentidos subjetivos, produzidos a partir dos tensionamentos provocados, proporcionaram condições para a produção de outras e novas configurações subjetivas.
Downloads
Referências
Anache, A. A., & Luz, H. (2014). O lugar da subjetividade no Processo de Avaliação Diagnóstica do Indivíduo com Deficiência Intelectual: desafios metodológicos e epistemológicos. In A. Martínez Mitjáns, M. Neubern, & V. D. Mori (Orgs.), Subjetividade contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas. Campinas: Alínea.
Andrade, L. Q. (2000). Terapias expressivas. São Paulo: Vetor.
Barros, M., & Ferreira, L. (2016). A arte como estratégia de intervenção psicoterapêutica. Psicologia e Saúde em Debate, 2(Supl.1), 1-4. http://dx.doi.org/10.22289/2446-922X.V2S1A1
Batista, A. S., & Tacca, M. C. V. R. (2015). Histórias de subjetividade e aprendizagem: reconhecendo competências onde imperava o limite. Curitiba: CRV.
Bezerra, M. S., & Rossato, M. (2018). Relational dynamics in overcoming school learning difficulties. In F. González Rey, A. Mitjáns Martínez, & D. M. Goulart (Eds.), Theory of subjectivity-new perspectives within social and educational research.
Ciornai, S. (1995). Arte-terapia: o resgate da criatividade na vida. In M. M. M. J. Carvalho (Org.), A arte cura? recursos artísticos em psicoterapia (pp.59-63). Campinas: Editorial Psy II.
Coqueiro, N. F., Vieira, F. R. R., & Freitas, M. M. C. (2010). Arteterapia como dispositivo terapêutico em saúde mental. Acta Paulista de Enfermagem, 23(6), 859-862. Recuperado em novembro 11, 2017, de http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307023868022
Cupolillo, M. V. (2013). Os entrelaces dos cachinhos de Gabriela: reflexões sobre psicoterapia, educação e cidadania. Rio de Janeiro: Multifoco.
Foucault, M. (2008). O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense.
González Rey, F. (2002). Pesquisa qualitativa em Psicologia: caminhos e desafios. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
González Rey, F. (2003). Sujeito e subjetividade: uma aproximação histórico-cultural. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
González Rey, F. (2005). Pesquisa qualitativa e subjetividade: os processos de construção da informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
González Rey, F. (2007). Psicoterapia, subjetividade e pós-modernidade: uma aproximação histórico-cultural. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
González Rey, F. (2011). Subjetividade e saúde: superando a clínica da patologia. São Paulo: Cortez.
González Rey, F. (2014). Ideias e modelos teóricos na pesquisa construtiva-interpretativa. In A. Mitjáns Martínez, M. Neubern, & V. D. Mori (Orgs.), Subjetividade contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas. Campinas: Alínea.
González Rey, F., & Quevedo, J. E. M. (2017). Subjetividad, cultura e investigación cualitativa: los antecendentes desde la personalidade y el método clínico. Bogotá: Editorial Aula de Humanidades.
Greig, P. A. (2004). Criança e seu desenho: o nascimento da arte e da escrita. Porto Alegre: Artmed.
Mitjáns Martínez, A. (2014). Um dos desafios da epistemologia qualitativa: a criatividade do pesquisador. In A. Mitjáns Martínez, M. Neubern, & V. D. Mori (Orgs.), Subjetividade contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas. Campinas: Alínea.
Mitjáns Martínez, A., & González Rey, F. (2017). Subjetividade: teoria, epistemologia e método. Campinas: Alínea.
Mori, V. D. (2014). A epistemologia qualitativa na pesquisa em saúde: suas implicações e desafios. In A. Mitjáns Martínez, M. Neubern, & V. D. Mori (Orgs.), Subjetividade contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas. Campinas: Alínea.
Neubern, M. S. (2014). Subjetividade e espiritualidade em sociedade de universos múltiplos: problemas de pesquisa clínica e qualitativa. In A. Mitjáns Martínez, M. Neubern, & V. D. Mori (Orgs.), Subjetividade contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas. Campinas: Alínea.
Prestes, Z. R. (2010). Quando não é a mesma coisa: análise de traduções de Lev Semionovitch Vigotski no Brasil: repercussões no campo educacional (Tese de doutorado não-publicada). Universidade de Brasília.
Ratner, C. (1995). A psicologia sócio-histórica de Vygotsky: aplicações contemporâneas. Porto Alegre: Artes Médicas.
Reis, A. C. (2014). Arteterapia: a arte como instrumento no trabalho do psicólogo. Psicologia: Ciência e Profissão, 34(1), 142-157. Recuperado em abril 12, 2017, de http://www.scielo.br/pdf/pcp/v34n1/v34n1a11
Rossato, M., Martins, L. R. R., & Mitjáns Martínez, A. (2014). A construção do cenário social da pesquisa no contexto da epistemologia qualitativa. In A. Mitjáns Martínez, M. Neubern, & V. D. Mori (Orgs.), Subjetividade contemporânea: discussões epistemológicas e metodológicas. Campinas: Alínea.
Saviani, I. (2004). Ateliê terapêutico – Encontrar te: vivier arte, criar e recriar a vida. In S. Ciornai (Org.), Percursos em arteterapia: arteterapia gestáltica, arte em psicoterapia, supervisão em arteterapia (pp.49-81). São Paulo: Summus Editorial.
Szasz, T. S. (1976). A fabricação da loucura. São Paulo: Zahar.
Vasques, M. C. P. C. F. (2009). A arteterapia como instrumento de promoção humana na saúde mental (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu. Recuperado em setembro 18, 2017, de https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/98472/vasques_mcpcf_me_botfm.pdf?sequence=1&isAllowed=y%20=
Vigotski, L. S. (1991). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. (4a ed.). São Paulo: Martins Fontes.
Vigotski, L. S. (2001). Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes.
Vigotski, L. S. (2014). Imaginação e criatividade na infância. São Paulo: Martins Fontes.
Vygotsky, L. S. (1994). The problem of environment. In R. V. D. Veer & J. Valsiner. The Vygotsky reader. Cambridge: Blackwell.
Vygotsky, L. S. (1996). Obras escogidas (Vol. 4). Madrid: Visor.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Lara Nassar SCALISE, Alexandra Ayach ANACHE, Maristela ROSSATO
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.