Idosos na atenção primária à saúde: qualidade de vida e características associadas
Palavras-chave:
Diabetes Mellitus, Idosos, Hipertensão, Atenção primária à saúde, Qualidade de vidaResumo
O objetivo do estudo é avaliar a qualidade de vida de idosos portadores de hipertensão arterial e diabetes Mellitus. Participaram 371 idosos portadores de hipertensão e/ou diabetes acompanhados na atenção primária à saúde, com média de idade de 71 anos M = 71, 34 (DP = 6,848). Trata-se de um estudo de abordagem quanti-qualitativa, realizado em duas etapas. Na primeira, os dados quantitativos foram coletados por instrumentos (WHOQOL-bref; Mini Exame do Estado Mental; questionário sociodemográfico) para rastreio dos participantes da segunda etapa (13 idosos), que correspondeu à estratégia qualitativa, realizada através da técnica de grupo focal. Os resultados revelam que idosos sem hipertensão/diabetes apresentaram maiores médias dos domínios da qualidade de vida. Os acometidos pelas duas enfermidades apresentam as piores médias no domínio ‘físico’. Os dados qualitativos indicam o domínio ‘social’ e o ‘psicológico’ como os mais importantes, como também revelam a centralidade da doença nos discursos dos participantes.
Downloads
Referências
Almeida-Brasil, C. C., Silveira, M. R., Silva, K. R., Lima, M. G., Faria, C. D. C. M., Cardoso, C. L., ... Ceccato, M. G. B. (2017). Qualidade de vida e características associadas: aplicação do WHOQOL-BREF no contexto da atenção primária à saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 22(5), 1705-1716. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232017225.20362015
Baltes, P. B., & Baltes, M. M. (1990). Psychological perspectives on successful aging: The model of selective optimization with compensation. In P. B. Baltes & M. M. Baltes (Orgs.), Successful aging: Perspectives from behavioral sciences (pp.1-34). Cambridge: Cambridge University Press.
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo: edição revista e ampliada. São Paulo: Edições 70.
Barreto, M. S., & Marcon, S. S. (2014). Participação familiar no tratamento da hipertensão arterial na perspectiva do doente. Texto & Contexto Enfermagem, 23(1), 38-46. Recuperado em agosto 10, 2018, de http://www.scielo.br/pdf/tce/v23n1/pt_0104-0707-tce-23-01-00038.pdf
Batistoni, S. S. T. (2014). Gerontologia Ambiental: panorama de suas contribuições para a atuação do gerontólogo. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 17(3), 647-657. http://dx.doi.org/10.1590/1809-9823.2014.13088
Bombardelli, C., Rosa, L. H. T., Keller, K. D., Klahr, P. S., Rosa, P. V., & Peres, A. (2017). Qualidade de vida de idosos residentes em um município com características rurais no interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 20(1), 85-90. http://dx.doi.org/10.1590/1981-22562017020.160082
Carstensen, L. L. (1991). Socioemotional selectivity theory: Social activity in lifespan context. Annual Review of Gerontology and Geriatrics, 11, 195-217.
Cachioni, M., & Batistoni, S. S. T. (2012). Bem-estar subjetivo e psicológico na velhice sob a perspectiva do conviver e do aprender. Revista Temática Kairós Gerontologia, 15(7), 9-22. Recuperado em junho 13, 2018, de http://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/download/15226/11355
Chin, Y. R., Lee, I. S., & Lee, H. Y. (2014). Effects of hypertension, diabetes, and/or cardiovascular disease on health-related quality of life in elderly korean individuals: A population-based cross-sectional survey. Asian Nursing Research, 8(4), 267-273. http://dx.doi.org/10.1016/j.anr.2014.10.002
Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto (3a ed). Porto Alegre: Artmed.
Dawalibi, N. W., Anacleto, G. M. C, Witter, C., Gular, R. M. M, & Aquino, R. C. (2013). Envelhecimento e qualidade de vida: análise da produção científica da SciELO. Estudos de Psicologia (Campinas), 30(3), 393-403. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2013000300009
Faria, H. T. G., Veras, V. S, Xavier, A. T. F, Teixeira, C. R. S., Zanetti, M. L., & Santos, M. A. (2013). Qualidade de vida de pacientes com diabetes mellitus antes e após participação em programa educativo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 47(2), 348-354. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342013000200011
Fleck, M. P. A. (2000). O instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100): características e perspectivas. Ciência & Saúde Coletiva, 5(1), 33-38. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232000000100004
Fontes, A. P. & Neri, A. L. (2015). Resiliência e velhice: revisão de literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 20(5), 1475-1495. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015205.00502014
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2018). Projeção da população 2018: número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047. Brasília: Estatísticas Sociais. Recuperado em agosto 20, 2018, de http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numerode-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047
Lawton, M. P. (1983). Environment and other determinants of well-being in older people. Gerontologist, 23(4), 349-357.
Lawton M. P. (1989). Environmental Proactivity in Older People. In V. L. Bengtson & K. W. Schaie (Eds.), The Course of Later Life (pp.15-23). New York: Springer Publisher.
Malta, D. C., Stopa, S. R., Szwarcwald, C. L., Gomes, N. L., Júnior, J. B. S., & Reis, A. A. C. (2015). A vigilância e o monitoramento das principais doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Revista Brasileira de Epidemiologia, 18(2), 3-16. http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201500060002
Mota, R. S. M., Oliveira, M. L. M. C., & Batista, E. C. (2017). Qualidade de vida na velhice: uma reflexão teórica. Revista Communitas, 1(1), 47-60. Recuperado em agosto 10, 2018, de http://200.129.173.132/revista/index.php/COMMUNITAS/article/view/1122/pdf
Neri, A. L. (2003). Qualidade de vida na idade madura (5a ed.). Campinas: Papirus.
Neri, A. L. (2007). Idosos no Brasil: vivências, desafios e expectativas na terceira idade. São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
Pereira, É. F., Teixeira, C. S., & Santos, A. (2012). Qualidade de vida: abordagens, conceitos e avaliação. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 26(2), 241-250. http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092012000200007
Pozzobon, A., Hoerlle, J. L., & Carreno, I. (2014). Prevalência e perfil sociodemográfico de diabetes e hipertensão em indivíduos do sistema de informação da atenção básica. Revista Brasileira de Promoção da Saúde, 27(3), 295-302. http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2014
Queiroz, T. S., Rehem, T. C. M. S. B., Stival, M. M., Funghetto, S. S., Lima, L. R., Cardoso, B. G., & Santos, W. S. (2018). Como homens idosos cuidam de sua própria saúde na atenção básica? Revista Brasileira de Enfermagem, 71(1), 554-561. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0131
Souza, D. P., Melo, T. S., Reis, L. A., & Lima, P. V. (2016). Qualidade de vida em idosos portadores de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, 10(31). http://dx.doi.org/10.14295/idonline. v10i31.547
Tavares, D. M. S., Matias, T. G. C., Ferreira, P. C. S., Pegorari, M. S., Nascimento, J. S., & Paiva, M. M. (2016). Qualidade de vida e autoestima de idosos na comunidade. Ciência & Saúde Coletiva, 21(11), 3557-3564. http://dx.doi.org/10.1590/1413812320152111.03032016
Tortorella, C. C. S., Corso, A. C. T., Gonzáles-Chica, D. A., & Melhen, A. R. F. (2017). Tendência temporal da prevalência de hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus entre adultos cadastrados no Sistema Único de Saúde em Florianópolis, Santa Catarina, 2004-2011. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 3(26), 469-480. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742017000300005
Trad, L. A. B. (2009). Grupos focais: conceitos, procedimentos e reflexões baseadas em experiências com o uso da técnica em pesquisas de saúde. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 19(3), 777-796. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312009000300013
Veloso, A. S. T. (2015). Envelhecimento, saúde e satisfação: efeitos do envelhecimento ativo na qualidade de vida. (Dissertação de mestrado não-publicado). Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Recuperado em agosto 10, 2018, de http://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/29711/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado_Ana%20Veloso.pdf
Vilhena, E., Pais-Ribeiro, J. L., Pedro, L., Silva, I., Meneses, R. F., Cardoso, H., ... Mendonça, D. (2016). Qualidade de vida em doentes crónicos portugueses. Atas do congresso nacional de psicologia da saúde, Lisboa. Recuperado em junho 13, 2018, de http://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/6758/1/Qualidade%20de%20vida%20em%20doentes%20cr%C3%B3nicos%20portugueses.pdf
World Health Organization. (1995). The World Health Organization Quality of Life Assessment (WHOQOL): Position paper from the World Health Organization. Social science and medicine, 41(10), 403-409.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Kalina de Lima SANTOS, Maria do Carmo EULÁLIO, Edivan Gonçalves da SILVA JUNIOR, Manuella Castelo Branco PESSOA, Rômulo Lustosa Pimenteira de MELO
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.