Longevos em domicílios multigeracionais: condições sociodemográficas, humor, funcionalidade, envolvimento social e satisfação com a vida
Palavras-chave:
Depressão, Idoso, Domicílio, Participação social, Apoio socialResumo
O objetivo deste estudo foi investigar a associação entre os arranjos domiciliares multigeracionais (uni, bi ou trigeracionais) e variáveis sociodemográficas, desempenho funcional, humor, suporte social e satisfação com a vida em idosos longevos cognitivamente saudáveis. Trata-se de estudo transversal, descritivo e quantitativo. Foram avaliados 107 idosos do Distrito Federal, por meio dos seguintes instrumentos: Geriatric Deepression Scale, Mini Exame do Estado Mental, Escala de Atividades Básicas, Instrumentais e Avançadas de Vida Diária, Escala de Suporte Social Percebido e de Satisfação com a Vida. Análises estatísticas bivariadas indicaram que arranjos trigeracionais associaram-se ao sexo feminino, ao estado de viuvez e à existência de mais filhos; já os arranjos uni ou bigeracionais associaram-se à maior satisfação com a vida em comparação com pessoas da mesma idade, bem como à maior participação em atividades culturais e à prática de dirigir automóvel. Esses achados indicam que, para longevos, os arranjos domiciliares associam-se a variáveis de composição familiar, satisfação com a vida e envolvimento social.
Downloads
Referências
Almeida, O. P., & Almeida, S. A. (1999). Confiabilidade da versão brasileira da Escala de Depressão em Geriatria (GDS) versão reduzida. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 57, 421-426. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X1999000300013
Alves, M. R., Duarte, A. C. S., Meira, S. S., Nery, A. A., Silva, D. M., & Vilela, A. B. A. (2015). Dinâmica das relações familiares intergeracionais na ótica de idosos residentes no Município de Jequié (Bahia), Brasil. Ciência & Saúde Coletiva,20(7), 2183-2191. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232015207.17972014
Ajrouch, K. J., Fuller, H. R., Akiyama, H., & Antonucci, T. C. (2018). Convoys of social relations in cross-national context. The Gerontologist, 58(3), 488-499, http://dx.doi.org/10.1093/geront/gnw204
Borges, C. C., & Magalhães, A. S. (2011). Laços intergeracionais no contexto contemporâneo. Estudos de Psicologia, 16(2), 171-177. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X2011000200008
Brucki, S. M. D., Nitrini, R., Caramelli, P., Bertolucci, P. H. F., & Okamoto, I. H. (2003). Sugestões para o uso do miniexame do estado mental no Brasil. Arquivos de Neuropsiquiatria, 61, 777-781. http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2003000500014.
Burns, R., Browning, C., & Kendig, H. (2015). Examining the 16-year trajectories of mental health and wellbeing through the transition into widowhood. International Psychogeriatrics, 27(12), 1979-1986. http://dx.doi.org/10.1017/S1041610215000472
Cachioni, M., Delfino, L. L., Yassuda, M. S., Batistoni, S. S. T., Melo, R. C., & Domingues, M. A. R. C. (2017). Bem-estar subjetivo e psicológico de idosos participantes de uma universidade aberta à terceira idade. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 20(3), 340-352. http://dx.doi.org/10.1590/1981-22562017020.160179
Camarano, A. A., & Kanso, S. (2016). Envelhecimento da população brasileira: uma contribuição demográfica. In E. V. Freitas & L. Py, Tratado de Geriatria e Gerontologia (4a ed., pp.52-65) Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Cohen S., Mermelstein R., Kamarck T., & Hoberman H. (1995). Measuring the functional components of social support. In G. I. Sarason & B. R. Sarason (Eds.), Social support: Theory, research and applications (pp.73-94). Leiden: Martinus Nijhoff.
D’Orsi, E., Xavier, A. J., & Ramos, L. R. (2011). Work, social support and leisure protect the elderly from functional loss: EPIDOSO study. Revista de Saúde Pública, 45(4), 685-692. http://dx.doi.org/10.1590/S003489102011000400007
Fuller-Iglesias, H. R., Webster, N. J., & Antonucci, T. C. (2015). The complex nature of family support across the life span: Implications for psychological well-being. Developmental Psychology, 51(3), 277-288. http://dx.doi.org/10.1037/a0038665
Gazso, A., McDaniel, S., & Waldron, I. (2016). Networks of social support to manage poverty: More changeable than durable. Journal of Poverty, 20(4), 441-463. http://dx.doi.org/10.1080/10875549.2015.1112869
Keene, J. R., & Batson, C. D. (2010). Under one roof: A review of research on intergenerational coresidence and multigenerational households in the United States. Sociology Compass, 4, 642-657. http://dx.doi.org/10.1111/j.1751-9020.2010.00306.x
Lawton, M. P., & Brody P. (1969). Assessment of older people: Self maintaining and instrumental activities of daily living. The Gerontologist, 9, 179-86. http://dx.doi.org/10.1093/geront/9.3_Part_1.179
Mantovani, E. P., Lucca, S. R., & Neri, A. L. (2016). Associações entre significados de velhice e bem-estar subjetivo indicado por satisfação em idosos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 19(2), 203-222. http://dx.doi.org/10.1590/1809-98232016019.150041
Neri, A. L., Yassuda, M. S., Araújo L. F., Eulálio, M. C., Cabral, B. E., Siqueira, M. E. C., ... Moura, J. G. A. (2013). Metodologia e perfil sociodemográfico, cognitivo e de fragilidade de idosos comunitários de sete cidades brasileiras: estudo FIBRA. Cadernos Saúde Pública, 29(4), 778-792. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2013000400015
Neri, A. L., & Vieira, L. A. M. (2013). Envolvimento social e suporte social percebido na velhice. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 16(3), 419-432. http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232013000300002
Neri A. L. (2002). Bienestar subjetivo en la vida adulta y en la vejez: Rumbo a una psicologia positiva en América Latina. Revista Latinoamericana de Psicologia, 43(1-2), 55-74.
Paúl, C. (2005). Envelhecimento activo e redes de suporte social. Sociologia, 15, 275-287.
Rabelo, D. F., & Neri, A. L. (2015). Arranjos domiciliares, condições de saúde física e psicológica dos idosos e sua satisfação com as relações familiares. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 18(3), 507-519. http://dx.doi.org/10.1590/1809-9823.2015.14120
Reuben, D. B., Laliberti, L., Hiris, J., & Mor, V. (1990). A hierarchical exercise scale to measure function at the Advanced Activities of Daily Living (AADL) level. Journal of the American Geriatrics Society, 38(8), 855-861 http://doi.org/10.1111/j.1532-5415.1990.tb05699.x
Rosa, T. E. C., Benício, M. H. D. -A., Alves, M. C. G. P., & Lebrão, M. L. (2007). Aspectos estruturais e funcionais do apoio social de idosos do Município de São Paulo, Brasil. Caderno de Saúde Pública, 23(12), 2982-2992. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007001200019
Suanet, B., & Antonucci, T. C. (2017). Cohort differences in received social support in later life: The role of network type. The Journals of Gerontology: Series B, 72(4), 706-715. http://dx.doi.org/10.1093/geronb/gbw075
Teerawichitchainan, B., Pothisiri, & Long, G. T. (2015). How do living arrangements and intergenerational support matter for psychological health of elderly parents? Evidence from Myanmar, Vietnam, and Thailand. Social Science and Medicine, 36(137), 106-116. http://dx.doi.org/10.1016/j.socscimed.2015.05.019
Warner, D. F., Adams, S. A., & Anderson, R. K. (2018). The good, the bad, and the indifferent: Physical disability, social role configurations, and changes in loneliness among married and unmarried older adults. Journal of Aging and Health. http://dx.doi.org/10.1177/0898264318781129
Yesavage, J., Brink, T., Rose, T., Lun, O., Huang, V., Adey, N., & Leirer, V. (1983). Development and validation of a geriatric depression scale: A preliminary report. Journal of Psychiatric Research, 17, 37-49. http://dx.doi.org/10.1016/0022-3956(82)90033-4
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Maria Clara Gonçalves Monteiro de OLIVEIRA, Henrique SALMAZO-SILVA, Lucy GOMES, Clayton Franco MORAES, Vicente Paulo ALVES
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.