Interesses profissionais e autoeficácia para escolha em adolescentes e jovens

Autores

Palavras-chave:

Escolha da profissão, Psicometria, Autoeficácia, Orientação vocacional

Resumo

 Este estudo objetivou analisar as relações entre as crenças de autoeficácia e os interesses profissionais de 613 adolescentes e jovens do interior do Estado de São Paulo com idades entre 15 e 19 anos (M = 16,65; DP = 0,75), sendo 350 do sexo feminino, oriundos de escolas públicas (84%) e particulares (15,8%). Como instrumentos foram utilizados o Self-Directed Search Career Explorer e a Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional. As mulheres apresentaram maiores médias no tipo Social, e os homens nos tipos Realista, Empreendedor e Convencional. Quanto à autoeficácia para escolha profissional, alunos de escolas particulares demonstraram maiores médias em relação aos estudantes de escolas públicas. O nível geral de autoeficácia foi explicado por interesses investigativos, artísticos, sociais e pelo tipo de escola. Os resultados indicam a importância de se analisar as diferenças encontradas nos interesses no tocante ao gênero. Além disso, o estudo pode contribuir com o trabalho dos orientadores quanto à inserção de discussões que auxiliem os adolescentes a compreender as influências dos interesses e da autoeficácia na construção de projetos profissionais, assim como trazer dados mais sistematizados sobre a articulação entre esses construtos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ambiel, R. A. M., & Noronha, A. P. P. (2012). Autoeficácia para escolha profissional: teoria, pesquisas e avaliação. Psicologia em Pesquisa, 6(2), 171-178. http://dx.doi.org/10.5327/z1982-12472012000200010

Ambiel, R. A. M., & Noronha A. P. P. (2014). Escala de autoeficácia para escolha profissional (EAE-EP): manual técnico. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Armstrong, P. I., Su, R., & Rounds, J. (2011). Vocational interests: the road less traveled. In T. Chamorro-Premuzic, S. von Stumm, & A. Furnham (Eds.), The Wiley-Blackwell handbook of individual differences (pp.608-631). Hoboken: Wiley-Blackwell. http://dx.doi.org/10.1002/9781444343120.ch23

Bandura, A. (1997). Self-efficacy, the exercise of control. New York: Freeman and Company.

Choi, B. Y., Park, H., Yang, E., Lee, S. K., Lee, Y., & Lee, S. M. (2011). Understanding career decision self-efficacy. Journal of Career Development, 39(5), 443-460. http://dx.doi.org/10.1177/0894845311398042

Cohen, J. (1988). Statistical power analysis for the behavioral sciences (2 ed.). Hillsdale: Lawrence Erlbaum Associates.

Dancey, C. P., & Reid, J. (2013). Estatística sem matemática para psicologia. Porto Alegre: Artmed.

Duarte, M. E. (2015). Inovação em orientação e aconselhamento de carreira: mitos e realidades. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 16(2), 110-121. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbop/v16n2/03.pdf

Falk, N. A., Rottinghaus, P. J., Casanova, T. N., Borgen, F. H., & Betz, N. E. (2017). Expanding women’s participation in STEM: insights from parallel measures of self-efficacy and interests. Journal of Career Assessment, 25(4), 571-584. http://dx.doi.org/10.1177/1069072716665822

Foutch, H., McHugh, E. R., Bertoch, S. C., & Reardon, R. C. (2014). Creating and using a database on holland’s theory and practical tools. Journal of Career Assessment, 22(1), 188-202. http://dx.doi.org/10.1177/1069072713492947

Gottfredson, G. D. (2009). John L. Holland (1919-2008). American Psychologist, 64(6), 561. http://dx.doi.org/10.1037/a0016602

Grigg, S., Perera, H. N., McIlveen, P., & Svetleff, Z. (2018). Relations among math self-efficacy, interest, intentions, and achievement: a social cognitive perspective. Contemporary Educational Psychology, 53, 73-86. http://dx.doi.org/10.1016/j.cedpsych.2018.01.007

Hansen, J. I. C. (2011). Remembering John L. Holland, PhD. The Counseling Psychologist, 39(8), 1212-1217. http://dx.doi.org/10.1177/0011000011423553

Holland, J. L. (1975). Técnica de la elección vocacional: tipos de personalidad y modelos ambientales. Ciudad de México: Trillas.

Holland, J. L. (1997). Making vocational choices: a theory of vocational personalities and work environments. Englewood Cliffs: Prentice-Hall.

Isaac V., Walters, L., & McLachlan, C. S. (2015). Ion between self-efficacy, career interest and rural career intent in Australian medical students with rural clinical school experience. BMJ Open, 5(12). http://dx.doi.org/10.1136/ bmjopen-2015-009574

Işık, E. (2014). Effects of a brief interest inventory intervention on career decision self-efficacy. Australian Journal of Guidance and Counseling, 24(02), 215-226. http://dx.doi.org/10.1017/jgc.2014.13

Lamas, K. C. A. (2017). Concept and relevance of vocational interests in career development: a theoretical study. Trends in Psychology, 25(2), 719-732. http://dx.doi.org/10.9788/TP2017.2-16En

Lent, R. W. (2016). Self-efficacy in a relational world: Social cognitive mechanisms of adaptation and development. The Counseling Psychologist, 44(4), 573-594. http://dx.doi.org/10.1177/0011000016638742

Lent, R. W., Brown, S. D., & Hackett, G. (1994). Towards a unifying social cognitive theory of career and academic interests, choices and performance. Journal of Vocational Behavior, 45(1), 79-122. http://dx.doi.org/10.1006/jvbe.1994.1027

Lent, R. W., Hackett, G., & Brown, S. D. (2004). Una perspectiva social cognitiva de la transición entre la escuela y el trabajo. Revista Evaluar, 4, 1-22. Recuperado el https://revistas.unc.edu.ar/index.php/revaluar/article/view/596/565

Lent, R. W., Ireland, G. W., Penn, L. T., Morris, T. R., & Sappington, R. (2017). Sources of self-efficacy and outcome expectations for career exploration and decision-making: a test of the social cognitive model of career self-management. Journal of Vocational Behavior, 99, 107-117. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvb.2017.01.002

Mansão, C. S. M., Noronha, A. P. P., & Ottati, F. (2011). Interesses profissionais: análise correlacional entre dois instrumentos de avaliação. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 12(2), 175-184. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbop/v12n2/05.pdf

Masotti, D. R., & Noronha, A. P. P. (2015). Estudo correlacional entre interesses profissionais e autoeficácia com tecnólogos. Interação em Psicologia, 19(1), 107-117. http://dx.doi.org/10.5380/psi.v19i1.28920

Moreira, T. C., Ambiel, R. A. M., & Nunes, M. F. O. (2018). Escala de fontes de autoeficácia para escolha profissional: construção e estudos psicométricos iniciais. Trends in Psychology, 26(1), 47-60. http://dx.doi.org/10.9788/tp2018.1-03pt

Murgo, C. S., Barros, L. O., & Sena, B. C. S. (2018). Associações entre estilos parentais, interesses e indecisão profissional em estudantes do Ensino Médio. Psico-USF, 23(4), 693-703. http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712018230409

Noronha, A. P. P., Freitas, P. C. S., Piovezan, N. M., & Joly, M. C. R. A. (2013). Afetos positivos e negativos e autoeficácia em jovens do ensino médio. Revista de Psicología Trujillo, 15(1), 9-21. Recuperado de http://revistas.ucv.edu.pe/index.php/R_PSI/article/view/206/117

Nunes, M. F. O., & Noronha, A. P. P. (2011). Associações entre auto-eficácia para atividades ocupacionais e interesses em adolescentes. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(1), 1-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-79722011000100002

Oliveira, M. C., Silva, B. R., Garcia, R. G., Melo-Silva, L. L., & Teixeira, M. A. P. (2014). Escala de autoeficácia no aconselhamento de carreira: adaptação e evidências de validade. Avaliação Psicológica, 13(3), 371-381. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/avp/v13n3/v13n3a09.pdf

Paessler, K. (2015). Sex differences in variability in vocational interests: evidence from two large samples. European Journal of Personality, 29(5), 568-578.

Pajares, F., & Olaz, F. (2008). Teoria social cognitiva e auto-eficácia: uma visão geral. In A. Bandura, R. G. Azzi, & S. Polydoro (Eds.), Teoria cognitiva: conceitos básicos (pp.97-114). Porto Alegre: Artmed.

Primi, R., Mansão, C. M., Muniz, M., & Nunes, M. F. O. (2010). SDS - Questionário de Busca Auto dirigida: ferramenta de orientação vocacional e de carreira. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Prisco, A. P. K., Martins, C. R., Nunes, M. F. O. (2013). Estudos sobre autoeficácia aplicada ao desenvolvimento de carreira no brasil: uma revisão. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 15(1), 111-118. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbop/v14n1/11.pdf

Ribeiro, E. C. A. (2015). Interesses profissionais em diferentes percursos educativos: Contributos para a validação da versão portuguesa do SDS: Self-Directed Search (Dissertação de mestrado não-publicado). Universidade de Lisboa, Portugal. Recuperado de http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/23160/1/ulfpie047677_tm.pdf

Rottinghaus, P. J., Larson, L. M., & Borgen, F. H. (2003). The relation of self-efficacy and interests: a meta-analysis of 60 samples. Journal of Vocational Behavior, 62(2), 221-236. http://dx.doi.org/10.1016/S0001-8791(02)00039-8

Savickas, M. L. (2015). Life-Design counseling manual. Rootstown: Hachai Publishing.

Su, R., Rounds, J., & Armstrong, P. I. (2009). Men and things, women and people: a metaanalysis of gender and interests. Psychological Bulletin, 135, 859-884. http://dx.doi.org/10.1037/a0017364

Voracek, M., Mohr, E., & Hagmann, M. (2013). On the importance of tail ratios for psychological science. Psychological Reports, 112, 872-886. http://dx.doi.org/10.2466/03.PR0.112.3.872-886

Whiston, S. C., Li, Y., Mitts, N. G., & Wright, L. (2017). Effectiveness of career choice interventions: a meta-analytic replication and extension. Journal of Vocational Behavior, 100, 175-184. http://dx.doi.org/10.1016/j.jvb.2017.03.010

Downloads

Publicado

2023-02-07

Como Citar

MURGO, C. S., BARROS, L. de O., & SENA, B. C. S. (2023). Interesses profissionais e autoeficácia para escolha em adolescentes e jovens. Estudos De Psicologia, 37. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7358

Edição

Seção

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA