Construção de uma medida de clima criativo em organizações
Palavras-chave:
Indicadores de clima, criatividade, ambiente de trabalhoResumo
Desenvolveu-se o presente estudo, que teve como objetivo definir as variáveis indicadoras de clima para a criatividade no ambiente organizacional. Para este fim, construiu-se um instrumento que foi aplicado a uma amostra de seis sujeitos de ambos os sexos, professores de uma Universidade Particular situada no interior de São Paulo. O instrumento citado é um questionário objetivo, baseado em estudos anteriores e contém 13 variáveis indicadoras de clima para a criatividade. As variáveis são: Motivação e Comprometimento, Dinamismo e Energia, Tempo para Idéias, Liberdade para Criar, Ludismo e Humor, Apoio às Idéias, Discussão e Debates, Ausência de Conflito, Confiança e Franqueza, Correr Risco, Suporte à Inovação, Salários e Benefícios e Tolerância às Diferenças. Os resultados foram aferidos pela análise de conteúdo das respostas decorrentes da coleta de dados. Os indicadores que tiveram menor número de respostas, ou seja, os mais difíceis de serem definidos foram: Motivação e Comprometimento e Dinamismo e Energia. Os resultados demonstraram uma boa consistência de conteúdos segundo as definições dos sujeitos e algumas definições coincidem com outras encontradas em estudos realizados no Brasil por outros pesquisadores. Podemos concluir que esses indicadores podem ser variáveis importantes no diagnóstico do clima para a criatividade no ambiente de trabalho.
Downloads
Referências
ALENCAR, E. M. L. S. (1996). A gerência da criatividade. Makron Books, São Paulo.
AMABOLE, T. M. e GRYSKIEWICZ, N. D. (1989). The creative environment scales: work environment inventory. Creativity Research Journal, n.2, p.231-253.
BRUNO-FARIA, M. F. e ALENCAR, E. M. L. S. (1998). Estímulos e barreiras à criatividade no ambiente de trabalho. Revista de Administração, v.33, n.4, p.86-91, out/dez.
CIOTTA, P. (1987). The anatomy of a creative corporate culture. Journal of Creative Behavior, v.21, n.2, p.145-152.
DENISON, D. R. (1996). What is the difference between organizational culture and organizational climate? A native, s point of view on a decade of paradigm wars. Academy of Management Review, v.21, n.3, p.619-654.
FORD, C. M. e GIOIA, D. A. (1995). Multiple visions and multiple voices academic and practitioner conceptions of creativity in organizations. In: Ford, C. M. e Gioia, D.A. (orgs.) Creative action in organizations. London, Sage Publications, p.3-11.
MORAN, E. T. e VOLKWEIN, J. F. (1992). The cultural approach to the formation of organizational climate. Human Relations, v.45, n.1.
PAYNE, R. L. e MANSFIELD, R. (1977). Relationships of perceptions of organizational climate to organizational structure, context and hierarquical position. Administrative Science Quarterly, v.18, n.4, p.515-26.
RICKARDS, T. e JONES, L. J. (1991). Towards the identification of situational barriers to creative behaviors. The development of a self-report inventory. Creativity Research Journal, v.4, n.4, p.303-315.
SÁ LEITÃO, J. S., GUIMARÃES T. A. e ROSAl, M. A.A. (1997). Metodologia de diagnóstico de clima organizacional em ambiente de inovação tecnológica. ENANPAD. Foz do Iguaçu.
SCHNEIDER, B. (1985). Organizational behavior. Annual Review of Psychology, v.36, p. 573-611.
SIEGEL, S. M. e KAEMMERER, W. F. (1978). Measuring the perceived support for innovation in organizations. Journal of Applied Psychology, v.63, n.5, p.553-562.
SIMS, Jr. H. P. e LA FALLETTE, W. R. (1975). Is satisfaction redundant with organizational climate? Organizational Behavior and Human Performance, v.13, p.267-278.
SOUZA, E. L. P. (1983). Clima e estrutura de trabalho. Revista de Administração, v.18, n.3, p.14-18.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Mari Lucia Figueiredo CRESPO
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.