Critérios de admissão do paciente oncológico em Unidades de Terapia Intensiva de hospitais gerais
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0897v27n2a4121Palabras clave:
Admissão do paciente. Cuidados críticos. Oncologia.Resumen
A função da Unidade de Terapia Intensiva é de suporte terapêutico ao paciente. O paciente com câncer muitas vezes necessita de suporte intensivo. Nesse contexto, a gravidade das disfunções orgânicas, o comprometimento da capacidade funcional, o estadiamento do câncer e a aplicação de índices prognósticos são considerados na discussão para admissão na Unidade de Terapia Intensiva. Este artigo tem como objetivo identificar os critérios para admissão do paciente oncológico nas Unidade de Terapia Intensiva de hospitais gerais, através de uma revisão integrativa, com estudos de 2007 a 2017 disponíveis em versão completa e gratuita nas bases de dados digitais: Biblioteca Virtual em Saúde, Scientific Electronic Library Online e no portal PubMed. Foram encontradas 58 publicações potenciais. Após análise preliminar dos títulos e resumos e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 23 artigos seguiram para leitura na íntegra, sendo que 10 compuseram a amostra final. Sete estudos (70%) citaram o escore prognóstico APACHE II, quatro (40%) utilizaram Simplified Acute Physiology Score, dois (20%) o Sequential Organ Failure Assessment e seis (60%) utilizaram mais de um instrumento. O câncer é uma doença grave, entretanto a decisão de indicação para tratamento intensivo não deve ser baseada em apenas uma morbidade. Pacientes oncológicos podem ter benefícios ao receberem suporte intensivo. Estudos que determinam critérios objetivos para admissão e avaliam o benefício da admissão do paciente oncológico nas Unidade de Terapia Intensiva de hospitais gerais devem ser incentivados a fim de melhor definir a utilização adequada dos recursos.
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