Relação de indicadores antropométricos com glicemia entre servidores universitários

Autores/as

  • Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira Educador físico. Viçosa.
  • Paulo Roberto dos Santos Amorim Universidade Federal de Viçosa
  • Osvaldo Costa Moreira Universidade Federal de Viçosa
  • William Amorim Educador físico. Viçosa.
  • Ediane Guimarães Costa Educador físico. Viçosa.
  • João Carlos Bouzas Marins Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0897v24n1a2357

Palabras clave:

Diabetes Mellitus. Doenças cardiovasculares. Fatores de risco. Obesidade.

Resumen

Objetivo

Estimar a prevalência de sobrepeso e obesidade e determinar a relação de diferentes indicadores antropométricos com os níveis glicêmicos de servidores da Universidade Federal de Viçosa em Minas Gerais.

Métodos

Estudo transversal realizado em 2010 com 107 servidores da Universidade Federal de Viçosa, com idade média de 46,11±10,47 anos. Avaliou-se: índice de massa corporal, percentual de gordura, circunferência abdominal, relação cintura/quadril e glicemia. Foi realizado o teste de correlação de Pearson para verificar a relação entre os indicadores antropométricos e os níveis glicêmicos.

Resultados

A prevalência de sobrepeso foi observada em 38,3% (48,4% dos homens e 23,3% das mulheres), enquanto a obesidade foi evidenciada em 6,5% (7,8% dos homens e 4,6% das mulheres). O percentual de gordura apontou 32,6% de valores “ruins” e “muito ruins” entre as mulheres, e 18,8% entre os homens. Quanto à análise da circunferência abdominal, as mulheres obtiveram 76,8% de risco “alto” ou “muito alto” para doenças cardiovasculares, enquanto os homens tiveram 50,0%. Porém, quando utilizada a relação cintura/quadril, esses valores diminuem para 32,6 e 17,2%, respectivamente. A prevalência de intolerância à glicose foi de 3,7%, enquanto o diabetes Mellitus esteve presente em 1,9% da amostra estudada. Os homens obtiveram correlação estatisticamente significativa apenas entre a relação cintura/quadril e a glicemia (r=0,42), enquanto que entre as mulheres essa correlação foi entre a circunferência abdominal e a glicemia (r=0,34).

Conclusão

A prevalência de sobrepeso e obesidade se mostrou elevada na amostra. As mulheres apresentaram um maior risco quando utilizados o percentual de gordura, a circunferência abdominal e a relação cintura/quadril. Os parâmetros analisados tiveram uma fraca relação com os níveis glicêmicos.

Palavras-chave: Diabetes Mellitus. Doenças cardiovasculares. Fatores de risco. Obesidade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Renata Aparecida Rodrigues de Oliveira, Educador físico. Viçosa.

1 Educador físico. Viçosa, MG, Brasil.

Paulo Roberto dos Santos Amorim, Universidade Federal de Viçosa

2 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Educação Física, Curso de Educação Física. Av. P.H. Rolfs, s/n.,Campus Universitário,
36570-000,Viçosa, MG, Brasil.

Osvaldo Costa Moreira, Universidade Federal de Viçosa

2 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Educação Física, Curso de Educação Física. Av. P.H. Rolfs, s/n.,Campus Universitário,
36570-000,Viçosa, MG, Brasil.

William Amorim, Educador físico. Viçosa.

1 Educador físico. Viçosa, MG, Brasil.

Ediane Guimarães Costa, Educador físico. Viçosa.

1 Educador físico. Viçosa, MG, Brasil.

João Carlos Bouzas Marins, Universidade Federal de Viçosa

2 Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Educação Física, Curso de Educação Física. Av. P.H. Rolfs, s/n.,Campus Universitário,
36570-000,Viçosa, MG, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: JCB MARINS. E-mail: <joaobouzas@yahoo.com.br>.

Citas

Brasil. Ministério da Saúde. Datasus. Brasília:

Ministério da Saúde; 2004 [acesso 2008 jun 9].

Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/

tabcgi.exe?sim/cnv/obtuf.def

Departamento de Ciência e Tecnologia, Secretária da

Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos,

Ministério da Saúde. ELSA Brasil: maior estudo

epidemiológico da América Latina. Rev Saúde Pública.

; 43(1).

Organização Pan-Americana da Saúde. Doenças

crônico-degenerativas e obesidade: estratégia

mundial sobre alimentação saudável, atividade física

e saúde. Brasília: OPAS; 2003.

Gomes F, Telo DF, Souza HP, Nicolau JC, Halpern A,

Serrano Júnior CV. Obesidade e doença arterial

coronariana: papel da inflamação vascular. Arq Bras

Cardiol. 2010; 94(2):273-9.

Balbinoto Neto G, Silva EN. Os custos das doenças

cardiovasculares no Brasil: um breve comentário

econômico. Arq Bras Cardiol. 2008; 91(4):217-8.

Lessa I, Araújo MJ, Magalhães L, Almeida Filho M,

Aquino E, Costa MCR. Simultaneidade de fatores de

risco cardiovascular modificáveis na população adulta

de Salvador (BA), Brasil. Rev Pan Salud Publica. 2004;

(2):131-7.

Neumann AIC, Shirassu MM, Fisberg RM. Consumo

de alimentos de risco e proteção para doenças

cardiovasculares entre funcionários públicos. Rev

Nutr. 2006; 19(1):19-28. http://dx.doi.org/10.1590/

S1415-52732006000100002

Barel M, Louzada GCA, Monteiro HL, Amaral SL.

Associação dos fatores de risco para doenças

cardiovasculares e qualidade de vida entre servidores

da saúde. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2010; 24(2):293-

Oliveira RAR, Moreira OC, Andrade Neto F, Amorim

W, Costa EG, Marins JCB. Prevalência de sobrepeso e

obesidade em professores da Universidade Federal

de Viçosa. Fisioter Mov. 2011; 24(4):603-12.

Cassani RSL, Nobre F, Pazin Filho A, Schmidth A.

Prevalência de fatores de risco cardiovascular em

trabalhadores de uma indústria brasileira. Arq Brasil

Cardiol. 2009; 92(1):16-22.

Fonseca MJM, Faerstein E, Chor D, Lopes CS,

Andreozzi VL. Associação entre escolaridade, renda e

índice de massa corporal em funcionários de uma

universidade no Rio de Janeiro, Brasil: estudo pró-

-saúde. Cad Saúde Pública. 2006; 22(11):2281-300.

Sociedade Brasileira de Diabetes. Tratamento e

acompanhamento do diabetes Mellitus: diretrizes da

Sociedade Brasileira de Diabetes. São Paulo: Associação

Nacional à Assistência ao Diabético; 2007

[acesso 2009 set 28]. Disponível em: http://

www.anad.org.br/Profissionais/images/ Diretrizes_

SBD_2007.pdf

International Society for the Advancement of

Kinanthropometry. International standards for

anthropometric assessment. Adelaid: SA National

Library of Australia; 2001.

World Health Organization. Preventing and managing

the global epidemic of obesity. Report of a WHO

Consultation on Obesity. Geneva: WHO; 1997.

Jackson AS, Pollock ML. Generalized equations for

predicting body density of men. Br J Nutrition. 1978;

(3):497-504.

Jackson AS, Pollock ML, Ward A. Generalized

equations for predicting body density of women. Med

Sci Sports Exerc. 1980; 12(3):175-81.

Siri W. Body composition from fluid spaces and

density: Analysis of methods. In: Brozek J, Henschel

A, editors. Techniques for measuring body

composition. Washington (DC): National Academy of

Science; 1961. p.223-44.

Pollock ML, Wilmore JH. Exercícios na saúde e na

doença: avaliação e prescrição para a prevenção e

reabilitação. Rio de Janeiro: Medsi; 1993.

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e

Metabologia. Sobrepeso e obesidade: diagnóstico.

Brasília: Associação Médica Brasileira; 2004 [acesso

ago 5]. Disponível em: http://www.projeto

diretrizes.org.br/projeto_diretrizes/089.pdf

Bray GA, Gray DS. Obesity. Part I: Pathogenesis. West

J Med. 1988; 149(4):429-41.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa

de orçamentos familiares, 2008-2009: antropometria

e estado nutricional de crianças, adolescentes e

adultos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE; 2010.

Velásquez-Meléndez G, Pimenta AM, Kag G.

Epidemiologia do sobrepeso e da obesidade e seus

fatores determinantes em Belo Horizonte (MG), Brasil: estudo transversal de base populacional. Rev Panam

Salud Publica. 2004; 16(5):308-14.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atlas: corações

do Brasil. São Paulo: Sociedade Brasileira de

Cardiologia; 2005 [acesso 2011 jan 17]. Disponível

em: http://www.cds.ufsc.br/~osni/Atlas4054Dados

brasileirosdePAColesterol_GlicemiaTriglicerideos

fumoalcoolimcesedentarismo.pdf

Girotto E, Andrade SM, Cabrera MAS. Prevalência de

obesidade abdominal em hipertensos cadastrados

em uma unidade de saúde da família. Arq Bras Cardiol.

; 94(6):754-62.

Brasil. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2010:

Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças

Crônicas por Inquérito Telefônico. Brasília: Ministério

da Saúde; 2010 [acesso 2011 maio 2]. Disponível

em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/

vigitel_2010_preliminar_web.pdf

Martinez MC, Latorre MRDO. Fatores de risco para

hipertensão arterial e diabete melito em trabalhadores

de empresa metalúrgica e siderúrgica. Arq Bras

Cardiol. 2006; 87(4):471-9.

Oliveira MAM, Fagundes RLM, Moreira EAM, Trindade

EBSM, Carvalho T. Relação de indicadores

antropométricos com fatores de risco para doença

cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2010; 94(4):478-85.

Publicado

2015-11-03

Cómo citar

Oliveira, R. A. R. de, Amorim, P. R. dos S., Moreira, O. C., Amorim, W., Costa, E. G., & Marins, J. C. B. (2015). Relação de indicadores antropométricos com glicemia entre servidores universitários. Revista De Ciências Médicas, 24(1), 19–28. https://doi.org/10.24220/2318-0897v24n1a2357