Anastomose esofagogástrica cervical com sutura mecânica em pacientes com megaesôfago avançado
Palabras clave:
esofago, sutura mecanica, megaesofagoResumen
Objetivo
Avaliar as complicações da anastomose esofagogástrica cervical com sutura mecânica.
Métodos
Foram estudados 20 pacientes com megaesôfago graus III/IV submetidos a esofagectomia transmediastinal, com idade variável de 31 a 68 anos. A reconstrução do trânsito foi realizada pela transposição gástrica e com anastomose na região cervical, realizada com o aparelho DHC nº 25/29 mm.
Resultados
Três pacientes (15%) apresentaram complicações clínicas, traduzidas por pneumonia, mas com boa evolução com tratamento clínico. Outros três pacientes (15%) apresentaram deiscência da anastomose esôfago gástrico cervical, com boa evolução sob tratamento conservador. Dois desses pacientes, mais um outro sem fístula, evoluíram com estenose da anastomose cervical; no entanto, com dilatações endoscópicas retornaram a apresentar deglutição normal.
Conclusão
Neste estudo, chegou-se à conclusão de que a sutura mecânica é viável por apresentar complicações de baixa morbidade e com boa resolução. Entretanto, torna-se necessário realizar um estudo comparativo com a técnica manual para avaliar qual procedimento seria o mais adequado.
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