Reanimação neonatal em um hospital universitário de nível terciário
Palabras clave:
assistência perinatal, reanimação, recém-nascidoResumen
Objetivo
Avaliar a reanimação neonatal em hospital universitário terciário, caracterizando gestantes, recém-nascidos e manobras.
Métodos
Estudo epidemiológico retrospectivo, realizado na Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas de Botucatu, envolvendo 1138 recém-nascidos no ano de 2000 foram analisadas variáveis maternas (idade, pré-natal, drogas. doenças e tipo de
parto), neonatais (sexo, peso de nascimento, idade gestacional e Apgar) e variáveis da reanimação (freqüência e manobras), As manobras de reanimação foram comparadas entre recém-nascidos, de acordo com peso de nascimento. Estatística: média e desvio-padrão, teste %2 e teste ’'t'’ , Significância estatística: 5%.
Resultados
A idade média materna foi de 24 anos e 80,0% realizaram pré-natal. Hipertensão gestacional (24,0%) e Ênfecção urinária (17,5%) foram as principais doenças' Parto vaginal ocorreu em 64,0% dos casos. Dos 1138 recém-nascidos, 52,0% eram masculinos. 24,0% prematuros sendo 4,2% destes com menos de 31 semanas de idade gestacional. Baixo peso ocorreu em 23,0% dos recém-nascidos. 4,5% deles tendo menos de 1500g. Oitenta e um por cento dos recém-nascidos tiveram Apgar de primeiro minuto, maior ou igual a 7. O uso de oxigênio inalatório foi elevado nos neonatos com pesos maiores que 2 500g. Das manobras de reanimação, a ventilação com pressão positiva foi a mais utilizada (15,0%) Intubação ocorreu em 7.2% dos casos, massagem cardíaca em 1,5%, drogas em 1,2%. Recém-nascidos de muito baixo peso foram os que mais necessitaram de
reanimação (72,5%)
Conclusão
A reanimação foi freqüente nos recém-nascidos com pesos menores que 1 500g e ventilação com pressão positiva foi a manobra mais utilizada. Nos neonatos com mais de 2 500g, o uso de oxigênio inalatório foi freqüente e, provavelmente.
indicado em demasia, o que leva à conclusão de que há necessidade do treinamento contínuo em reanimação.
Descargas
Citas
World Health Report' Maternal and child health [Internet]. Genova: World Health Organization; 1995 [cited 2003 Sep. 25]. Available from: http://www.who.int/publications/em
Programa de reanimação neonatal [Internet]. [citado 2003 set. 30]. Disponível em: http//www,sbp/reanimacaoneonatal
Almeida MFB, Guinsburg R. Controvérsias em reanimação do recém-nascido. J Pediatr. 2001; 77 (Supl 1):S41-S52.
American Heart
Bloom RS, Cropley C. Textbook of neonatal resuscitation. 3r ed. New York: American Heart Association; 1996. p.433.
Bloom RS, Cropley C. Manual de reanimação neonatal. 4. ed. São Paulo: American Academy of Pediatrics; 2003. p.277.
Nieymeyer S, Kattwinkel J, Van Reempts P, Nad Karni V, Philips B, Zideman D, et al. International guidelines for neonatal resuscitation: an excerpt from the guidelines 2000 for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascuÊar care: international
consensus on science. Pediatrics [serial on the Internet]. 2000; 106(3). Available from: http://www.pediatrics.org/cgi/cpntent/ful1/1 06/3/e29.
Saugstad OD. Practical aspects of resuscitating asphyxiated newborn infants. Eur J Pediatr. 1998; 157(Suppl 1):SI 1-5.
Colli AS. Conceito de adolescência. In: Marcondes E. Vaz FAC, Ramos JLA, Okay Y. Pediatria básica. São Paulo: Sarvier; 2002. p.655.
Ballard JL, Khoury JC, Weidig K, Wang L, Ellers-Walsrnan BL, Lipp R. New Ballard Score: Expanded to include extremely premature infants. J Pediatr, 1991; 11 9(3):417-23.
Trindade CEP. Recém-nascidos de baixo peso: conceitos e morbimortalidade perinatal. In: Condutas em pediatria. 2. ed, Rio de Janeiro: EPUB; 1999 P.67-93
. Apgar VA. Proposal for a new method of evaluation of the newborn infant. Curr Res Ann. 1953; 32(4) 260-7
Gravidez na adolescência [Internet]. [citado 2004 set 25]. Disponível em: http//portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id area241
Almeida MFB. Assistência na sala de parto. In: Costa HPF, Marba ST. O recém-nascido de muito baixo peso São Paulo: Atheneu; 2003. 11-41.
Yada M. Eficácia dos procedimentos de reanimação neonatal na sala de parto [dissertação]. São Paulo Escola Paulista de Medicina, Universidade federal de São Paulo; 1998
Wolkoff LI, Davis JM. Delivery room resuscitation of the newborn. Clin Perinatol. 1999; 26(3):641-58
Marba S, Martins FH, Aranha Netto A, Mezzacappa Filho F, Mezzacappa MAMS. Reanimação em recém-nascidos com peso <1500g em serviço de atendimento terciário. In: Anais do Congresso Brasileiro de Perinatologla; Salvador, 1998, Salvador; 1998. P.244.