Ateologia bíblica: convite a uma exegese laica
DOI:
https://doi.org/10.24220/2525-9180v3n12018a4303Palavras-chave:
Ateologia bíblica, Bíblia como literatura, Exegese, Hedonismo, Michel Onfray.Resumo
Desenvolvido a partir de uma comunicação científica, apresentada em maio de 2017, na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (num painel cuja temática era: Pluralismo e fundamentalismo: desafios religiosos em colóquio intitulado Por uma cultura da paz, em comemoração aos 50 anos da Populorum Progressio, organizado pelo Núcleo de Fé e Cultura da mesma universidade), este artigo apresenta a visão pessimista de um exegeta sobre sua profissão, e traz uma proposta para uma renovação das produções exegéticas em geral. Em poucas palavras, o autor propõe uma análise literária da Bíblia, que aproveita a laconicidade própria da narratividade bíblica para criar novas leituras, que faz um uso inusitado da filosofia materialista e hedonista do escritor francês Michel Onfray, em sua hermenêutica para fugir às leituras canônicas e institucionais, e que expõe a pluralidade de caminhos interpretativos possíveis para negar a produção dogmática e inaugurar o que aqui foi chamado de ateologia bíblica.
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