Entomofauna visitante de Gleditsia Triacanthos L. - Leguminosea durante o seu período de floração
Palavras-chave:
Polinização, Abelhas, Visitantes florais, Insecta, PássarosResumo
Foram realizados estudos sobre /enologia e sistemas de reprodução de G. triacanthos L.-Leguminosae. Observou-se a diversidade,freqüência e constância dos visitantes florais em diferentes horários. Os resultados de polinização manual sugerem que G. triacanthos é autocompatível, porém a polinização cruzada (xenogamia) é o sistema de reprodução predominante, o que sugere a necessidade do agente polinizador. Grande diversidade de visitantes florais foi observada nas inflorescências, com certa predominância de abelhas. Quatro ordens de insetos foram observadas. Hymenoptera 88, 4% e 8,3% a soma de Lepidoptera, Diptera, Coleoptera. Apis mellifera Linnaeus, 1758 e Trigona spinipes (Fabricius, 1793) foram as espécies de abelha mais freqüente e constante. Essas abelhas generalistas realizam a polinização quando coletam o pólen; principalmente quando a freqüência do polinizador efetivo é baixa ou ausente. Devido a concentração de açúcar do néctar (40%), abundância de pólen e tamanho das flores, verificou-se os polinizadores de tamanho médio, mais eficientes, como as abelhas Megachilidae: Megachile (Pseudocentron) terrestris Schrottkyi, 1902 e Megaclzile (Chrysosarus) pseudoanthidioides Moure. As flores de G. triacanthos também foram visitadas por pássaros (3,4%): beija-flores Eupetomena macroura (Gmelin, 1788), Clorosti/bon aureoventris (d' Orbigny & Lafresnaye, 1838) and Amazilia sp. (Trochilidae); Pitangus sulfuratus (Linnaeus, 1766) e Myiornis ecaudatus (d' Orbigny & Lafresnaye, 183 7) (Tyranidae). A freqüência e a distribuição dos insetos foram significativamente influenciadas pelos fatores ambientais: temperatura, luminosidade, pressão barométrica, umidade relativa do ar e velocidade do vento.
Downloads
Referências
ARROYO, M.T.K. 1981. Breeding systems and pollination biology in Leguminosae. ln: POLHILL,R.M.; RAVEN,P.H. (ed.).Advances in legume systematics. Part.2 Kew, Eng!. Proc. Intern. Legume Conference: 723-769.
BAKER, H.G. 1975. Sugar concentrations in nectars from hummingbirds flowers. Biotropica 7: 37-41.
INOUYE,D.W. 1980. The terminology of floral lacerny. Ecology 61 (5): 1251-1253.
IWAMA,S.A. 1977. A influência dos fatores climáticos na atividade externa de Tetragonisca angustula (Apidae, Meliponinae). BOLM. Zool. Univ. São Paulo 2: 189-201.
JOLY,A.B. 1991. Botânica: Introdução à Taxonomia Vegetal. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 777p.
OLIVEIRA-FILHO, A.T. & OLIVEIRA, L.C. 1988. Biologia floral de uma população de Solanum lycocarpum St.Hil (Solanaceae) em Lavras, M.G.Rev. Bras. Bot. 11: 23-32.
RADFORD,A.E.; DICKINSON,W.C.; MASSAY Jr., I.R. & BELL,C.R. 1974. Vascular Plants Systematics. New York, Harper & Row, 891 p.
RAMALHO,M. et al.1991.Ecologia nutricional de abelhas sociais, p.225-251. ln: PANIZZI,A.R.& PARRA, J.R.P. Ecologia nutricional de insetos e suas implicações no manejo de pragas. São Paulo, Ed. Manole Ltda., 354p.
RICHARDS, A.J. 1978. The pollination of flowers by insects. London, Ed. A.J. Richards. Academic Press Inc. Limited, 213 p.
ROUBIK,D.W. 1989. Ecology and natural history of tropical bee.Cambridge University Press. Cambridge.514 p.
SAZIMA,I. & SAZIMA,M. 1989. Mamangavas e irapuás (Hymenoptera, Apoidea): visitas, interações e consequências para a polinização do maracujá (Passifloraceae). Rev. Bras. Entornol. 33: 109-118.
SILBERBAUER-GOTTSBERGER, I. & GOTTSBERGER, G. 1988. A polinização de plantas do cerrado. Rev. Bras. Biol. 48: 651-663.
VOGEL, S.1983.Ecophysiology ofzoophilic pollination, p. 560-612. ln: O.L. Lange; Nobel,P.S.; Osmond C.B. & Ziegler,H. (Eds.) Physiological plant ecology III. Berlin, Springer. 799 p.
