Caracterização dos otólitos sagitta de peixe-lagarto Bembrops heterurus Miranda-Ribeiro, 1903 (Teleostei: Percophidae) da região Sudeste-Sul do Brasil

Autores/as

  • André Martins Vaz-dos-Santos
  • Nayra Nicolau dos Santos-Cruz
  • Carmen Lúcia Del Bianco Rossi-Wongtschowski

Palabras clave:

Bembrops heterurus, Otólitos, Morfologia, Morfometria, Crescimento relativo , Região Sudeste-Sul do Brasil

Resumen

O peixe-lagarto Bembrops heterurus é uma espécie demersal que se distribui entre 80 e 600m de profundidade, do Rio de Janeiro ao Uruguai. Prospecções recentes revelaram grande abundância da espécie na área entre 21°S e 29°S, onde o peixe-lagarto possui papel ecológico chave na estrutura trófica do ecossistema de plataforma continental e talude. Apesar disto, e à exceção de um trabalho sobre relações tróficas, não existem estudos direcionados à espécie. Tendo em vista a importância da caracterização de otólitos enquanto estrutura espécie-específica e sua aplicação em estudos populacionais e pesqueiros, foram conduzidas análises morfológicas (onze feições) e morfométricas (quinze medidas) da sagitta de B. heterurus, sendo apresentadas as feições e proporções que a caracterizam. Também foi avaliado o crescimento relativo dos otólitos em relação ao comprimento corporal e em relação às suas medidas, sendo os resultados apresentados e discutidos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Abilhôa, V. & Corrêa, M.F.M. (1992/93). Catálogo de otólitos de Carangidae (Osteichthyes - Perciformes) do Litoral do Estado do Paraná, Brasil. Nerítica, 7(1-2): 119-31.

Assis, C.A. (2004). Guia para a identificação de algumas famílias de peixes ósseos de Portugal continental, através da morfologia de seus otólitos sagitta. Cascais: Câmara Municipal de Cascais.

Bagenal, T.B. & Tesch, F.W. (1978). Age and growth. In: Bagenal, T.B. (Ed.). Methods for assessment of fish production in fresh waters. 3rd ed. Oxford: Blackwell Scientific Publications. p.101-36.

Barbieri, G. (1975). Sobre o crescimento relativo de Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) na Represa do Lobo, Estado de São Paulo. Tese - Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo.

Baremore, I.E. & Bethea, D.M. (2006). A guide to otoliths from fishes of the Gulf of Mexico and Atlantic Ocean. Panama City Laboratory National Marine Fisheries Service. Disponível em: <http://www.sefscpanamalab.noaa.gov/OtolithGuide/default.htm>. (acesso: 30 ago. 2007).

Bastos, G.C.C. (1990). Morfologia de otólitos de algumas espécies de Perciformes (Teleostei) da costa Sudeste-Sul do Brasil. Dissertação - Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo.

Begg, G.A.; Campana, S.E.; Fowler, A.J. & Suthers, I.M. (2005). Otolith research and application: current directions in innovation and implementation. Marine Freshwater Research, 56(5):477-83.

Bernardes, R.A.; Figueiredo, J.L.; Rodrigues, A.R.; Fischer, L.G.; Vooren, C.M.; Haimovici, M. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (2005). Peixes da zona exclusiva da região Sudeste e Sul do Brasil: levantamento com armadilhas, pargueiras e rede de arrasto de fundo. São Paulo: Edusp.

Bervian, G.; Fontoura, N.F. & Haimovici, M. (2006). Statistical model of variable allometric growth: otolith growth in Micropogonias furnieri (Actinopterygii, Sciaenidae). Journal of Fish Biology, 68(1):196-208.

Braga, F.M.S. (1982). Estudo do crescimento relativo de Sardinella brasiliensis (Steindachner, 1879) na área entre Macaé (22°23’S) e o sul da Ilha de Santa Catarina (27°35’S). Tese - Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo.

Brasil. Ministério do Meio Ambiente. (2006). Programa REVIZEE: Avaliação do potencial sustentável de recursos vivos da Zona Econômica Exclusiva do Brasil - relatório executivo. Brasília: MMA.

Cadrin, S.X.; Friedland, K.D. & Waldman, J.R. (Ed.) (2005). Stock identification methods: applications in fishery science. Oxford: Elsevier Academic Press. Campana, S.E. (1990). How reliable are growth back-calculations based on otoliths? Canadian Journal of

Fisheries and Aquatic Sciences, 47(11):2219-27.

Campana, S.E. (2004). Photographic atlas of fish otoliths of the Northwest Atlantic Ocean. Ottawa: NRC Research Press.

Campana, S.E. (2005). Otolith science entering the 21st century. Marine and Freshwater Research, 56(5):485-95.

Cergole, M.C.; Ávila-da-Silva, A.O. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (Ed.). (2005). Análise das principais pescarias comerciais da Região Sudeste-Sul do Brasil: dinâmica populacional das espécies em explotação. São Paulo: IOUSP. Série Documentos REVIZEE.

Corrêa, M.F.M. & Vianna, M.S. (1992/93). Catálogo de otólitos de Sciaenidae (Osteichthyes - Perciformes) do litoral do Estado do Paraná - Brasil. Nerítica, Curitiba, 7(1-2):13-41.

Cruz, A. & Lombarte, A. (2004). Otolith size and its relationship with colour patterns and sound production. Journal of Fish Biology, 65(6):1512-25.

Figueiredo, J.L. (1981). Estudo das distribuições endêmicas de peixes da província zoogeográfica marinha argentina. Tese - Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo.

Figueiredo, J.L.; Santos, A.P.; Yamaguti, N.; Bernardes, R.A. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (2002). Peixes da zona econômica exclusiva do Brasil: levantamento com rede de meia água. São Paulo: Edusp.

Francis, R.I.C.C. (1990). Back-calculation of fish length: a critical review. Journal of Fish Biology, 36(6):883-902.

Gasalla, M.A. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (2004). Contribution of ecosystem analysis to investigating the effects of changes in fishing strategies in the South Brazil bight coastal ecosystem. Ecological Modelling, 172(2-4): 283-306.

Haimovici, M.; Martins, A.S.; Figueiredo, J.L. & Vieira, P.C. (1994). Demersal bony fish of the outer shelf and upper slope of the Southern Brazil subtropical convergence ecosystem. Marine Ecology Progress Series, 108(unique): 59-77.

Huxley, J.S. (1993). Problems of relative growth; with a new introduction by Frederick B. Churchill and an essay by Richard E. Strauss. Baltimore: The John Hopkins University Press.

Lemos, P.H.B.; Corrêa, M.F.M. & Pinheiro, P.C. (1995a). Catálogo de otólitos de Engraulidae (Clupeiformes - Osteichthyes) do Litoral do Estado do Paraná, Brasil. Arquivos de Biologia e Tecnologia, 38(3):731-45.

Lemos, P.H.B.; Corrêa, M.F.M. & Pinheiro, P.C. (1995b). Catálogo de otólitos de Clupeidae (Clupeiformes - Osteichthyes) do Litoral do Estado do Paraná, Brasil. Arquivos de Biologia e Tecnologia, 38(3):747-59.

Lemos, P.H.B.; Corrêa, M.F.M. & Abilhôa, V. (1992/93). Catálogo de otólitos de Gerreidae (Osteichthyes - Perciformes) do litoral do Estado do Paraná, Brasil. Nerítica, 7(1-2):109-17.

Lombarte, A. & Lleonart, J. (1993). Otolith size changes related with body growth, habitat depth and temperature. Environmental Biology of Fishes, 37(3):297-306.

Lombarte, A.; Chic, A.; Parisi-Baradad, V.; Olivella, R.; Piera, J. & García-Ladona, E. (2006). A web-base environment for shape analysis of fish otoliths. The AFORO database. Scientia Marina, 70(1):147-52.

Lychakov, D.V.; Rebane, Y.T.; Lombarte, A.; Fuiman, L.A. & Takabayashi, A. (2006). Fish otolith asymmetry: morphometry and modeling. Hearing Research, 219 (1-2):1-11.

Menezes, N.A. & Figueiredo, J.L. (1985). Manual de peixes marinhos do Sudeste do Brasil V. Teleostei (4). São Paulo, Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo.

Menezes, N.A.; Buckup, P.A.; Figueiredo, J.L. & Moura, R.L. (2003). Catálogo das espécies de peixes marinhos do Brasil. São Paulo: Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo.

Monteiro, L.R. & Reis, S.F. (1999). Princípios de morfometria geométrica. Ribeirão Preto: Editora Holos.

Monteiro, L.R.; Di Beneditto, A.P.M.; Guillermo, L.H. & Rivera, L.A. (2005). Allometric changes and shape differentiation of sagitta otoliths in sciaenid fishes. Fisheries Research, 74(1-3):288-99.

Moyle, P.B. & Cech Jr, J.J. (2004). Fishes: an introduction to ichthyology. 5th ed. New Jersey: Prentice Hall. Muto, E.Y.; Silva, M.H.C.; Vera, G.R.; Leite, S.S.M.; Navarro, D.G. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (2005). Alimentação e relações tróficas de peixes demersais da plataforma continental externa e talude superior da região Sudeste-Sul do Brasil. São Paulo: IOUSP.

Peres, M.B. & Haimovici, M. (2003). Alimentação do cherne-poveiro Polyprion americanus (Polyprionidae, Teleostei) no Sul do Brasil. Atlântica, 25(2):201-8.

Perez, J.A.A. & Pezzutto, P.R. (2006). A pesca de arrasto de talude do Sudeste e Sul do Brasil: tendências da frota nacional entre 2001 e 2003. Boletim Instituto de Pesca, 32(2):127-50.

Perez, J.A.A.; Pezzutto, P.R. & Andrade, H.A. (2005). Biomass assessment of the monkfish Lophius gastrophysus stock exploited by a new deep-water fishery in southern Brazil. Fisheries Research, 72(2-3):149-62.

Perez, J.A.A.; Wahrlich, R.; Pezzuto, P.R.; Schwingel, P.R.; Lopes, F.R.A. & Rodrigues-Ribeiro, M. (2003). Deep-sea fishery off Southern Brazil: recent trends of the Brazilian fishing industry. Journal of Northwest Atlantic Fishery Science, 31(unique):1-18.

Ponton, D. (2006). Is geometric morphometrics efficient for comparing otolith shape of different fish species? Journal of Morphology, 267(6):750-7.

Popper, A.N.; Ramcharitar, J. & Campana, S.E. (2005). Why otoliths? Insights from inner ear physiology and fisheries biology. Marine Freshwater Research, 56(5):497-504.

Ricker, W.E. (1973). Linear regressions in fishery research. Journal Fisheries Research Board of Canada, 30(3): 409-34.

Rocha, G.R.A. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (1998). Demersal fish community on the inner shelf of Ubatuba, southeastern Brazil. Revista Brasileira de Oceanografia, 46(2):93-109.

Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (1978). Sardinella brasiliensis (Steindachner, 1879): estudo sobre a estrutura da espécie na área entre 23°S (RJ) e 28°S (SC), Brasil. Tese - Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. & Paes, E.T. (1993). Padrões espaciais e temporais da comunidade de peixes demersais do litoral norte do Estado de São Paulo - Ubatuba, Brasil. Publicação especial do Instituto Oceanográfico, 10(único):169-88.

Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B.; Ávila-da-Silva, A.O. & Cergole, M.C. (Eds.). (2006). Análise das principais pescarias comerciais da Região Sudeste-Sul do Brasil: dinâmica populacional das espécies em explotação - II. São Paulo: IOUSP. Série Documentos REVIZEE.

Secor, D.H.; Dean, J.M. & Campana, S.E. (1995). Recent development in fish otolith research. Columbia: The Belle W. Baruch Library in Marine Science.

Siegel, S. & Castellan, N.J. (2006). Estatística não-paramétrica para ciências do comportamento. 2a. ed. Porto Alegre: Artmed.

Triola, M.F. (2005). Introdução à estatística. 9a. ed. Rio de Janeiro: LTC.

Vaz-dos-Santos. A.M. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (2005). Merluccius hubbsi Marini, 1993. In: Cergole, M.C.; Ávila-da-Silva, A.O. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. (Ed.). Análise das principais pescarias comerciais da Região Sudeste-Sul do Brasil: dinâmica populacional das espécies em explotação. São Paulo: IOUSP. Série Documentos REVIZEE. p.88-93.

Walters, C.J. & Martell, S.J.D. (2004). Fisheries ecology and management. Princeton: Princeton University Press. Zar, J.H. (1999). Biostatistical analysis. 4th ed. New Jersey: Prentice Hall.

Zelditch, M.L.; Swiderski, D.L; Sheets, H.D. & Fink, W.L. (2004). Geometric morphometrics for biologists: a primer. San Diego: Elsevier Academic Press.

Publicado

2007-12-31

Cómo citar

Vaz-dos-Santos, A. M., Santos-Cruz, N. N. dos, & Rossi-Wongtschowski, C. L. D. B. (2007). Caracterização dos otólitos sagitta de peixe-lagarto Bembrops heterurus Miranda-Ribeiro, 1903 (Teleostei: Percophidae) da região Sudeste-Sul do Brasil. Bioikos – Título não-Corrente, 21(2). Recuperado a partir de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/bioikos/article/view/842

Número

Sección

Artigos