Frequência de alterações morfológicas em peixes do Lago Guaíba e sua aplicaçao no monitoramento ambiental
Palabras clave:
Guaíba, Impacto ambiental, Qualidade da águaResumen
Este artigo avaliou a associação entre a frequência de alterações morfológicas em peixes e os parâmetros físico-químicos frequentemente usados no monitoramento da qualidade da água, com o objetivo de determinar quais os locais que apresentam maior degradação ambiental e quais são as espécies mais afetadas. A amostragem de peixes foi padronizada e realizada sazonalmente com redes de arrasto do tipo picaré em onze pontos da bacia hidrográfica do Lago Guaíba. Foi coletado um total de 53 408 exemplares. Oito espécies foram consideradas constantes, o que as torna potencialmente bons indicadores. As maiores frequências de alterações morfológicas foram observadas nos pontos com pior qualidade da água. As anomalias mais frequentemente observadas foram deformação dos ossos do opérculo e deformação dos espinhos e raios das nadadeiras. A repetição dos padrões espaciais de ocorrência de deformação dos espinhos e raios das nadadeiras em dois períodos de estudo aponta este tipo de alteração como um bom indicador de qualidade ambiental.
Descargas
Citas
Adams, S. M. (1990). Status and use of biological indicators for evaluating the effects of stress on fish. American Fisheries Symposium, 8:1-8.
Bendati, M.M.A.; Maizonave, C.R.M.; Olabarriaga, E.D. & Rosado, R.M. (1998). Use of the benthic macroinvertebrate community as a pollution indicator in the Gravataí River (RS, Brazil). Verhandlungen - lnternationale Vereinigung für Theoretische und Angewandte Limnologie, 26:2019- 23.
Bendati, M.M.; Schwarzbach, M.S.R.; Maizonave, C.R.M.; Almeida, L.B. & Bringhenti, M.L. (2003). Avaliação da qualidade da água do lago Guaíba. Subsídios para a gestão da bacia hidrográfica. Ecos Pesquisa DMAE, 4(7):34
Brasil. Conselho Nacional do Meio Ambiente. (2005). Resolução 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 March 2005.
Empresa Assistência Técnica e Extensão Rural. (1991). Manejo dos recursos naturais renováveis (área do Projeto 4): Pro-Guaíba. Porto Alegre: EMATER. (Resumo Parcial).
Faria, C.M. & Lersch, E.C. (2001). Monitoramento das águas do delta e foz dos rios formadores do Guaíba. Ecos Pesquisa DMAE, 2(5):63.
Fundação Estadual de Proteção Ambiental. (1992). Rio Grande do Sul - 92: perfil ambiental e estratégias. Porto Alegre: FEPAM.
Flores-Lopes, F.; Malabarba, L.R.; Pereira, E.H.L. & Silva, J.F.P. (2001). Alterações histopatológicas em placas ósseas do peixe cascudo Rineloricaria strigilata (Hensel) (Teleostei, Loricariidae) e sua freqüência no lago Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 18(3):699- 709
Flores-Lopes, F.; Malabarba, L.R.; Silva, J.F.P. & Pereira, E.H.L. (2002). Histologia de deformidades vertebrais em Astyanax alburnus (Hensel, 1870) (Ostariophysi: Characidae) do lago Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Série Zoologia, 15(1):137-55.
Flores-Lopes, F.; Cognato, D.P. & Malabarba, L.R. (2005). Alterações histopatológicas observadas nas brânquias do Lambari Astyanax jacuhiensis (Linnaeus, 1758) (Teleostei: Characidae) sob influência de efluentes petroquímicas. Revista Brasileira de Toxicologia, 18(2):99- 104.
Flores-Lopes, F. & Thomaz, A.T. (2011). Histopathologic alterations observed in fish gilIs as a toai in environmental monitoring. Brazilian Journal of Biology, 71(1):1-10.
Goettems, E.M.P.; Teixeira, E.L. & Malabarba, L.R.(1987). Biological aspects in the evaluation of tertiary lagoons and efficiency in the removal of organic pollutants. Proceedings of the IAWPRC Biennial lnternational Conference, Porto Alegre.
Graney, R.L.; Giesy, J.P.& Clark, J.R. (1995). Field studies. ln: Rand, G.M. (Ed.). Fundamental of aquatic toxicology: effects, environmental fate and risk assessment. 2nd ed. Washington: Taylor and Francis, Chapter 9:257-306.
Malabarba, L.R. (1989) Histórico sistemático e lista comentada das espécies de peixes de água doce do Sistema da Laguna dos Patos, Rio Grande do Sul, Brasil.
Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Série Zoologia, 2(8):107-79
Malabarba, L.R. & Goettems, E.M.P. (1987). Estudos sobre a lctiofauna das lagoas de estabilização terciárias do Sitel. Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, 1987, São Paulo.
Malabarba, L.R.; Pereira, E.H.L.; Silva, J.F.P.; Bruschl JR., W. & Flores-Lopes, F.(2004). Avaliação da qualidade da água através da freqüência de anomalias morfológicas em peixes: estudo de caso do lago Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, Série Zoologia, 17(2):97-128.
Malabarba, L.R. & Reis, R.E. (1987). Manual de técnicas para a preparação de coleções zoológicas: n. 36 - Peixes. Campinas: Sociedade Brasileira de Zoologia.
Morandi, I.C. & Bringhenti, M.L. (1997). Qualidade das águas do rio Gravataí. Porto Alegre: DMAE.
Reis, R.E.; Kullander, O. & Ferraris JR, C.J. (200'.3). Check list of the freshwater fish of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS.
Sanders, R.E.; Miltner, R.J.; Yoder, e.o. & Rankin, E.T. (1999). The use of externai deformities, erosion, lesions, and tumors (DELT anomalies) in fish assemblages for characterizing aquatic resources: a case study of seven Ohio streams. ln: Simon T.P. (Ed.). Assessing the sustainability and biological integrity of water resources using fish communities. New York: Boca Raton. p.225- 48.
Sindermann, C.J. (1990). Principal diseases of marine fish and shellfish. 2nd ed. London: Academic Press. v.1.
Schulz, U.U. & Martins-Junior, H. (2001). Astyanax fasciatus as bioindicators of water pollution of rio dos Sinos, RS, Brazil. Brazilian Journal of Biology, 61(4):615- 22.
van Der Oost, R.; Goksoyr, A.; Celander, M.; Heida, H. & Vermeulen, N.P.E. (1996). Biomonitoring of aquatic pollution with feral eel (Anguilla anguilla). li. Biomarkers: pollution-induced biochemical responses. Aquatic Toxicology, 36(3-4):189-205.
