Entomofauna capturada em armadilha para dípteros na Reserva Biológica do Tinguá, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro
Palabras clave:
Armadilha para dípteros, Biodiversidade, Conservação, Efeito de borda, Mata AtlãnticaResumen
A utilização de sardinha como isca pode atrair uma grande variedade de insetos. Objetivou-se avaliar a diversidade de insetos associados a uma armadilha tipicamente utilizada para a captura de dípteros muscoides na Reserva Biológica do Tinguá, em 4 pontos de coleta; avaliar a influência das variáveis ambientais (temperatura, precipitação e umidade relativa do ar) na abundância dos insetos, e realizar análises faunísticas para comparar a entomofauna nos diferentes pontos. Durante dois anos, foram realizadas oito coletas sazonais por meio de armadilhas contendo sardinha, expostas por 48 horas, em diferentes pontos: A, na borda da mata; B, C e D, localizados a 1.000, 500 e 2.000 metros de distância, no sentido do interior da mata, respectivamente. Além da ordem Diptera, 223 insetos foram capturados, dos 118 (52,68%) integrantes da ordem Coleoptera, 63 (54,78%) pertenciam à família Staphylinidae, 16 (13,91%), à família Histeridae, 14 (12,17%), à família Cryptophagidae, 13 (11,30%), à família Silphidae, e as famílias Scarabaeidae e Nitidulidae tiveram 6 integrantes (5,22%) coletados cada uma. Dos 99 indivíduos (44,20%) da ordem Hymenoptera, 89 (89,90%) eram da família Vespidae, 9 (9,09%), da família Apidae, e 1 (1,01%), da família Formicidae. Seis (2,68%) integrantes da ordem Orthoptera foram coletados: 4 (66,67%) da família Tettigoniidae e outros 2 (33,33%) da família Gryllacrididae. A curva de rarefação indicou que a amostragem foi suficiente para atingir o número de famílias da comunidade. As variáveis ambientais não influenciaram a abundância das famílias capturadas, no entanto as estações primavera e inverno apresentaram maiores índices de captura.
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