Fenologia da floração de espécies lenhosas em área em processo de restauração em Araras, São Paulo
Palabras clave:
Fenologia, Florescimento, SincronismoResumen
Os principais objetivos da restauração florestal estão relacionados à conservação da fauna e da flora e suas respectivas interações, por isso o monitoramento e a avaliação de projetos de restauração tornam-se muito importantes. As principais formas de avaliação desses projetos utilizam padrões estruturais, mas padrões funcionais devem ser considerados. Informações fenológicas em projetos de restauração estão relacionadas a padrões funcionais, por isso o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento da fenofase de floração de 8 espécies lenhosas de uma área em processo de restauração com 3 anos de idade localizada no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de São Carlos, São Paulo. Para isso, foram utilizados índices de atividade e de intensidade para fazer inferência sobre a ocorrência e a disponibilidade de recursos florais. Foram observados todos os indivíduos de 7 espécies plantadas e 18 indivíduos de uma espécie regenerante, em uma área de um hectare, no período entre janeiro e dezembro de 2011. O período de floração com maior sincronismo e intensidade entre as espécies plantadas foi de janeiro a março, na estação mais quente e úmida do ano. Nos meses mais frios e secos, a espécie Solanum lycocarpum foi importante para manutenção de flores na área. Conclui-se que ainda é necessária maior diversidade de espécies lenhosas com flores nesse período para ocorrer sequência na floração durante todo o ano, e assim disponibilizar recursos florais continuamente.
Descargas
Citas
Arruda, R.; Florencio, C.; Figueiredo, R.A. & Lima, M. (2009). Composição e fenologia de espécies herbáceas nativas em reflorestamento heterogêneo. Revista Floresta, 39(3):52 5-33.
Bencke, C.S.C. & Morellato, L.P.C. (2002) Estudo comparativo da fenologia de nove espécies arbóreas em três tipos de floresta atlãntica no sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 25(2):237-48
Brancalion, P.H.; Rodrigues, R.R.; Gandolfi, S; Kageyama, P.Y; Nave, A.G.; Gandara, F.B., et ai. (201 O). Instrumentos legais podem contribuir para a restauração de florestas tropicais biodiversas. Revista Árvore, 34(3):455-70.
Carvalho, P E.R (1994). Espécies florestais brasileiras: recomendações silviculturais, potencia/idades e uso da madeira. Brasília: Embrapa.
Damasceno, A.C.F. (2005). Macrofauna edáfica, regeneração natural de espécies arbóreas, lianas e epífitas em florestas em processo de restauração com diferentes idades no Pontal do Paranapanema. Dissertação em Recursos Florestais, Universidade de São Paulo.
Fragoso, F.P. (2009). A entomofauna visitante floral de espécies arbóreas da floresta da USP-RP, área de restauração de Mata Estacionai Semidecidua Dissertação em Entomologia, Universidade de São Paulo.
Frankie, G.N.; Baker, H. & Opler, P.A. (1974). Comparative phonological studies of trees in tropical wet and dry forests in the lowlands of Costa Rica. Journal of Ecology, 62 881-913.
Fournier, L.A. (1974). Un método cuantitativo para la medición de características fenológicas em árbores. Turrialba, 24(4):422-23.
Gandolfi, S.; Belloto, A. & Rodrigues, R.R. (2009). Inserção do conceito de grupos funcionais na restauração, baseada no conhecimento da biologia das espécies ln: Rodrigues, R.R.; Brancalion, P.H.S. & lsernhagen, 1. Pacto pela restauração da Mata Atlântica: referencial dos conceitos e ações de restauração florestal. São Paulo: LERF.
Homen, M.N.G. (2011). Padrões fenológicos em ecossistemas em processo de restauração e em fragmento florestal vizinho. Dissertação em Ciência Florestal, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu.
Knowles, O.H. & Parrotta, J.A. (1995). Amazonian forest restoration: An innovative system for native species selection based on phenological data and field perfQrmance índices. Commonwealth Forestry Review, 74(3) 230-43.
Lenzi, M. & Orth, A. 1. (2004). Fenologia reprodutiva, morfologia e biologia floral de Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae), em restinga da Ilha de Santa Catarina, Brasil. Revista Biotemas, 17(2) 67-89.
Lieth, H. (1974). Purpose of a phenology book. ln: Lieth, H. Phenology and seasonality modeling. Berlin: Springer.
Longcore, T. (2003). Terrestrial arthropods as indicators of ecological restoration success in coastal sage scrub (California, USA). Restoration Ecology, 11(4):397-409.
Machado, M.R.; Pinã-Rodrigues, F.C.M: & Pereira, M.G. (2008). Produção de serrapilheira como indicador de recuperação em plantio adensado de revegetação. Revista Árvore, 32(1;:143-51.
Mantovani, M.; Ruschel, A.R.; Reis, M.S.; Puchalski, A. & Nodari, R.O. (2003). Fenologia reprodutiva de espécies arbóreas em uma formação secundária a Floresta Atlântica. Revista Árvore, 27(4):451-58.
Mello, A.C.G.; Miranda, D.L.C. & Duringan, G. (2007) Cobertura de copas como indicador de desenvolvimento estrutural de reflorestamentos de restauração de matas ciliares no médio vale do Paranapanema, SP, Brasil. Revista Árvore, 31 (2):321-8.
Moraes, L.F.D., Assumpção, J.M.; Pereira, T.S. & Luchiari, C. (2006). Manual técnico para a restauração de áreas degradadas no estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Morellato, L.P.C. & Leitão-F ilho, H.F. (1990) Estratégias fenológicas de espécies arbóreas em floresta mesófila na Serra do Japi, Jundiaí, São Paulo. Revista Brasileira de Biologia, 50(1 ): 163-73.
Morellato, L.P.C. & Leitão-Filho, H.F. (1992). Padrões de frutificação e dispersão na Serra do Japi. ln: Morellato, L.P.C. História natural da Serra do Japi: ecologia e preservação de uma área florestal no Sudeste do Brasil. Campinas: Unicamp.
Moura, T.M.; Xavier, G.C. & Chaves, U. (201 O) Cqrrelação entre floração, frutificação e variáveis ambientais em Solanum lycocarpum. A. St. • Hil, Solanaceae. Bioscience Journal, 26(3):457-62.
Newstrom, L.E.;· Frankie, G.W.; Baker, H.G. & Colwell, R.K. (1994). Diversity of long-term flowering patterns. ln: McDade, L.A.; Bawa, K.S.; Hespenheide, H.E. & Hartshorn, G .S. La selva: Eco/Ógy and natural history of a neotropical rain forest. Chicago: University Chicago.
Oliveira-Filho, A.T. & Oliveira, L.C.A. (1988) Biologia floral de uma população de Solanum lycocarpum em Lavras, MG. Revista Brasileira de Botânica, 11 (112):23-32.
Passos, L. C. (1995). Feno/agia, polinização e reprodução de duas espécies de Croton•(Euphorbiaceae) em mata semidecídua. Campinas: Unicamp.
Rodrigues, RS.; Flores, A.S.; Miotto, S.T.S. & Baptista, L.R.M. (2005). O gênero Senna (Leguminosae, Caesalpinioideae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botãnica Brasilica, 19(1) 1-16
Santos, L.W; Coelho, M.F.B. & Pirani, F.R. ( 2009). Phenology of Lafoensia pacari A. St.-Hil. (Lythraceae) in Barra do Garças, Mato Grosso State, Brazil. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 11 ( 1 ): 12-7.
Talora, D.C. & Morellato, L.P.C. (2000). Fenologia de espécies arbóreas em floresta de planície litorânea do sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, 23(1 ): 13-26.
Van Schaik, C.P; Terborgh, J.W. & Wright, S.J. (1993) The phenology of tropical forest: Adaptative significance and consequences of consumers. Annua/ Review of Ecology and Systematics, 24:353-77.
Vilares, A.S.; São José, A.R.; Rebouças, T.N.H. & Souza, I.V.B. (1992). Estudo da biologia floral de urucuzeiro (Búca ore/fana L.). Revista Brasileira de Corantes Naturais, 1(1):101-5.
Wolowski, M. & Freitas, L. (201 O). Sistema reprodutivo e polinização de Senna multijuga (Fabaceae) em Mata Atlântica Montana. Rodriguésia, 61(2):167-79.
Zamith, L.R. & Scarano, F.R. (2004). Produção de mudas de espécies das Restingas do município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta Botânica Brasilica, 18(1):161-76.
