Considerações sobre as relações entre a análise de citação e a pesquisa científica colaborativa

Autores

  • Márcia de Oliveira Teixeira
  • Carlos José Saldanha Machado
  • Ana Tereza Pinto Filipecki
  • Lia Hasenclever
  • Helena Espellet Klein

Palavras-chave:

pesquisa colaborativa, pesquisa científica, produtividade, cienciometria, estatísticas da ciência

Resumo

Agências de fomento governamentais e organismos internacionais estimulam programas de pesquisas científicas colaborativas. E um dos principais argumentos são os seus benefícios para o aumento da produtividade científica. Segundo a literatura especializada, as colaborações científicas, ao fortalecerem as dimensões multi e interdisciplinar, potencializam o incremento da produção de inovações técnico-científicas em diferentes setores. Assim se deu o crescimento do interesse nos indicadores de produtividade das colaborações, sendo os mais difundidos apoiados na análise da citação. Todavia até que ponto as medições baseadas nessa análise nos permitem dimensionar os efeitos das colaborações científicas na produção e no conteúdo de conhecimentos científicos? O objetivo deste trabalho é discutir os limites da análise da citação para a avaliação de iniciativas de pesquisa científica colaborativa, a partir da revisão de proposições da literatura especializada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BEAVER, D.B. Refletions on scientific collaboration (and its study): past, present and future. Scientometrics, v.52, n.3, p. 365-377, 2001.

BEAVER, D. de B.: a step beyond collaboration. George Sarton centennial, Communication and Cognition, Ghent, Belgium: p.449-452.1984. Disponível em:<http://www.akademiai.com/index/FA5LNKLHDKGD7X77.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2009.

BOZEMAN, B, BOARDMAN, C. Research and technology collaboration and linkages: implications from two U.S. case studies. In: REPORT to Council of Science and Technology Advisors (CSTA) Study on Federal S&T Linkages. 2003.

CARRINGTON, P., SCOTT, J., WASSERMAN, S. Models and methods in social network analysis. New York: Cambridge University Press, 2007.

CERTEAU, Michel A invenção do cotidiano. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

CHOMPALOV, I.; SHRUM, W. Institutional collaboration in science: a typology of technological practice. Science, Technology, & Human Values, v. 24, n.3, p. 338, 372, 1999.

CUMMINGS, J.; KIESLER, S. Collaborative research across disciplinary and organizational boundaries. Social Studies of Science, v.35, n.5, p.703-722, 2005.

D’AMOUR, D. et al. The conceptual basis for interprofessional collaboration: core concepts and theoretical frameworks. Journal of Interprofessional Care, suppl.1, p.116-131, 2005.

FRAME, J. D. Problems in the use of literature-based S&T indicators in developing countries In: MORITA-LOU, H. (org). Science and technology indicators for development. Boulder : Westview Press, 1985. p.117-122.

GODIN, B. A cultura dos números: as origens e o desenvolvimento da estatística na ciência. RECIIS, v.2, n.1, p. 7-18, 2008.

GODIN, B. La science sous observation: cent ans de mesure sur les scientifiques 1906 – 2006. Québec: Ed. Les Presses de L‘Université Laval, 2005. 81 p.

HARA, N. et al. An emerging view of scientific collaboration: scientists perspectives on collaboration and factors that impact collaboration. Journal of the American Society for Information Science and Technology, v.54, n.10, p. 952-965, 2003.

KATZ, J. S.; MARTIN B. What is research collaboration? Research Policy, v.26, p.1-8, 1997.

KATZ, J.S.; MARTIN B. What is research collaboration? Report. Science Policy and Research Evaluation Group. ESRC Centre for Science, Technology, Energy and Environment Policy. Science Policy Research Unit. University of Sussex. Falmer, Brighton. BN1 9RF, UK. 1995. Disponível em: <http://www.sussex.ac.uk/Users/

sylvank/pubs/Res_col9.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2009.

KNOBEN J.; OERLEMANS, L.A.G. Proximity and interorganizational collaboration: a literature review. International Journal of Management Reviews, v.8, n.2, p. 71–89, 2006.

KNORR-CETINA, K. Epistemic cultures: how the sciences make knowledge. Cambridge: Harvard University Press, 1999.

KNORR-CETINA, K. The manufacture of knowledge: an essay on the constructivist and contextual nature of science. Oxford : Pergamon, 1981.

LARSEN, K. Knowledge network hubs and measures of research impact, science structure and publication output in nanostructured solar cell research. Scientometrics, v.74, n.1, p. 123-142, 2008.

LATOUR, B.;WOOLGAR, S. Laboratory life: the construction of scientific facts. 2. ed. Princeton : Princeton University Press, 1986.

LAW, J. Organizing modernity. Oxford : Blackwell, 1994.

LEYDESDORFF, L. The challenge of scientometrics: the development, measurement and self-organization of scientific communications. [S.l.]: Universal Publishers, 2001.

LONGO W. P.; OLIVEIRA A. R. P. Pesquisa cooperativa e centros de excelência. Parcerias Estratégicas, v.9, p.129-144, 2000.

MACHADO, C.J.S. ; TEIXEIRA M.O. Descoberta, invenção e inovação segundo os estudos sociais anglo-saxões e europeus das ciências. DataGramaZero, v. 8, n.2, 2007 Disponível em: http://www.dgz.org.br/abr07/Art_03.htm. 2007. Acesso em: 27 ago. 2009.

MACHADO, C.J.S. Tecnologia, meio ambiente e sociedade: uma introdução aos modelos teóricos. Rio de Janeiro: e-Papers, 2003.

MORITA-LOU,H. (Org.) Science and technology indicators for development. Boulder: Westview Press, 1985.

NEWMAN, M.E.J. Scientific collaboration networks I: network construction and fundamental results. Physical Review, v.64, n.1, p.1-8, 2001.

OCDE. The measurement of scientific and technical activities: proposed standard practice for survey of research experimental development. 1962. DAS/PD/62.47.

POLANCO, X. Aux sources de la scientométrie: dossier Solaris, n.2: Les sciences de l’information: bibliométrie, scientométrie, infométrie. Solaris, n. 2, 1995. Disponível em: <http://www.info.unicaen.fr/bnum/jelec/Solaris/d02/2polanco1.html.1995>. Acesso em: 27 ago. 2009.

POLANCO, X. Stanalyst: uma aplicación para nuevos estúdios bibliométricos sobre bases de datos locales. In: SEMINARIO INTERNACIONAL SOBRE INDICADORES DE CIENCIA, TECNOLOGÍA E INNOVACIÓN, 2006, Santiago. Anais. 2006.

POLANCO, X. Transformer l’information en connaissance avec Stanalyst: cadre conceptuel et modele. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, n. Esp., 2008. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1122>. Acesso em: 27 ago. 2009.

PRICE, D. J. de S.; BEAVER, D. de B. Collaboration in an invisible colleges. American Phychologist, v. 21, p.1011-1018, 1966.

SAN MARTIN-RODRIGUEZ, L. et al. The determinants of successful collaboration: a review of theoretical and empirical studies. Journal of Interprofessional Care, suppl. 1, p. 132-147, 2005.

SHRUM, W.; GENUTH, J.; CHOMPALOV, I. Structures of scientific collaboration. Cambridge: The MIT Press, 2007.

SMITH, M. The trend toward multiple authorship in Phychology. American Psychologist, v.13, p. 596-599, 1958.

SONNENWALD, D. The conceptual organization: an emergent organizational form for collaborative R&D. Science and Public Policy, v.30, n.4, p.261-272, 2003.

SUBRAMANYAM, K. Bibliometric studies of research collaboration: a review. Journal of Information Science, v.6, n.1, p.33-38, 1983.

TEIXEIRA, M. O. et al. Análise da utilização de redes cooperativas como dispositivo de uma política de desenvolvimento tecnológico de insumos em saúde: o caso do PDTIS / Fiocruz. In: JORNADAS LATINOAMERICANAS DE ESTUDIOS SOCIALES DE LA CIENCIA Y LA TECNOLOGIA – ESOCITE, 7., 2008, Rio

de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: 2008a.

TEIXEIRA, M. O. et al. Descrição e análise do uso de redes cooperativas como instrumento de coordenação da pesquisa científica em saúde. Revista Políticas Públicas, 2009a. No prelo.

TEIXEIRA, M. O. et al. Pesquisa colaborativa em saúde: considerações sobre o uso de redes cooperativas na pesquisa tecnológica em biomedicina. Revista Ciência e Saúde Coletiva, 2009b. No prelo. Disponível em: <http://www.abrasco.org.br/cienciaesaudecoletiva/artigos/artigo_int.php?id_artigo=328>.

TEIXEIRA, M. O. La science sous observation: cent ans de mesure sur lês scientifiques 1906 – 2006. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, v.2, n.1, 2008b. Disponível em: <http://www.reciis.cict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/161/155>. Acesso em: 27 ago. 2009.

TEIXEIRA, M. O. et al. Science, technology and health innovation in Brazil: an experience of re-organization of scientific work in a public research institution in biomedicine. In: CONGRESS SOCIETY FOR SOCIAL STUDIES OF SCIENCE & EUROPEAN ASSOCIATION FOR THE STUDY OF SCIENCE AND TECHNOLOGY (EASST), 4. 2008, Rotterdam. Proceedings...Roterdam, 2008c.

TEIXEIRA, M. O. et al. O uso de ferramentas de TI e a pesquisa colaborativa em saúde: análise de uma experiência local. [S.l.]: [s.n.], 2009c. Mimeografado.

VELHO, L. Como estabelecer um sistema de indicadores bibliométricos para a América Latina. [S.l.]: [s.n.], 1999. Mimeografado. Disponível em: <http://www.redhucyt.oas.org/ricyt/interior/biblioteca/2brvelho.PDF.>. Acesso em 27 ago. 2009.

WRAY, K. B. Scientific authorship in the age of collaborative research. Studies in History and Philosophy of Science, v.37, p.505-514, 2006.

Downloads

Publicado

25-11-2009

Como Citar

de Oliveira Teixeira, M. ., Saldanha Machado, C. J. ., Pinto Filipecki, A. T. ., Hasenclever, L. ., & Espellet Klein, H. . (2009). Considerações sobre as relações entre a análise de citação e a pesquisa científica colaborativa. Transinformação, 21(3). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/6240

Edição

Seção

Artigos