A patente como fonte de informação (des)necessária para a Biotecnologia em Saúde
Resumo
A biotecnologia, principalmente no âmbito da saúde, tem apresentado soluções e oportunidades para a sociedade, contribuindo
para grandes desenvolvimentos científicos. Entretanto, o acelerado avanço das pesquisas tem produzido uma intensa
quantidade de dados, em diferentes formatos, divulgados por diferentes meios e, por vezes, não utilizados adequadamente
pela comunidade científica. Nesse contexto, embora a patente tenha sido considerada uma excepcional fonte de informação
científica e tecnológica, desconhece-se como essa tipologia tem sido explorada. O presente trabalho buscou analisar como a
comunidade científica acolhe o uso de documentos de patente em seus trabalhos acadêmicos. E, para tal, analisou 556 teses/
dissertações dos programas de pós-graduação da Fundação Oswaldo Cruz. Nesse universo amostral, somente 2,87% dos
trabalhos acadêmicos citaram ao menos um documento de patente. Inequivocamente, observou-se que as patentes não são
valorizadas pela comunidade científica como fonte para obtenção de conhecimento. A não exploração desse enorme volume
de informação implica, especialmente para o Brasil, desperdício de investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação,
ao não se apreciar o que já está posto no estado da arte, culminando em pesquisas repetidas e atraso no desenvolvimento
científico e tecnológico do país. Assim, os dados alertam para a necessidade de incentivo ao uso das patentes como importante
fonte de informação para a biotecnologia em saúde.
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