Dispositivos de informação: arquivos, memórias e informação
Resumo
O artigo aborda as dinâmicas do fenômeno informação como instrumento de desenvolvimento das lógicas e dos valores
presentes nos quadros da memória, construídos e geridos no interior dos espaços arquivísticos. Para tanto, este estudo
privilegia a noção de “dispositivo” tal como elaborada na obra de Michel Foucault e uma de suas derivações como os
“dispositivos de informação”, além ainda das concepções filosóficas e sociológicas sobre a memória social e o arquivo. Os
conceitos e as noções empregadas são desenvolvidos em uma perspectiva privilegiada da inter-relação entre Ciência da
Informação, Filosofia e Ciências Sociais, permitindo perceber que o movimento entre a informação, os arquivos e as memórias, quando ativado no interior desses “dispositivos”, delineia tipos específicos de saber, poder e sujeitos submetidos
a contextos sociais, políticos e econômicos específicos. Conclui-se ao fim que a memória coletiva constitui-se como um
“dispositivo” composto de discursos de verdade, apresentado na condição de arquivo, isto é, como conjunto de regras
que facultam o emergir, em uma determinada época, de um tipo de discurso capaz de agir sobre os homens, tornando-os
sujeitos de certo conjunto de memórias.
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