A Informação Líquida

um conceito para reflexão na Ciência da Informação

Autores

Palavras-chave:

Atributos da Informação líquida, Ciência da Informação, Informação Líquida

Resumo

Esta pesquisa define, apresenta e discute a informação líquida na Ciência da Informação, assim como demonstra seus atributos diante das tecnologias da informação e comunicação. Utiliza os métodos de pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa e vasta busca bibliográfica. Como um objeto em construção, a informação líquida foi definida e seus atributos caracterizados como desafios à reflexão na Ciência da Informação. A pesquisa não objetivou trazer soluções aos problemas complexos da Ciência da Informação, mas instaurar discussões para refletir a informação nas ações da Ciência da Informação na contemporaneidade. A partir de sua definição e atributos, a informação líquida não visa fomentar dicotomias e, por isso, não é contrária ao que é material ou está em uma materialidade; ao que está sistematizado ou hierarquizado em sistemas; do conhecimento científico versus o de senso comum e à informação apenas no polo virtual e sob uso de tecnologias. Mas é favorável e propulsora de debates e práticas que rompam barreias que impeçam que a informação e a Ciência da Informação alcancem cientificidade e notoriedade social entre sujeitos da informação da pós-modernidade. Pretendeu-se constituir um corpus para os estudos da informação líquida no contexto da Ciência da Informação, assim como para a construção de seus atributos. A pesquisa e o objeto informação líquida foram apresentados como modo de reflexão para a Ciência da Informação e sua comunidade científica, e não apresenta, portanto, soluções, mas indagações e inquietações a serem pensadas e questionadas nas prerrogativas de suas práticas e escrutínio científico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Augé, M. Non-places: introduction to an anthropology of supermodernity. London: Verso, 1995.

Barthes, R. A morte do autor. São Paulo: Manteia, 1968.

Bauman, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

Bauman, Z. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

Billsus, D. et al. Adaptive interfaces for ubiquitous web access. Communications of the ACM, v. 45, n. 2, p. 3438, 2002.

Briet, S. Qu’est-ce que la documentation? Paris: EDIT, 1951.

Butterfield, A.; Ngondi, G. E.; Kerr, A. A dictionary of computer science (Oxford quick reference). United Kingdom: OUP Oxford, 2016.

Campello, B. Introdução ao controle bibliográfico. Brasília: Briquet de Lemos, 2006.

Chignard, S. A brief story of open data. Tech Review, v. 29, 2013.

Citizenscience.Gov. About citizenscience.gov. [S. l.]: Citizenscience.Gov, 2020. Disponível em: https://www. citizenscience.gov/#. Acesso em: 28 nov. 2023.

Deleuze, G.; Guattari, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.

Foresti, F.; Varvakis, G.; Vieria, A. F. G. Ubiquidade e ciência da informação. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, v. 12, n. 1, p. 191-216, 2018.

Gandomi, A.; Haider, M. Beyond the hype: big data concepts, methods, and analytics. International Journal of Information Management, v. 35, p. 137-144, 2015.

Japiassú, H.; Marcondes, D. Dicionário básico de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996.

Johnson, A. Dicionário de sociologia: guia prática da linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

Jones, W. The future of personal information management: part i: our information, always and forever. California: Morgan & Claypool Publishers, 2012.

Lacerda, F. Arquitetura da informação pervasiva: projetos de ecossistemas de informação na internet das coisas. 2015. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) –Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

Lévy, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.

Li, L. Building the ubiquitous library in the 21st century. In: World Library and Information Congress, 72., 2006, Seoul. Proceddings [...]. Seoul, IFLA, 2006. Disponível em: https://origin-archive.ifla.org/IV/ifla72/papers/140Li-en.pdf. Acesso em: 28 nov. 2023.

Mann, S. Wearable computing. Interation Design Foundation (ed.). The encyclopedia of human-computer interaction. 2th ed. United Station: Interation Design Foundation, 1998.

Marconi, M. A.; Lakatos, E. M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003.

Marquina, J. Las 10 palabras que definirán la biblioteca del futuro. Desiderata: Biblioteconomía en Espãna, v. 17, n. 4, p. 84-87, 2021.

Martinez Avila, D.; Guimarães, J. A. C. Críticas de las clasificaciones bibliográficas: universalidad, postestructuralismo y ética. Scire: Representación y Organización del Conocimiento, v. 19, n. 2, p. 21-26, 2013.

Martínez-Ávila, D.; San Segundo, R. The application of crowdsourcing and the Bazaar model to the development of library classifications: an assessment of the Open Shelves Classification. TransInformação, v. 32, e200014, 2020.

Monteiro, S. D. A organização virtual do conhecimento no ciberespaço. DataGramaZero, v. 4, n. 6, 2003.

Olson, H. A. The power to name: locating the limits of subject representation in libraries. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2002.

Olson, N.; Nolin, J. M; Nelhans, G. Semantic web, ubiquitous computing, or internet of things? A macroanalysis of scholarly.publications. Journal of Documentation, v. 71, n. 5, p. 884-916, 2015.

Open Data Handbook. Open data guide. [S. l.]: Open Data Handbook, 2020. Disponível em: http:// opendatahandbook.org. Acesso em: 12 mar. 2024.

Otlet, P. Tratado de documentação: o livro sobre o livro teoria e prática. Brasília: Briquet de Lemos/Livros, 1934.

Sales, R. Devir-rizoma: tumulto na organização e representação do conhecimento. Liinc em Revista, v. 14, n. 2, p. 259-275. 2018.

Santos, B. S. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2008.

Van Dijck, J. Confiamos nos dados? As implicações da datificação para o monitoramento social. Matrizes, v. 11, n. 1, p. 39-59, 2017.

Vicente-Saez, R.; Martinez-Fuentes, C. Open science now: a systematic literature review for an integrated definition. Journal of Business Research, v. 88, p. 428-436, 2018.

Vignoli, R. G. Informação líquida: contribuições teóricas à ciência da informação e à organização do conhecimento. 2021. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual Paulista, São Paulo, 2021.

Weinberger, D. A nova desordem digital: os novos princípios que estão reinventando os negócios, a educação, a política, a ciência e a cultura. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

Weiser, M. The computer for the 21 st century. Scientific American, p. 94-104, 1991.

Downloads

Publicado

28-02-2025

Como Citar

Vignoli, R. G. (2025). A Informação Líquida: um conceito para reflexão na Ciência da Informação. Transinformação, 37. Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/14017

Edição

Seção

Originais