Como vai, jovem arquiteto?

estudo sobre o trabalho dos arquitetos e urbanistas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a8847

Palavras-chave:

Arquiteto e Urbanista, Nova Morfologia do Trabalho , Profissão, Trabalho

Resumo

O capitalismo tem passado por mudanças que alteraram a base material e os mecanismos de controle do trabalho, fenômeno que tem sido denominado nova morfologia do trabalho. Seus reflexos no campo da arquitetura têm recebido pouca atenção do meio acadêmico. Frente a essa lacuna, a presente pesquisa questionou: que traços dessa nova morfologia se manifestam no cotidiano laboral dos jovens arquitetos? Para respondê-la, foram entrevistados 30 jovens arquitetos. A estrutura de análise das respostas foi construída a partir de cinco atributos: flexibilidade, informalidade, captura da subjetividade, impacto na saúde mental e desorganização de classe. Os resultados sugerem a penetração desses atributos no cotidiano laboral dos profissionais que, se não surgiram no atual contexto, encontraram nele terreno fértil para se expandir e justificar. Reconhecemos, entretanto, a existência de formas menos puras (ou híbridas) dessa nova morfologia entre os profissionais entrevistados.

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Publicado

2024-06-18

Como Citar

Mello, B. C. E. de, Kuhn, E. A., Rorato, G. Z., Riveiro, L. de L., & Boamar, J. Z. (2024). Como vai, jovem arquiteto? estudo sobre o trabalho dos arquitetos e urbanistas. Oculum Ensaios, 21, 1–16. https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a8847

Edição

Seção

Originais