O paradigma da cidade global e as olimpíadas do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0919v11n1a2286Palavras-chave:
Cidade global, Cidade mundial, Globalização, Megaeventos, Olimpíadas, Planejamento urbanoResumo
Considerando o atual contexto das principais cidades brasileiras, em fase de preparação para a Copa do Mundo de 2014, e do Rio de Janeiro, para as Olimpíadas de 2016 - um momento de grande relevância na história do urbanismo do nosso País -, propõe-se uma reflexão acerca de alguns importantes processos que os antecedem. Entre eles, o processo de mundialização das cidades, que vem acarretando sérias implicações no espaço urbano das metrópoles contemporâneas, com reflexos por vezes catastróficos para as populações locais. Nessa dinâmica, os megaeventos esportivos mundiais vêm desempenhando um papel catalisador de transformações urbanísticas e de projeção das suas cidades-sede no panorama político-econômico mundial, atuando, assim, como excelentes oportunidades à sua ascensão nos rankings que respaldam as redes de cidades mundiais. O presente artigo tem como objetivo estabelecer uma relação entre os diversos aspectos que determinam e influenciam a produção da cidade global e a realização dos megaeventos mundiais, relacionando-os a fatos que vêm acontecendo no âmbito da preparação das cidades brasileiras para os jogos, com foco no caso do Rio de Janeiro. Por meio da compilação de conceitos e contribuições teóricas de diversos autores, busca-se estabelecer um discurso que permita a compreensão dos reflexos da globalização da economia na produção do espaço urbano e as implicações sociais e espaciais das suas dinâmicas no contexto da preparação das cidades sede de megaeventos.
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