O CORPO COMO LINGUAGEM E A LINGUAGEM DOS SINAIS
Palavras-chave:
Homeopatia, Biomedicina, Adoecer humano, Corporalidade, Representações SociaisResumo
Este artigo versa sobre a complexidade do adoecer humano por meio do pensamento homeopático nas suas relações com o pensamento analógico, na cidade de Piracicaba, interior paulista. Como uma especialização médica, a Homeopatia apresenta sua problemática interpretando as doenças de acordo com três níveis de relações causais: naturais, sociais e cosmológicas, tais como o fazem outros modelos cognitivos como a Antropologia da Saúde (americana) e a Antropologia da Doença (francesa). A complexa questão da causalidade das doenças e dos sofrimentos encontra, nestas teorias e também na Homeopatia, a conexão a uma lógica de conjunção constante (propriedades vibracionais para a Homeopatia), que se difere do dualismo cartesiano presente no modelo biomédico.
Referências
ALMEIDA, M. C. Complexidade, do casulo à borboleta. In: CASTRO, G., CARVALHO, E. A. e ALMEIDA, M. C. (Org.) Ensaios de complexidade. Porto Alegre: Sulina, 1997.
AMORIM, M. Uma sincronicidade para cura. Rio de Janeiro: Hipocampo, 2000.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS. Manual de normas técnicas para farmácia homeopática. São Paulo, 1995.
AUGÉ, M. (org.). A construção do mundo. São Paulo: Edições 70, 1974.
BERGEL, R. Conceito de homeopatia unicista, alternista, pluralista, complexista. In: NASSIF, R. G. (Org.). Compêndio de homeopatia. Robe Editorial: 1997.
BUCHILLET, D. A antropologia da doença e os sistemas oficiais de saúde. Medicinas tradicionais e política de saúde na Amazônia. Belém do Pará: CEJUP, MPEG/UEP, 1991.
BURKHARD, G. As forças zodiacais. São Paulo: Antroposófica, 1987.
CANESQUI, A. M. (org.). Ciências sociais e saúde para o ensino médico. São Paulo: Hucitec/ Fapesp, 2000.
CAPRA, F. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix, 1982.
CARVALHO, J. C. P. Energia, símbolo e magia: uma contribuição à antropologia do imaginário. São Paulo, 1984. (Tese Doutoramento) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1984.
DANTAS, F. O que é homeopatia. São Paulo: Brasiliense, 1982.
DETHLEFSEN, T. e DAHLKE, R. A doença como caminho. São Paulo: Cultrix, 1983.
DURAND, G. As estruturas antropológicas do imaginário. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
DURAND, G. Science de l’homme & tradition. Paris: Tete de Feuilles, 1975.
GERBER, R. Medicina vibracional. São Paulo: Cultrix, 1999.
GODELIER, M. Horizontes da antropologia. Lisboa: Perspectivas do Homem, 1977.
GODELIER, M. Godelier: antropologia. In: CARVALHO, E. A. (org.). São Paulo: Ática, 1981.
HAHNEMANN, S. Exposição da doutrina homeopática ou organon da arte de curar. São Paulo: Bernoit Mure, 1984.
HAHNEMANN, S. Doenças crônicas: sua natureza peculiar e sua cura homeopática. São Paulo: Bernoit Mure, 1984.
IBÁÑEZ, N. ; MARSIGLIA, R. Medicina e saúde: um enfoque histórico. In: CANESQUI, A. M. (org.). Ciências sociais e saúde para o ensino médico. São Paulo: Hucitec/ Fapesp, 2000.
KENT, J. T. Filosofia homeopática. Buenos Aires: Albatros, 1993.
LALLEMAND, S. Cosmologia, Cosmogonia. In: AUGÉ, M. (org.). A construção do mundo. (Religião, Representações, Ideologia). São Paulo: Edições 70, 1974.
LANGDON, E. J. A doença como experiência: a construção da doença e seu desafio para a prática médica. Palestra oferecida na Conferência 30 Anos Xingu, Escola Paulista de Medicina, São Paulo, 1995.
LAPLANTINE, F. Antropologia da doença. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
LÉVI-STRAUSS, C. O pensamento selvagem. Rio de Janeiro: Nacional, 1970.
LÉVI-STRAUSS, C. A eficácia simbólica. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.
LÉVI-STRAUSS, C. Natureza e cultura. As estruturas elementares do parentesco. Petrópolis: Vozes, 1976.
LUZ, T. M. A arte de curar versus a ciência das doenças: história social da homeopatia no Brasil. São Paulo: Dynamis, 1996.
LUZ, T. M. Natural, racional, social: razão médica e racionalidade científica moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1988.
LUZ, T. M. Medicina e racionalidades médicas: estudo comparativo da medicina ocidental, contemporânea, homeopática, tradicional chinesa e ayuvérdica. Ciências sociais e saúde para o ensino médico. In: CANESQUI, A. M. (org.). São Paulo: Hucitec/Fapesp, 2000.
MANSUR, J. C. La unión cuerpo y alma desde el lenguaje analógico. In: XIV Congresso Interamericano de Filosofia, IX Congresso de la Associação Filosófica de México, I Colóquio Internacional de Estética, México, 2000.
MAUSS, M. A. Sociologia e antropologia. São Paulo: EPU, Edusp, 1974.
MORIN, E. O paradigma perdido. Portugal: Publicações Europa-América, 1973.
MORIN, E. O homem e a morte. Portugal: Publicações Europa-América, 1970.
MORIN, E. Complexidade e ética da solidariedade. In: CASTRO, G.; CARVALHO, E. A. ; Os sete saberes necessários á educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000.
ALMEIDA, M. C. (Org.) Ensaios de complexidade. Porto Alegre: Sulina, 1997.
NOVAES, R. L. O tempo e a ordem: sobre a homeopatia. São Paulo: Abrasco, 1989.
OLIVEIRA, E. R. Representações sociais sobre doenças: os magos da ciência e os cientistas da magia. In: BOTAZZO, C.; FREITAS, S. F. T.(Org.) Ciências sociais e saúde bucal: questões e perspectivas. São Paulo: Edunesp; Bauru: Edusc, 1998.
OLIVEIRA, R.C. Mauss. São Paulo: Ática, 1979.
PERES, S. M. P. A homeopatia, o mana e a rátio hermética. Política & Trabalho. Ano 20, n.21. João Pessoa: PPGS – UFPB, 2004.
PERES, S. M. Homeopatia e Pensamento analógico. Dissertação de mestrado em ciências sociais - UNESP - Araraquara, 2003.
ROSENBAUM, P. Homeopatia e vitalismo. Um ensaio acerca da animação da vida. São Paulo: Robe Editorial, 1996.
ROSENBAUM, P. Miasmas. Saúde e enfermidade na prática clínica homeopática. São Paulo: Roca, 1998.
SANANÉS, R. Lenguaje del cuerpo y homeopatia. Barcelona: Urano, 1990.
SONTAG, S. A doença como metáfora. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
WILBER, K. (org.). O paradigma holográfico e outros paradoxos. São Paulo: Cultrix, 2001. ZÉMPLÉNI, A. A “Doença” e suas “Causas”. Cadernos
de campo, 1994.