O olhar de meninos de grupos populares sobre a família
Palavras-chave:
Crianças, Família, Desenhos de figuras humanasResumo
O presente estudo objetivou investigar a forma como meninos pertencentes a grupos populares representam suas famílias. Com esse intuito, realizou-se um estudo qualitativo com a aplicação da técnica do desenho-estória. Participaram do estudo seis meninos, com idade entre oito e doze anos incompletos. A avaliação dos dados coletados deu-se por meio de análise de conteúdo. Os resultados mostram que os meninos têm uma percepção interna de família idealizada, que não corresponde à família real. A figura da mãe recebeu um investimento maior quando comparada com os demais membros da família. Por outro lado, o pai não recebeu igual destaque, figurando da mesma forma que outros integrantes do grupo familiar, apontando uma posição fragilizada da figura paterna. Também se fizeram presentes alguns membros da família extensa, indicando a importância destes na organização e no funcionamento das famílias de grupos populares.
Downloads
Referências
Amazonas, M. C. L. A., Damasceno, P. R., Terto, L. M. S., & Silva, R. R. (2003). Arranjos familiares de crianças das camadas populares. Psicologia em Estudo, 8 (Esp.), 11-20. Recuperado em novembro 5, 2009, disponível em <http://www.scielo.br>. doi: 10.1590/S1413-73722003000300003>.
Arpini, D. M. (2003). Violência e exclusão: adolescência em grupos populares. Bauru: EDUSC.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Brito, L. M. T. (2007). Família pós-divórcio: a visão dos filhos. Psicologia Ciência e Profissão, 27 (1), 32-45.
Cupolillo, M. V., Costa, A. O. B., & Paula, J. T. S. (2001). Os avós como suporte na criação dos netos. In S. M. G. Sousa & I. Rizzini (Coords.), Desenhos de família: criando os filhos: a família goianiense e os elos parentais (pp.117-135). Goiânia: Cânone Editorial.
Fontanella, B. J. B., Ricas, J., & Turato, E. R. (2008). Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cadernos de Saúde Pública, 24 (1), 17-27.
Goldani, A. M. (1994). As famílias brasileiras: mudanças e perspectivas. Cadernos de Pesquisa, 91, 7-22.
Grisard Filho, W. (2003). Famílias reconstituídas: breve introdução ao estudo. In G. C. Groeninga & R. C. Pereira. Direito de família e psicanálise: rumo a uma nova epistemologia (pp.255-268). Rio de Janeiro: Imago.
Grzybowski, L. S. (2002). Famílias monoparentais: mulheres divorciadas chefes de família. In A. Wagner (Coord.), Família em cena: tramas, dramas e transformações (pp.39-53). Petrópolis: Vozes.
Monteiro, L. P., & Cardoso, N. A. (2001). Família e criação dos filhos. In S. M. G. Sousa & I. Rizzini (Coords.), Desenhos de família: criando os filhos: a família goianiense e os elos parentais (pp.95-115). Goiânia: Cânone Editorial.
Moreira, L. V. C., Rabinovich, E. P., & Silva, C. N. (2009). Olhares de crianças baianas sobre família. Paidéia, 19 (42), 77-85.
Neder, G. (1994). Ajustando o foco das lentes: um novo olhar sobre a organização das famílias no Brasil. In S. M. Kaloustian (Org.), Família brasileira, a base de tudo (pp.26-46). São Paulo: Cortez.
Oliveira, D. S., Rabuske, M. M., & Arpini, D. M. (2007). Práticas de educação: relato de mães usuárias de um serviço público de saúde. Psicologia em Estudo, 12 (2), 351-361.
Oliveira, D., Siqueira, A. C., Dell’Aglio, D. D., & Lopes, R. C. S. (2008). Impacto das configurações familiares no desenvolvimento de crianças e adolescentes: uma revisão da produção científica. Interação em Psicologia, 12 (1), 87-98.
Palma, R. (2001). Famílias monoparentais. Rio de Janeiro: Forense.
Peres, V. L. A. (2001). Concepção de família em população de periferia urbana. In S. M. G. Sousa (Org.), Infância, adolescência e família (pp.217-230). Goiânia: Cânone Editorial.
Rabinovich, E. P., & Moreira, L. V. C. (2008). Significados de família para crianças paulistas. Psicologia em Estudo, 13 (3), 447-455. Recuperado em novembro 5, 2009, disponível em <http://www.scielo.br>. doi: 10.1590/S1413-73722008000300005.
Romanelli, G. (2002). Autoridade e poder na família. In M. C. B. Carvalho (Org.), A família contemporânea em debate (pp.73-88). São Paulo: Cortez.
Roudinesco, E. (2003). A família em desordem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
Sarti, C. (1994). A família como ordem moral. Cadernos de Pesquisa, 91, 46-53.
Sarti, C. (2005). A família como espelho: um estudo sobre a moral dos pobres (3ª ed.). São Paulo: Cortez.
Silveira, S. C. (2002). Família é para todos?: A perspectiva de meninos institucionalizados. In A. Wagner (Coord.), Família em cena: tramas, dramas e transformações (pp.54-74). Petrópolis: Vozes.
Trinca, W., & Tardivo, L. (2002). Desenvolvimentos do processo de desenhos-estórias (D-E). In J. A. Cunha. Psicodiagnóstico: V (pp.428-438). Porto Alegre: Artmed.
Wagner, A., & Levandowski, D. C. (2008). Sentir-se bem em família: um desafio frente à diversidade. Revista Textos & Contextos, 7 (1), 88-97.
Wagner, A., Predebon, J., & Falcke, D. (2005). Transgeracionalidade e educação: com se perpetua a família? In A. Wagner (Coord.), Como se perpetua a família?: a transmissão dos modelos familiares (pp.93-105). Porto Alegre: EDIPUCRS.
Winnicott, D. W. (2000). Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago Ed. (Originalmente publicado em 1958).
Winnicott, D. W. (2005). Tudo começa em casa (4ª ed.) São Paulo: Martins Fontes.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Rodrigo Gabbi POLLI, Dorian Mônica ARPINI
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.