Acompanhamento presencial e à distância para o tratamento da enurese noturna com alarme

Autores

  • Rodrigo Fernando PEREIRA Universidade de São Paulo, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica.
  • Yasmin Spaolonzi DAIBS Universidade Presbiteriana Mackenzie, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
  • Paula Ferreira BRAGA Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Instituto de Psicologia, Programa de Psicologia Experimental
  • Edwiges Ferreira de Mattos SILVARES Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Instituto de Psicologia, Programa de Psicologia Experimental.

Palavras-chave:

Adolescente, Criança, Enurese, Tratamento

Resumo

A enurese é definida como a micção normal que ocorre durante o sono. Para o seu diagnóstico, são necessárias a idade mínima de cinco anos e frequência de pelo menos um episódio por mês. As causas mais consensuais são a poliúria noturna, dificuldades em despertar e a hiperatividade detrusora. O objetivo deste trabalho foi comparar crianças e adolescentes enuréticos que se submeteram ao tratamento com alarme, divididas entre dois protocolos de tratamento: presencial e à distância. Participaram do trabalho 61 crianças e adolescentes com idades entre seis e 17 anos e suas famílias. Todos participaram de duas sessões presenciais nas quais foram fornecidas informações sobre a enurese e o tratamento baseado no programa de espectro total. Os participantes foram alocados randomicamente entre protocolos de acompanhamento presencial (n=27) e à distância (n=34). Verificou-se que as crianças e adolescentes acompanhados à distância apresentam resultado comparável ao relatado na literatura, sendo uma alternativa viável ao acompanhamento presencial.

 

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Publicado

2012-06-30

Como Citar

PEREIRA, R. F., DAIBS, Y. S., BRAGA, P. F. ., & SILVARES, E. F. de M. (2012). Acompanhamento presencial e à distância para o tratamento da enurese noturna com alarme. Estudos De Psicologia, 29(2). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8764