Caracterização sociodemográfica de usuários de Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil do estado de São Paulo

Autores

  • Ana Cecília Andrade de Moraes WEINTRAUB Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, Laboratório de Saúde Mental Coletiva
  • Michelle de Sousa VASCONCELLOS Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, Laboratório de Saúde Mental Coletiva
  • Isabella Teixeira BASTOS Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, Laboratório de Saúde Mental Coletiva
  • Felipe Lessa da FONSECA Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, Laboratório de Saúde Mental Coletiva
  • Alberto Olavo Advíncula REIS Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública, Laboratório de Saúde Mental Coletiva

Palavras-chave:

Adolescentes, Crianças, Infantojuvenil, Serviços de saúde mental, Perfil sociodemográfico

Resumo

Os Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil são dispositivos de tratamento para transtornos mentais severos e persistentes em crianças e adolescentes. O artigo descreve características sociodemográficas de usuários destes centros, entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009, no Estado de São Paulo. Foram coletados dados de prontuários ativos selecionados aleatoriamente em 19 Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil do Estado. As características analisadas originaram-se de quatro grupos de variáveis: identificação, moradia, estrutura familiar e escolaridade e ocupação. Os resultados apontaram para uma maior concentração de usuários de 10 a 14 anos de idade; prevalência do sexo masculino; tendência para arranjos familiares nucleares (45%), cuidado predominantemente materno (57%) e grande frequência de usuários em escola regular (86%). Foi identificado um perfil de usuário definido com diferenças de frequência relacionadas ao sexo, inserido na escola regular e/ou em outros tipos de instituições, bem como partilhando da convivência de uma família nuclear, especialmente contando com o cuidado materno

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida Filho, N. (1982). Estudos de prevalência de desordens mentais na infância em uma zona urbana de Salvador. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 31(4), 225-236.

Assis, S. G., Avanci J. Q., & Oliveira R. V. C. (2009). Desigualdades sócio-econômicas e saúde mental infantil. Revista de Saúde Pública, 43(1), 92-100.

Assis, S. G., Pires, T., Pesce, R. P., Avanci, J. Q., & Oliveira, R. V. C. (2011). Socioeconomic development, family income, and psychosocial risk factors: A study of families with children in public elementary schools. Cadernos de Saúde Pública, 27(2), S209-S221.

Brasil. Ministério da Saúde. (2004). Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial. Brasília: MS.

Brasil. Ministério da Saúde. (2008). Números de centros de atenção psicossocial por tipo e UF e indicador CAPS/100.000 habitantes. Brasília: MS.

Couto, M. C. V., Duarte, C. S., & Delgado, P. G. G. (2008). A saúde mental infantil na saúde pública brasileira: situação atual e desafios. Revista Brasileira de Psiquiatria, 30(4), 384-389.

Crivelatti, M. M. B., Durman, S., & Hofstatter, L. M. (2006). Sofrimento psíquico na adolescência. Texto e Contexto: Enfermagem, 15(Esp.), 64-70.

Delfini, P. S. S., Dombi-Barbosa, C., Fonseca, F. L., Tavares, C. M., & Reis, A. O. A. (2009). Perfil dos usuários de um centro de atenção psicossocial infanto-juvenil da grande São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 19(2), 226-236.

Ferriolli, S. H. T., Marturano E. M., & Puntel, L. P. (2007). Contexto familiar e problemas de saúde mental infantil no Programa Saúde da Família. Revista de Saúde Pública, 41(2), 251-259.

Figueiredo, W. (2005). Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção primária. Ciência e Saúde Coletiva, 10(1), 105-109.

Golfeto, J. H., & Ribeiro, M. V. M. (1984). Epidemiologia em psiquiatria infantil: um estudo de 295 casos. Neurobiologia, 47(2), 71-90.

Hoffmann, M. C. C. L., Santos, D. N., & Mota, E. L. A. (2008). Caracterização dos usuários e dos serviços prestados por Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil. Cadernos de Saúde Pública, 24(3), 633-642.

Kupfer, M. C. M., Jerusalinsky, A. N., Bernardino, L. M. F., Wanderley, D., Rocha, P. S. B., Molina, S. E., et al. (2010).

Predictive values of clinical risk indicators in child development: final results of a study based on psychoanalytic theory. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 13(1), 31-52.

Lancetti, A., & Amarante, P. (2008). Saúde mental e saúde coletiva. In G. W. S. Campos, M. C. S. Minayo, M. D. Akerman, M. Drumond Jr & Y. M. Carvalho (Orgs), Tratado de saúde coletiva (2ª ed., p.615-634). São Paulo: Hucitec.

Lauridsen, E. P. P., & Tanaka, O. Y. (2005). Problemas de saúde mental das crianças: abordagens na atenção básica. São Paulo: Annablume.

Organização Mundial da Saúde. (2002). Relatório mundial da saúde 2001: saúde mental: nova concepção, nova esperança. Lisboa: OMS.

Pereira, A. T. S., Noronha, J., Cordeiro, H., Dain, S., Pereira, T. R., & Cunha, F.T.S. (2008). O uso do prontuário familiar como indicador de qualidade da atenção nas unidades básicas de saúde. Cadernos de Saúde Pública, 24(1),123-133.

Pinto, R. C. M., & Vansan, G. A. (1994). Aspectos epidemiológicos em psiquiatria infanto-juvenil. Neurobiologia, 57(2), 53-62.

Pires, T. O., Silva, C. M. F. P., & Assis, S. G. (2012). Ambiente familiar e transtorno de défict de atenção e hiperatividade. Revista de Saúde Pública, 46(4), 624-632. Recuperado em julho 31, 2012, disponível em .

Prado, S. R. L. A., & Fujimori, E. (2006). Registro em prontuário de crianças e a prática da integralidade. Revista Brasileira de Enfermagem, 59(1), 67-71.

Reis, A. O., Dombi-Barbosa, C., Bertolino Neto, M. M. B., Prates, M. M. L., Delfini, P. S. S., & Fonseca, F. L. (2009). Prontuários, para que servem? Representação dos coordenadores de equipe dos CAPSi a respeito do valor e da utilidade dos prontuários. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 19(3), 383-392.

Romero, D., & Cunha, C. B. (2006). Avaliação da qualidade das variáveis sócio-econômicas e demográficas dos óbitos de crianças menores de um ano registrados no sistema de informações sobre mortalidade do Brasil (1996/2001). Cadernos de Saúde Pública, 22(3), 673-684.

Ronchi, J. P., & Avellar, L. Z. (2010). Saúde mental da criança e do adolescente: a experiência do CAPSi da cidade de Vitória. Psicologia: Teoria e Prática, 12(1),71-84.

São Paulo. (1997, 5 agosto). Deliberação CEE 09/97, de 30 de julho de 1997. Institui, no sistema de ensino do Estado de São Paulo, o regime de progressão continuada no ensino fundamental. Diário Oficial do Estado, 12-13.

Santos, P. L. (2006). Problemas de saúde mental de crianças e adolescentes atendidos em um serviço público de psicologia infantil. Psicologia em Estudo, 11(2), 315-321.

Sposito, B. P., & Savoia, M. G. (2006). Atendimento especializado a adolescentes portadores de transtornos psiquiátricos: um estudo descritivo. Psicologia: Teoria e Prática, 8(1), 31-47.

Vasconcellos, M. M., Gribel, E. B., & Moraes, I. H. S. (2008). Registros em saúde: avaliação da qualidade do prontuário do paciente na atenção básica, Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 24(1), 173-182.

Downloads

Publicado

2013-09-30

Como Citar

WEINTRAUB, A. C. A. de M., VASCONCELLOS, M. de S., BASTOS, I. T., FONSECA, F. L. da, & REIS, A. O. A. (2013). Caracterização sociodemográfica de usuários de Centros de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil do estado de São Paulo. Estudos De Psicologia, 30(3). Recuperado de https://periodicos.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8640

Edição

Seção

TRATAMENTO E PREVENÇÃO PSICOLÓGICA